65 por cento dos doentes com esclerose múltipla (EM) referem já ter tido problemas de acesso no âmbito da patologia, sendo os mais frequentes os problemas de acesso a apoios sociais.
Estes dados foram apurados pela Sociedade Portuguesa de Esclerose Múltipla (SPEM), que promoveu um estudo inédito sobre o acesso e consumos de informação junto da comunidade portadora de EM.
O acesso é o tema escolhido pela Federação Internacional de EM (MSIF) para o Dia Mundial da EM, que este ano se assinala esta quarta-feira, dia 28 de maio.
Além dos problemas de acesso a apoios sociais, os inquiridos referiram ainda sentir-se afetados por problemas de acessibilidade física (28,7 por cento), problemas de acesso a consultas médicas (22,7 por cento) e problemas para levantar a medicação (22,5 por cento).
Estes problemas de acesso fazem sentir-se de forma diferente nas várias regiões de Portugal. Se no Grande Porto são os problemas de acesso a apoios sociais que predominam (39,6 por cento), os problemas de acesso a consultas médicas fazem sentir-se mais no Sul e Ilhas (27,3 por cento). Os inquiridos mais idosos (idade superior a 60 anos) são, de forma destacada, aqueles que referiram sentir problemas de acessibilidade com maior frequência (41,9 por cento).
O inquérito tinha também como objetivo avaliar as necessidades de informação e os hábitos de pesquisa de informação sobre a EM. Assim, foi possível apurar que 84,6 por cento dos inquiridos procuram com informação sobre a EM e 71,1 por cento aconselha-se junto do Dr. Google e faz as suas pesquisas através da internet. As informações sobre novos tratamentos são aquilo que, indiscutivelmente, maior número de doentes procura habitualmente na Internet. 84,3 por cento dos inquiridos referiram utilizar a Internet para procurar saber mais sobre as novas terapêuticas.