O secretário-geral da UGT (União Geral de Trabalhadores), Carlos Silva (na foto ao lado), considera que o novo programa de estágios para desempregados de longa duração, com mais de 30 anos, anunciado pelo Governo, não chega para resolver o problema.
Carlos Silva garante ainda que os números apresentados pelo IEFP, relativamente ao número de desempregados no país, não retratam a realidade os números, com o devido respeito, são muito escamoteados, os 13,9 que se falam são os números inscritos no IEFP, mas nós temos que considerar e não esquecer que a esses números nós temos que juntar aqueles que desistiram de procurar emprego, porque nos números do IEFP também há os chamados DLD (desempregados de longa duração), aqueles que já há mais de 24 meses não conseguem entrar no mercado de trabalho.
O facto do governo ter levado à concertação social na passada semana a nova política de emprego chamada Reativar, para todos os trabalhadores com mais de 31 anos que estão na situação de desemprego, até os chamados desempregados de longa duração e até 24 meses é realmente uma aproximação ao mercado de trabalho, mas devo dizer-vos que isto não chega, não resolve o problema, esclarece Carlos Silva, e garante ainda que a aproximação ao mercado de trabalho é um estágio, não é um emprego, não é um emprego com direitos, não é uma garantia de ficar nessa empresa e a única garantia deste estágio é que ficam 6 meses numa empresa, sem uma obrigatoriedade à posteriori que esse estagiário fique na empresa.
Para Carlos Silva neste projeto do Governo Reativar o desempregado reaproxima-se do mercado de trabalho seis meses e depois vai outra vez voltar à vida antiga, ou seja, ao desemprego.
Estas declarações de Carlos Silva, a propósito de uma das maiores preocupações da UGT o desemprego surgiram aquando da sua visita a Elvas, na passada sexta-feira.