Ministro João Soares visitou o Mártir Santo (Campo Maior)

JoaoSoaresMartirSantoO acordo de Colaboração para a Requalificação dos Edifícios Situados no Interior do Castelo de Campo Maior e da Fortificação Abaluartada de Campo Maior e Respetiva Envolvente foi assinado ontem, quarta-feira dia 3, numa cerimónia presidida pelo ministro da Cultura, João Soares, que decorreu na Câmara Municipal de Campo Maior.

João Soares destaca o Património Cultural como imagem de marca do país: “a cultura tem uma importância muito relevante em tudo o que tem a ver com o trabalho cultural na nossa terra, nós somos um país e uma pátria carregada de história, e há um património cultural que tem que ser valorizada e tem que ser em alguns casos reabilitado, como imagem de marca do país, como elemento fundamental da nossa identidade e Campo Maior é um bom exemplo”.

Ricardo Pinheiro, presidente da Câmara Municipal de Campo Maior, garante: “este é um passo importante para Campo Maior, para os campomaiorenses e também para a região. Campo Maior tem tido fontes de potenciar a nossa economia mas o turismo foi uma das coisas que nós não aproveitámos, e temos que perceber que deve ser feito um trabalho para a conquista dos turistas para o nosso concelho”.

“O investimento anda na ordem dos 4,2 milhões de euros (…), mas em todos os concursos que temosAcordoObrasCM vindo a lançar temos sempre vindo a baixar na ordem dos 5 a 10% por obra”, refere o autarca, revelando que a câmara comparticipa o financiamento em 15%.

Para Ana Paula Amendoeira, diretora Regional da Cultura do Alentejo, este “é um passo muito importante sobretudo para devolver um património às comunidades, que estava inaceitável numa das partes, e que tem como objetivo promover a coesão social e a autoestima primeiro das populações e depois para o uso da economia da região. O que se fez em Campo Maior é um marco e deve ser um acordo que deve servir de referência”.

O Comendador Rui Nabeiro marcou presença na cerimónia, e garantiu à nossa reportagem: “este é um passo importantíssimo. Esta jornada de alojamento dos ciganos fora das muralhas foi de facto extraordinário (…) A partir daqui é a obra em si. A valorização das muralhas e Campo Maior fica em toda aquela zona com uma mais-valia e o importante é que quem nos visita já vai poder ver aquela beleza, sem qualquer receio”.

O presidente da Assembleia Municipal, Pedro Murcela, considera que este foi “um dia histórico para Campo Maior e para os campomaiorenses. Este é um projeto magnífico, conseguimos fazer 2 em 1: realojar a comunidade cigana, libertar o Mártir Santo para os campomaiorenses, e por isso mesmo um grande projeto, com grande dinamismo, que vai mudar a vida cultural de Campo Maior”.

A cerimónia terminou com uma visita ao Mártir Santo e ao Bairro de São Sebastião.