InnovPlantProtect testa inteligência artificial para lutar contra a doença da tinta

O InnovPlantProtect, em Elvas, tem vindo a desenvolver várias ferramentas digitais com o objetivo de apoiar os agricultores na sua luta contra pragas e doenças.

Uma dessas doenças, como explica a diretora do departamento de diagnóstico e monitorização do InnovPlantProtect, Ilaria Marengo, é a Phytophthora Cinnamomi, “vulgarmente conhecida como doença da tinta, que é um organismo, invisível aos nossos olhos, que vive no solo e que começa por atacar as raízes mais finas da árvore, as que estão mais afastadas do tronco, decompondo-as e depois avança para o centro da árvore até destruir as raízes maiores”.

Esta doença afeta árvores como os sobreiros, azinheiras e castanheiros, sendo que, na última década, se tem tornado cada vez mais evidente devido às alterações climáticas.

Neste momento, e para fazer face a esta doença, o InnovPlantProtect tem vindo a experimentar, no campo, uma tecnologia que se baseia “na análise de dados térmicos e multiespectrais recolhidos com drones”. Utilizando a inteligência artificial, os investigadores têm estado “a testar um modelo que identifica árvores saudáveis e árvores pouco saudáveis, e também aquelas árvores que são assintomáticas”. Isto é importante, garante Ilaria Marengo, “porque pode ajudar a mapear antecipadamente a presença da doença e informar o agricultor para implementar uma gestão preventiva no campo”.

A rubrica desta semana do InnovPlantProtect para ouvir, na íntegra, no podcast abaixo.

 

Portugal poderá ter cerca de dois milhões de obesos em 2023

Estima-se que Portugal poderá ter, em 2023, cerca de dois milhões de obesos e gastar milhões de euros para combater a doença.

Com isto, prevê-se uma subida da despesa total de saúde no país para os 23 mil milhões de euros no próximo ano, o que corresponde a 9,8% do PIB. Desse montante, cerca de 1,4 mil milhões de euros serão gastos devido à obesidade.

Na edição desta semana do “De Boa Saúde”, o médico Pintão Antunes explica que a falta de informação continua a levar as famílias a permitirem que um jovem se torne num adulto obeso, assegurando que a obesidade é uma doença “muitíssimo grave”.

A obesidade é um dos principais fatores de risco para a diabetes tipo 2, sendo que Pintão Antunes recorda o levantamento que levou a cabo, nas escolas de primeiro ciclo do concelho de Elvas, ainda antes de pandemia, em que constatou que três por cento da população escolar tem excesso de peso ou mesmo obesidade.

O programa desta semana do “De Boa Saúde” para ouvir na íntegra no podcast abaixo:

Guia Geológico dedicado à Serra de São Mamede no “Ambiente em FM”

Um guia geológico dedicado à serra de São Mamede, da autoria professora portalegrense Ana Paula d’Ascensão, lançado recentemente, tem como mote a “beleza natural da Serra e o interesse histórico e arquitetónico dos locais onde a população se concentra”.

Na edição desta semana do programa “Ambiente em FM”, José Janela, da Quercus, revela que esta obra resulta da tese de mestrado desta professora de biologia: “este livro resulta da tese de mestrado sobre geologia com o tema «Percursos Geológicos no Parque Natural da Serra de São Mamede», que a professora Ana Paula d’Ascensão fez há uns anos atrás e que agora foi adaptado para livro, para o público em geral”.

O livro, adianta o ambientalista, “é de fácil manuseio, com menos de 150 páginas”. A obra possui um glossário dos termos geológicos. “Algumas palavras não são utilizadas no dia-a-dia, mas esse glossário permite-nos perceber a origem dessas palavras e o seu significado, o que é muito útil”, revela José Janela.

O livro começa com uma caracterização da Serra de São Mamede, “do ponto de vista climático e hidrológico, mas também do património cultural e histórico. A seguir faz uma descrição da história geológica da Serra e das principais formações. Finalmente faz uma classificação dos geossítios da Serra de São Mamede. Tem uma série de fichas descritivas com excelentes fotografias que dão a conhecer os Locais de Interesse Geológico, os Locais de Observação Paisagística e os Locais de Interesse Arqueológico”.

O programa “Ambiente em FM” desta semana para ouvir, na íntegra, no podcast abaixo:

Banco de Portugal cancela registo de 91 intermediários de crédito

O Banco de Portugal revogou a autorização e cancelou o registo de 91 intermediários de crédito, pela falta superveniente de requisitos de acesso à atividade.

De acordo com Neide Brás, jurista na delegação do Alentejo da DECO, explica que “há requisitos que estes intermediários têm que cumprir, como a idoneidade ou as alterações de domicílio profissional ou sede social”, para que possam funcionar.

