O processo de candidatura das Festas do Povo a Património Cultural Imaterial da UNESCO começou em 2014. Trata-se de “um processo bastante complicado, longo e que envolveu muita gente uma vez que contámos com uma equipa multidisciplinar”, referiu-nos João Custódio (na foto), um dos responsáveis pela elaboração do dossier de candidatura.

Esta quarta-feira, dia 15 de dezembro, data que fica marcada pela inscrição das Festas do Povo na lista de bens classificados pela UNESCO, assume-se como um dia “muito importante para todos. Felizmente que todo o trabalho teve este desfecho e eu sinto-me muito orgulhoso por ter contribuído com o meu grãozinho para esta classificação”.

O Primeiro Ministro António Costa já felicitou a vila de Campo Maior pela classificação de Património Cultural Imaterial da UNESCO.

Nas redes sociais do governante pode ler-se “Campo Maior e o Alentejo estão de parabéns! As Festas do Povo de Campo Maior são Património Cultural Imaterial da Humanidade. Merecido reconhecimento internacional para uma tradição que mantém vivo o espirito comunitário entre a população local”.

“O Maior Tronco deste Natal” é a iniciativa promovida pela Escola de Hotelaria e Turismo de Portalegre, em parceria com a Câmara Municipal de Portalegre que será apresentada este sábado, 18 de dezembro, com o objetivo de preparar um tronco de Natal que, “será o maior alguma vez confecionado em Portugal”.

A iniciativa terá lugar no Largo Doutor Frederico Laranjo, em Portalegre, às 14.30 horas, deste sábado.

Ricardo Pinheiro, antigo presidente da Câmara Municipal de Campo Maior e atual secretário de Estado do Planeamento, associado, desde a primeira hora à candidatura das Festas do Povo a Património da Humanidade, diz não ter como expressar toda a sua alegria, lembrando trabalho desenvolvido que, ao longo dos anos, foi passando de geração em geração.

“A coisa mais incrível que vejo nas Festas do Povo é a capacidade das mulheres de Campo Maior terem conseguido trabalhar e fazer coisas incríveis em anos onde não existia o mesmo grau de exigência, entre os dois géneros”, comenta Ricardo Pinheiro.

O antigo presidente destaca ainda o facto da Câmara Municipal estar preparada para inaugurar, muito em breve, um espaço dedicado às festas, o Centro Interpretativo da Flor, assegurando que esta elevação a Património da Humanidade era “a flor que faltava ao Alentejo”.

A presidente da Associação das Festas do povo de Campo Maior, Vanda Portela, explica que a notícia de que as Festas do Povo são agora Património Imaterial Cultural da Unesco, foi recebida com grande “euforia”, pelo que, neste momento todos estão “felizes e de parabéns”, sendo este um reconhecimento previsto ser recebido amanhã, mas de qualquer das formas “estão todos de parabéns, mas os parabéns, especialmente, para todo o povo de Campo Maior, que é um merecido reconhecimento a toda a dedicação durante estes anos”.

Vanda Portela enaltece que as Festas do Povo, não são só estes nove dias de festa, é tudo o que envolve estas festas: “a partilha, dedicação, os serões, e até as preocupações sentimos falta quando não não há festas durante muito tempo”.

Quanto às responsabilidades acrescidas que esta elevação das Festas a Património Imaterial Cultural da Unesco trazem, a presidente das Festas do Povo revela que “o povo de Campo maior está habituado a desafios e a superá-los, sei que a próxima edição vai ser melhor que as anteriores, principalmente com esta responsabilidade acrescida e Campo Maior está habituado a retribuir sempre, pelo que que vamos fazer as melhores festas do Mundo, assim que possível”, remata.

“Um justo reconhecimento a todos os campomaiorenses”: assim descreve Luís Rosinha, presidente da Câmara de Campo Maior, a elevação das Festas do Povo a Património Cultural Imaterial da Humanidade pela UNESCO.

O autarca, embora assuma que foi com alguma surpresa que recebeu a notícia esta quarta-feira, até porque a avaliação pelo Comité da UNESCO estava prevista para amanhã, dia 16 de dezembro. Ainda assim, Luís Rosinha garante que quem está de parabéns são os campomaiorenses: aqueles que já partiram, e que fizeram desta festa o que ela é, como aqueles que, agora, anseiam por voltá-la a realizar.

Luís Rosinha recorda ainda a tradição e o regime de voluntariado, “totalmente diferenciado”, associado às Festas do Povo, lembrando que a avaliação da UNESCO resulta de um processo que teve início há seis anos.

Para o início do próximo ano, adianta Luís Rosinha, está prevista a inauguração do Centro Interpretivo da Flor, até porque é necessário mostrar, mesmo quando as festas não ocorram, a salvaguarda que os campomaiorenses dão à flor de papel.

A notícia foi recebida ao início desta tarde de quarta-feira, 15 de dezembro, sendo que a decisão foi tomada na 16ª reunião do  Comité do Património Mundial da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura.

O número de novos casos de infeção por Covid-19, no concelho de Elvas disparou esta quarta-feira, 15 de dezembro, ao terem sido registados, nas últimas 24 horas, mais 19 casos positivos. Também mais cinco pessoas recuperaram da doença, pelo que estão agora 60 casos de infeção, ativos.

Desde o início da pandemia, o concelho registou 1.883 casos positivos, 30 óbitos e 1.793 altas.

A classificação das Festas do Povo de Campo Maior como Património Cultural Imaterial da UNESCO é “um momento muito importante. Tudo indicava que ia acontecer, mas ver as Festas do Povo já inscritas na lista do Património Imaterial e Cultural da UNESCO dá-nos uma alegria muito grande”, referiu-nos Ana Paula Amendoeira (na foto), diretora regional de cultura do Alentejo.

“Queria dar os meus parabéns a todo o povo de Campo Maior, sem exceção, porque é uma festa e uma manifestação cultural verdadeiramente coletiva e popular que se faz com todos. Gostava de dar uma palavra ao município de Campo Maior e a todo o executivo que se empenhou nesta candidatura e ao Comendador Rui Nabeiro, a quem devemos muito e que com a sua ação muito tem feito para que as festas não morressem”.

Enquanto diretora regional de cultura do Alentejo, Ana Paula Amendoeira mostrou-se muito feliz uma vez que trata-se de “um património cultural”.

O Alentejo regista esta quarta-feira, 15 de dezembro, 167 novos casos de infeção por Covid-19, e mais um óbito, associado à doença.

Desde março do ano passado, na região foram reportados 43.963 casos de infeção e 1.072 óbitos.

Portugal regista hoje, quarta-feira, dia 15 de dezembro, mais 5800 casos de Covid-19 e 11 óbitos associados à doença.

Nas últimas 24 horas, registaram-se 3586 casos de recuperação.

Em todo o território nacional, há 967 doentes internados, mais 14, 150 em unidades de cuidados intensivos, mais oito.