A rodoviária do Alentejo vai terminar com as carreiras urbanas na cidade de Elvas no final do próximo mês de junho. A notícia foi confirmada à Rádio Campo Maior por José Curvo de Deus, administrador-delegado da empresa.
Os percursos que irão deixar de existir são: Terminal rodoviário Boa-fé Largo da Misericórdia Hospital e Terminal Rodoviário Hospital Largo da Misericórdia Boa-Fé.
Média de 15 pessoas por dia
De acordo com a empresa, a média diária de passageiros nestes percursos são de 15 pessoas. O custo da viagem é de um euro.
A situação de rentabilidade do serviço tem-se agravado de mês para mês. A população de Elvas não adere a este serviço, justificou Curvo de Deus.
O facto de a Câmara Municipal de Elvas assegurar os mesmos percursos de forma gratuita tem, segundo Curvo de Deus, impossibilitado o incremento de passageiros.
A autarquia decidiu fazer os mesmos percursos gratuitamente e ir às aldeias a recolher residentes para trazer para a cidade e garantir o seu regresso. É evidente que isso nos afeta.
Nuno Mocinha, presidente da Câmara Municipal de Elvas, refere que oficialmente ainda não tem conhecimento do fim destes percursos. Porém, esclarece que a autarquia não presta o mesmo serviço. A câmara não presta serviço similar. A autarquia apenas dá apoio à não resposta por parte do serviço da rodoviária a estas populações mais desfavorecidas (
) a rodoviária colocou à câmara a possibilidade de financiarmos estas carreiras só para as manter.
Câmara não pode financiar autocarros vazios
Segundo Nuno Mocinha cabe aos elvenses decidirem. Se as pessoas precisam destas carreiras urbanas devem utilizá-las. Agora, a Câmara não pode financiar autocarros que andam vazios. Até à data vinculada, final de junho, podemos verificar qual a utilização destes percursos e, se justificar, a sua continuidade, os elvenses podem contar com a autarquia para que os mesmos continuem, caso contrário não temos qualquer argumento para a rodoviária não acabar com o serviço, referiu.