Herdade de Castros prolonga campanha olivícola devido ao excesso de azeitona e falta de mão de obra

A Herdade de Castros, localizada na Estrada de Ouguela, em Campo Maior, desde 2008, tem cerca de 400 hectares de olival tradicional e intensivo, sendo que ali é feita também a transformação da azeitona, no lagar da propriedade.

Francisco Ponte Romão, proprietário da Herdade e do respetivo lagar explica que a apanha da azeitona é feita com recurso a vibradores de tronco, depois vai para o lagar onde é separada, por variedades, e transformada em azeite ou azeitona de mesa. Na sua herdade tem praticamente todas as qualidades de azeitona, sendo as principais são a azeiteira, carrasquenha e picual.

Para este trabalho há sete pessoas a trabalhar no lagar, 24 no campo, com as máquinas, e entre 10 a 12, “dependendo das que aparecem” que apanham a azeitona, em locais onde a máquina não pode passar, revela o proprietário, adiantando que, “antes, havia pessoas certas”, mas este ano a falta de mão de obra “é óbvia”, uma vez que as pessoas disponíveis se distribuem pelos vários produtores, pelo que “a campanha olivícola, que já deveria ter terminado, neste momento, ainda vai a meio”.

Questionado sobre o facto de recrutar mão de obra de fora do país esclarece que até preparou algumas casas para alojar pessoas, e tentou “trazer indianos ou paquistaneses, através de empresas de trabalho temporário”, mas não conseguiram arranjar ninguém.

Este ano tanto a qualidade como a quantidade de azeitona são muito superiores. Francisco Ponte Romão refere que “o ano passado foi muito mau”, em termos de produção, mas que este ano é um ano excecional, daí que vamos ter uma produção record, sendo este o ano em mais vamos produzir, cerca de dois milhões de quilos de azeitona”.

Apesar da falta de trabalhadores, o proprietário da Herdade de Castros refere que tem “conseguido dar resposta de forma mais lenta”, sendo que as máquinas são uma vantagem e “facilitam a colheita, admitindo que quem não as tem, anda desesperado”.

Perante o excesso de produto e falta de trabalhadores, Francisco Ponte Romão refere que talvez, a solução passe por “deslocalizar a mão de obra para onde efetivamente faz falta, porque as pessoas que existem e não estão a trabalhar, por exemplo no desemprego, não querem perder regalias para apanhar azeitona”, sendo esta uma dificuldade transversal a outras campanhas agrícolas.

Tendo em conta a grande produção deste ano, “com o boom que houve de olivais superintensivos, onde a colheita é mais rápida e se concentra num curto espaço de tempo, as unidades de bagaço de azeitona que existem no país, que são muito poucas, enchem muito rapidamente, daí muitos dos lagares terem que parar a produção porque não tinham onde por o bagaço, uma vez que o bagaço se não for tirado do lagar, este tem de parar”.

Perante esta situação, muitos produtores optaram por levar o bagaço de Azeitona para Espanha, onde a produção de azeite foi menor. É também o caso de Francisco Ponte Romão que leva o bagaço para um lagar no norte da Estremadura espanhola, onde existe pouca azeitona e conseguiram colocar lá o bagaço, mas “acarreta mais custos, porque é pago à tonelada e ao quilómetro”, considerando ser diferente “mandar, como anteriormente, para o Crato e agora para uma unidade que, fica a 300 quilómetros”.

O proprietário da Herdade de Castros, em Campo Maior explica ainda como é feito o tratamento do bagaço de azeitona: é retirada alguma percentagem de azeite, através de processos que os lagares não conseguem, o caroço de azeitona é usado para combustão de caldeiras e a pele e polpa é utilizada para um processo interno de combustão, para a secagem do próprio bagaço”. Francisco Ponte Romão faz ainda algumas críticas ao Ministério do Ambiente, assumindo que, uma vez que não é técnico não sabe bem porquê, mas adianta que “se deixar cair a azeitona e não a apanhar ninguém critica ou acusa de estar a poluir, o bagaço que é precisamente a mesma azeitona, sem o azeite, não tem adição de produto nenhum, já é poluente, e não consigo perceber isso”, explica.

“Agora o que sei é que o nosso Estado aprova plantações de olivais, aprova a implantação de lagares e continuar com as mesmas unidades de bagaço, não deixa implantar mais, e creio que esta realidade será assim todos os anos, devido aos olivais superintensivos, que cada vez produzem mais, e se não forem tomadas medidas todos os anos vamos ter este problema”, remata Francisco Ponte Romão.

