Os maiores desejos a cumprir pelos elvenses quando a pandemia acabar

AquedutoAmoreiraFez recentemente um ano em que Marcelo Rebelo de Sousa decretou o estado de emergência no país, devido à Covid-19, num diploma que contemplava o confinamento obrigatório.

Desde então, as vidas dos portugueses nunca mais foram as mesmas. Para além das consequências económicas para praticamente todos os setores da sociedade, as pessoas viram-se obrigadas a manter-se, o maior tempo possível, entre as quatro paredes das suas casas.

O desejo de que tudo passe, o mais rápido possível, é grande, para que se possa retomar o dia a dia que se vivia antes da pandemia, mas a verdade é que muita gente não acredita que esse momento esteja para breve.

A Rádio Campo Maior saiu à rua para perceber o que a população, em Elvas, tenciona fazer assim que a pandemia passar e as restrições terminarem. “Acho que nem sei. É muito complicado, porque não sei quando é que isto vai acabar, mas falta o abraço, falta o beijo, falta estar com a família”, assegura uma senhora, que espera que as festas e os convívios possam ser retomados o quanto antes.

“Ia voltar a fazer o mesmo que fazia antes. Tenho a família toda dispersa e é mais a proximidade que nos falta”, revela um outro elvense. Já uma outra entrevistada explica que tem saudades de sair de casa para ir beber um café. “Gosto muito de um bailarico e sinto muitas saudades disso”, diz ainda.

“Uma pessoa nem se distraí, nem vai para lado nenhum, temos tudo fechado. É mau para todos, mas temos de aguentar, senão ainda ficamos pior que àquilo que estamos”, diz ainda um outro homem, recordando as festas tradicionais em Elvas, como o São Mateus e o Carnaval.

Foi a 2 de março, do ano passado, que foram identificados os dois primeiros casos de Covid-19 em Portugal. Desde então, mudaram-se os hábitos e as vontades e nada mais foi igual. As previsões apontam para que a normalidade ainda demore a regressar.

Campo Maior mantém situação epidemiológica

covidCampomAIOR22MARO concelho de Campo Maior não regista esta segunda-feira, dia 22, novos casos de infeção por Covid-19, pelo que se mantém um caso ativo.

Dos 640 casos confirmados, desde o início da pandemia, 628 já foram dados como recuperados. Da doença, em Campo Maior, morreram 11 pessoas.

Visitas aos utentes da Cruz Vermelha de Elvas retomadas esta segunda-feira

VisitasCruzVermelhaElvasOs utentes do Centro Humanitário de Elvas da Cruz Vermelha começam hoje, dia 22 de março, a receber visitas, com a possibilidade de entrada dos familiares nas instalações da instituição.

Até aqui, como explica a diretora do centro, Isabel Mascarenhas, as visitas faziam-se, na mesma, ainda que com as famílias do lado de fora da instituição: “até ao momento, mantinham-se as visitas, mas à porta da instituição”. Agora, adianta, as visitas serão feitas no pátio interior da instituição, que conta com zonas cobertas e outras descobertas.

Tanto os utentes como os familiares foram avisados que as visitas seriam retomadas, sendo que, a principal preocupação, agora, é que não se tenha de dar um passo atrás e voltar a fechar, alega Isabel Mascarenhas. “Mais que esta expectativa de poder abrir, é que ela se possa manter e que, a pouco e pouco, possamos ir aliviando as medidas, mas isto sempre alinhado com a evolução epidemiológica da pandemia”, acrescenta.

Perante as exigências atuais, a gestão do espaço na Cruz Vermelha implica uma diminuição da lotação. “A Cruz Vermelha tem uma capacidade para 98 utentes, tendo, neste momento, menos dez por cento da sua capacidade máxima”, explica ainda a diretora, que revela ainda que essa redução se justifica com a necessidade de dar resposta a situações de isolamento.

De recordar que a Cruz Vermelha chegou a ser atingida pela Covid-19, com a infeção de vinte utentes e oito funcionários. Deste surto, resolvido a meados do mês de dezembro, não houve qualquer vítima mortal a registar.