Em Portugal só passa fome quem quer. Quem o diz é Manuel Lemos, presidente da União das Misericórdias portuguesas. João Carlos Laranjo (na foto), diretor da Segurança Social de Portalegre, diz concordar perfeitamente com as palavras de Lemos, até porque, embora o país esteja a passar por momentos difíceis, foram criados mecanismos para que se pudesse aliviar algum sofrimento dos portugueses que passam por momentos difíceis.
No distrito de Portalegre, lembra João Laranjo, a Segurança Social montou uma rede de cantinas sociais, que abrange todos os concelhos. Laranjo garante que o processo foi tratado com muito cuidado, para que certas pessoas nem fossem vistas a ir buscar essa alimentação, porque já bastava a situação e o desespero dos empregos.
A pobreza envergonhada é legítima, assegura o diretor da Segurança Social de Portalegre. Nós temos de ter a sensibilidade de compreender a situação destas pessoas e sermos nós a ir junto delas no sentido de lhe conseguir, de uma forma muito discreta, dar esta ajuda, para que ninguém saiba que estão a usufruir dela, alega.
João Carlos Laranjo alega que o sucesso da Segurança Social era que a rede de cantinas sociais fosse zero. Infelizmente não é, lamenta.