Modalidade “Casa Aberta” nos dias 30 dezembro e 2 de janeiro no distrito

A modalidade “Casa Aberta”, segundo informa a ULSNA estará disponível amanhã, 30 dezembro, e também no dia 2 de janeiro

Esta modalidade encontra-se disponível para a vacinação contra a Covid-19 ou contra a Gripe de utentes com mais de 40 anos, com vacinação primária Jansen e com mais de 60 anos, vacinados com as restantes marcas.

São elegíveis para a dose de reforço no regime de “Casa Aberta” os utentes que não tiveram COVID-19 e já completaram o esquema vacinal há pelo menos cinco meses.

Amanhã, 30 de dezembro, esta modalidade decorre nos locais habituais para vacinação, nos seguintes concelhos e horários:

Alter do Chão e Avis: das 10 às 13 horas

Campo Maior: das 9 às 12 horas e das 14 às 16 horas

Castelo de Vide, Crato, Gavião e Sousel: das 9 às 13 horas

Elvas e Ponte de Sor: das 9 às 13 horas e das 14 às 17 horas

Nisa: das 9 às 13 horas e das 14 às 16 horas

Portalegre: das 9 às 13 horas e das 14 às 16.30 horas

Já no dia 2 de janeiro esta modalidade decorre nos seguintes concelhos e horários:

Avis: das 10 às 13 horas

Campo Maior: das 9 às 12 horas e das 14 às 16 horas

Elvas e Ponte de Sor: das 9 às 13 horas e das 14 às 17 horas

Fronteira, Gavião, Monforte, Nisa e Sousel: das 9 às 13 horas

Portalegre: das 9 às 13 horas e das 14 às 16.30 horas

A população residente nos restantes concelhos, poderá deslocar-se a qualquer um dos concelhos onde haverá vacinação sem necessidade de marcação prévia.

Câmara de Elvas disponibiliza testagem a partir de dia 5

A Câmara Municipal de Elvas vai permitir à população testar-se de forma gratuita à Covid-19, no âmbito de uma parceria com a Comunidade Intermunicipal do Alto Alentejo e a Cruz Vermelha.

O local de testagem vai ser o Coliseu Comendador Rondão Almeida e as datas são 5, 6, 11 e 12 de janeiro, entre as 9 e as 13 horas, revela o vereador no município de Elvas, Hermenegildo Rodrigues, adiantando que “esta medida surge na sequência do aumento significativo de casos positivos, no distrito”.

A marcação dos testes deverá ser feita através do número de telefone da Câmara Municipal de Elvas (268 639 740) e os interessados devem indicar o nome, número de utente e número de telefone, para que, após a testagem, possam receber o resultado.

Está prevista, segundo o vereador da câmara de Elvas, Hermenegildo Rodrigues, a realização de “um total de 400 testes”, ou seja, 100 por dia, “podendo o número ser aumentado, caso a procura supere a oferta”.

Fátima Dias é mandatária da CDU pelo concelho de Nisa

Maria de Fátima Semedo Dias, de 58 anos, é professora e mandatária da CDU pelo concelho de Nisa

É licenciada em História, área científica, pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e Mestre em Ciências da Educação, Especialização em Educação, Desenvolvimento Local e Mudança Social, pela Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade do Porto.

É formadora certificada pelo Conselho Científico-Pedagógico da Formação Contínua, nas áreas de Ensino da História, Inovação Educacional, Tecnologias da Informação e Comunicação e em Bibliotecas Escolares.

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Iniciou a atividade docente em 1984/85, como professora de História e Geografia de Portugal do Ensino Básico, contemplando o desempenho de diferentes cargos de coordenação pedagógica e diretivos.

No período correspondente ao mandato 2013/17 foi representante do Município no Conselho Geral do Agrupamento de Escolas de Nisa.

É dirigente do SPZS – Sindicato dos Professores da Zona Sul e vereadora da CDU na Câmara Municipal de Nisa, sem pelouros atribuídos, como independente, eleita pela CDU.

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Elvas regista mais 39 casos de Covid-19

O concelho de Elvas registou, nas últimas 24 horas, mais 39 casos de infeção por Covid-19 e a recuperação de 14 pessoas.

Sendo assim, esta quarta-feira, dia 29, estão ativos 137 casos de infeção.

