O ministro da Saúde considera que não faz sentido manter o acordo para que os bebés portugueses nasçam em Badajoz (Espanha) e prefere que esses partos sejam feitos na maternidade de Portalegre.
Em entrevista à Renascença e ao Jornal de Negócios, Paulo Macedo deixou claro que a maternidade de Portalegre não pode encerrar, mesmo com menos de mil partos por ano, para não deixar as populações isoladas.
“Há maternidades que têm de ser mantidas, no sentido de vermos se a região não fica totalmente isolada. Não nos parece que faça grande sentido manter os partos em Badajoz e que não possam ser feitos em Portalegre”, afirmou Paulo Macedo na entrevista.
O ministério da Saúde português assinou protocolos na área dos nascimentos de bebés portugueses em Badajoz (Espanha), aquando do encerramento da Maternidade Mariana Martins, em Elvas.
Alcaide de Badajoz quer reforçar protocolos na área da saúde
Por seu lado, Javier Fragoso Martinez, alcaide de Badajoz (Espanha), em declarações à Rádio Campo Maior, defendeu que a cooperação de recursos de saúde deve ser cada vez maior entre os dois países e regiões.
“A minha opinião é que devemos colaborar cada vez mais. Seria bom que o governo português, de uma vez por todas, normalizasse a situação. Creio que é uma grande oportunidade para as mulheres de Portugal, pois poderiam aproveitar as instalações do Materno-Infantil, porque em poucos sítios há uma UCI para crianças e mães. Sou a favor de seguirmos a repartir os recursos sanitários, porque Badajoz, pela sua dimensão, pode ter recursos que seriam impossíveis em Elvas, Portalegre ou Campo Maior, com grande concentração de especialistas.