O serviço de medicina interna do Hospital de Santa luzia, em Elvas, poderá estar na iminência de perder nove camas.

A Rádio Campo Maior sabe que estas camas estariam direcionadas para receberem a Unidade de Cuidados Continuados que não chegou a abrir neste Hospital.

As camas haveriam sido ativadas quando houve uma grande procura dos serviços hospitalares de Elvas por causa de episódios de gripe.

Segundo o que a Rádio Campo Maior apurou vai haver uma ordem de desativação das 9 camas por parte da administração da Unidade Local de Saúde do Norte Alentejano.

O serviço de medicina interna do Hospital de Elvas dispõe de 50 camas, sendo que quatro delas pertencem à Unidade de Diabetes.

Caso, se venha a verificar a perda de 9, o serviço de medicina interna ficará com 37 camas.

Hospital de Elvas com serviço Contabilidade encerrado

Também o serviço de contabilidade do Hospital de Santa Luzia, em Elvas, está encerrado, nomeadamente a faturação de clientes, que passou para Portalegre.

A Rádio Campo Maior sabe que as duas funcionárias que se encontravam no departamento de faturação de clientes pediram transferência para o centro de saúde de Elvas.

Uma das trabalhadoras já apresentou-se no novo serviço no passado dia 18 de agosto e a outra ainda está a gozar do seu período de férias.

Devido à falta de funcionários para o exercício das funções de faturação de clientes, o guichet de entrada do Hospital de Elvas, na contabilidade, foi encerrado.

Contudo, o serviço de tesouraria e cobrança ao utente continua a funcionar dentro da normalidade.

ULSNA reage

A Unidade Local de Saúde do Norte Alentejano (ULSNA) já reagiu à notícia divulgada esta quinta-feira pela Rádio Campo Maior.

A administração da ULSNA, através do seu porta-voz, Ilídio Pinto Cardoso, defende que “as duas funcionárias no serviço de contabilidade da ULSNA alocadas no Hospital de Elvas pediram transferência para outro serviço por vontade própria, ao abrigo da mobilidade interna (…) A Unidade Local de Saúde do Norte Alentejano tem o seu serviço de contabilidade a funcionar normalmente”.

Relativamente à questão da perda de camas, o porta-voz considera ser “uma falsa questão”, uma vez que “quando decorreram as obras de remodelação no serviço de urgência no Hospital de Portalegre e, devido ao grande afluxo que havia, no hospital de Portalegre e Elvas, foram criadas provisoriamente no hospital de Elvas dez camas. Terminadas as obras as camas foram e serão extintas, porque já não se justifica a sua existência”, justificou.