Novo máximo de casos Covid em Portugal: mais 26.867 pessoas infetadas

Portugal regista esta quarta-feira, 29 de dezembro, 26.867 novos casos de infeção por Covid-19, o número mais elevado de sempre, no país, desde o início da pandemia.

Nas últimas 24 horas, foram ainda reportados 12 óbitos, associados à doença, assim como 5.376 altas.

Encontram-se 971 doentes internados, mais 35 que ontem, 151 nos Cuidados Intensivos, menos um que ontem.

No país, há agora 136.020 casos de infeção ativos, mais 21.479 que ontem.

Acesso condicionado a restaurantes na passagem do ano

O acesso a restaurantes, no período da passagem de ano, está dependente da apresentação de resultado negativo de teste à Covid-19 ou autoteste feito à entrada, segundo a Direcção-Geral da Saúde (DGS).

Segundo a orientação atualizada pela DGS, a entrada, para refeições, em estabelecimentos de restauração e similares não encerrados por via legislativa ou administrativa, nos dias 30 e 31 de dezembro e 1 de janeiro, está dependente da apresentação de comprovativo de teste à Covid-19 com resultado negativo ou de autoteste, feito no momento.

Estão igualmente dispensados de apresentar teste quem tenha certificado digital de recuperação. A orientação indica ainda que estes estabelecimentos devem afixar nas entradas, de forma visível, as medidas de prevenção e controlo de infeção a cumprir pelos clientes, designadamente o uso obrigatório de máscara sempre que não estejam a ingerir alimentos ou se movimentem no espaço, o respeito pelo distanciamento físico entre pessoas, o cumprimento das medidas de etiqueta respiratória e a lavagem ou desinfeção das mãos.

A orientação da DGS diz que estes estabelecimentos devem elaborar e/ou atualizar o seu Plano de Contingência específico para a Covid-19, recomendando igualmente o “uso minimalista de elementos decorativos higienizáveis nos espaços, visando uma maior facilidade no trabalho de lavagem, higiene e desinfeção das superfícies”. Aconselha a que se assegure uma boa ventilação dos espaços, preferencialmente com ventilação natural, através da abertura de portas ou janelas.

Os restaurantes devem ainda considerar a disponibilização e utilização de serviços take-away, disponibilizar dispensadores de produto desinfetante de mãos perto da entrada e noutros locais convenientes e acessíveis.

A DGS aconselha, sempre que possível, a privilegiar a utilização de espaços destinados aos clientes em áreas exteriores, como as esplanadas abertas, assim como promover e incentivar o agendamento prévio para reserva de lugares por parte dos clientes.

Alto Alentejo: Elvas entre os três municípios que não promovem testagem à Covid

Elvas, Nisa e Marvão são os três únicos municípios, entre os 15 do distrito de Portalegre, que não estão a promover, neste período festivo, testagens à Covid-19 aos habitantes dos respetivos concelhos.

Campo Maior realizou, nos passados dias 8, 12, 18 e 23, um processo de testagem comunitária, gratuita, em regime de drive-thru, aos habitantes e trabalhadores do concelho. Portalegre iniciou ontem, dia 28, essa mesma testagem gratuita, prosseguindo este processo até amanhã.

Monforte irá realizar uma testagem comunitária amanhã e sexta-feira, dias 30 e 31 de dezembro; em Arronches, decorre entre hoje e amanhã; em Avis, entre hoje e sexta-feira; em Ponte de Sor, terá início na sexta-feira, prolongando-se até dia 6 de janeiro.

Já em Castelo de Vide, a testagem será feita amanhã; em Alter do Chão, decorre durante nove dias, entre 3 e 31 de janeiro; e em Sousel, desde ontem e até amanhã.

No Crato, os testes gratuitos à Covid-19 estão a ser feitos desde ontem e até sexta-feira; em Fronteira, realizaram-se nos dias 20 e 23 deste mês, estando prevista uma outra testagem para 7 de janeiro. Em Gavião, o processo realizou-se no passado dia 23 e repete-se amanhã.

Campo Maior com mais 32 casos positivos de Covid-19 e uma alta

Campo Maior regista esta quarta-feira, 29 de dezembro, 32 novos casos de Covid-19, assim como uma recuperação da doença.

No concelho, há agora 99 casos ativos de infeção, mais 31 que ontem.

Desde o início da pandemia, Campo Maior registou 978 casos positivos, 14 óbitos e 865 recuperações.