A obra que decorre na Antiga Escola da Cooperativa, em Campo Maior e que dará origem ao Centro de Inteligência Competitiva recebeu esta sexta-feira, dia 28, a visita dos secretários de Estado do Planeamento e, da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.
No final da visita da comitiva, João Muacho, presidente da Câmara de Campo Maior adiantou que “é possível que dentro dos próximos seis meses a obra física e em termos de equipamento, possa estar concluída”, a partir daí o investimento de um milhão de euros financiado a 85%, é um projeto estruturante para a região e Portugal no que é o big data e a análise de dados, deixa-nos muito satisfeitos”.
Depois da obra é necessário dar-lhe vida diz o presidente, sendo “objetivo trazer pessoas da área da informática e análise de dados para o Alentejo e dinamizar estes territórios, de baixa densidade”.
Perto de 15 postos de trabalho podem ser criados no espaço de um ano e meio. João Muacho adianta que, em Campo Maior, “existem espaços convidativos para alojar técnicos e a partir daqui possam desenvolver a sua atividade profissional, por exemplo, em coworking”.
Ricardo Pinheiro, secretário de Estado do Planeamento revela que este “é um projeto diferenciador”, destacando a forma como “o interior consegue reinventar-se”, e as parcerias envolvidas neste projeto, pelo que “Campo Maior teve a sorte”, nestas parcerias “de se juntarem e perceberam que podiam criara a partir do interior um centro desta natureza”.
Já o secretário de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, João Sobrinho Teixeira, considera este um projeto “muito interessante, pelo conceito que aqui existe, valorização dos produtos endógenos que ainda não tinha sido abordada, e vamos ter dados para perceber de que forma podem ser colocados em determinados mercados”.
Há um instrumento que consta do Plano de Recuperação e Resiliência do Governo, que poderá ser integrado na conceção deste projeto, as agendas mobilizadoras, que se podem adaptar a estes recursos endógenos que são transversais a outras zonas do país”.
Sendo este um projeto digital e de tecnologia, João Sobrinho Teixeira destaca a parceria com o Politécnico de Portalegre, uma vez que será “um ganho de formação dos quadros das empresas, para além, dos ganhos económicos e empresariais”.
O Instituto Politécnico de Portalegre é um parceiro deste projeto, e Luís Loures, vice presidente da instituição afirma que da parte do politécnico “há um compromisso forte na para na área da digitalização e formação de jovens e adultos, apostar na questão da digitalização e trazer a Campo Maior o que de melhor se faz a nível nacional”. Luís Loures considera que a questão da digitalização vem de certa forma dinamizar estes territórios.
Já Pedro Murcela, presidente da Assembleia Municipal de Campo Maior assume que este projeto é uma mais-valia “não só para Campo maior, mas também para o Alentejo”, sendo esta “uma forma de mostrar ao país que o interior também merece este tipo de projetos”.
O Centro de Inteligência Competitiva em Campo Maior trata-se de um projeto que valoriza o conhecimento, através de dados e da sua transferência, para a atividade económica e empresarial dos setores dos recursos endógenos, com vista ao desenvolvimento tecnológico das mesmas, à sua internacionalização e à promoção da competitividade nos mercados nacionais e internacionais.