A jurista explica que “com o agravamento da inflação no nosso país, há entidades que se aproveitam desta situação. Assim, recomendamos que, antes de assinar qualquer documento e/ou contrato, verifique junto do site do Banco de Portugal –  entidades habilitadas e autorizadas pelo Banco de Portugal – se a ‘empresa’ a que está a ponderar recorrer se encontra devidamente habilitada para exercer a sua categoria profissional”.

A atividade de intermediário de crédito apenas pode ser desenvolvida por entidades habilitadas e autorizadas pelo Banco de Portugal.

Este é o tema da edição desta semana da rubrica da DECO, com Neide Brás, jurista na delegação do Alentejo da Associação para a Defesa do Consumidor.

https://soundcloud.com/claudia-radioelvas/deco-dia-18-de-novembro?si=930d58e61cf24818a4cb908b88ad2a76&utm_source=clipboard&utm_medium=text&utm_campaign=social_sharing

União Europeia quer proibir produção de carros novos a gasolina e gasóleo a partir de 2035

A União Europeia quer, até 2050, ter uma neutralidade climática relativamente às emissões de carbono, por parte dos automóveis. Desta forma pretende que em 2035 deixem de ser produzidos carros a gasóleo e gasolina.

Ana Pereira, do Europe Direct Alto Alentejo, esclarece no Espaço Europa desta semana algumas dúvidas da população relativamente a esta questão. Esta decisão da União Europeia, ainda está em estudo, mas Ana Pereira explica que “qualquer pessoa que tenha um carro a gasolina ou gasóleo, em 2035, ainda pode conduzir o seu veículo, bem como vendê-lo, porque esta medida é só para novos carros”.

Relativamente ao preço elevado dos carros elétricos, Ana Pereira revela que a União Europeia pretende também, a partir de 2035 e com a proibição de produção de carros a gasóleo e gasolina, que haja uma maior concorrência no mercado e que o preço desça. “O que se espera que aconteça no mercado, é que a concorrência tenha obrigatoriamente que baixar os preços e a investigação prevê que serão encontradas soluções para um consumo mais económico, nesse sentido”.

Proibição de produção de carros novos a gasóleo e gasolina a partir de 2035 é a medida que será implementada pela União Europeia e está em destaque esta semana no programa “Espaço Europa”.

 

Xylella fastidiosa em destaque na rubrica do InnovPlantProtect

A Xylella fastidiosa é uma bactéria de quarentena que infeta mais de 600 espécies de plantas, entre elas, culturas como o olival, amendoal, vinha e os citrinos.

Na edição desta semana da rubrica do InnovPlantProtect, Cristina Azevedo, diretora do Departamento de Novos Biopesticidas, explica que, para já ainda “não há cura para tratar as plantas infetadas por esta bactéria, uma vez infetadas por Xylella fastidiosa e, na maior parte das vezes, a bactéria mata a planta. Uma vez que se trata de uma praga de quarentena, assim que se deteta a sua presença, a planta tem de ser eliminada e tem de ser criada uma zona de exclusão”.

Esta bactéria foi detetada pela primeira vez em Portugal, em 2019, em Vila Nova de Gaia. A zona de infeção tem-se vindo a alargar, não só na região do Porto, mas já foram detetados focos em Sintra, no Algarve e, mais recentemente, em viveiros de amendoeira na Lousã. Cristina Azevedo adianta ainda que “esta bactéria, tal como o seu próprio nome indica, é fastidiosa, o que significa que é de crescimento lento e, isso também se manifesta ao nível do aparecimento dos sintomas. Desde o momento da infeção até ao aparecimento dos primeiros sintomas podem passar até dois anos e, de repente, a planta morre”.

Por outro lado, “os sintomas são muitas vezes confundidos com outros causados por stresses como a falta de água, porque os ramos começam a secar. Mas, os sintomas que se observam são a queima das folhas, descoloração, as folhas ficam murchas, e com queda prematura. Os frutos também podem murchar e cair prematuramente. É também visível a seca dos ramos e, eventualmente, a morte da planta”.

Tendo em conta a sua rápida disseminação, o InnovPlantProtect está já a desenvolver um produto contra esta bactéria, apesar de, lamenta Cristina Azevedo, “ainda não termos conseguido obter financiamento direto, estamos a tentar selecionar pequenas proteínas que têm a capacidade de se ligar à Xylella fastidiosa e inibir o seu desenvolvimento. No fundo é uma estratégia semelhante ao desenvolvimento de uma vacina”.

A bactéria Xylella fastidiosa é o tema em destaque esta semana na rubrica do InnovPlantProtect, que pode ouvir, no podcast abaixo:

 

Comer laranja à noite faz mal? Pintão Antunes responde no “De Boa Saúde”

Sempre se ouviu dizer que faz mal comer laranja à noite, mas a verdade é que isso não passa de um mito, até porque este fruto é fundamental para a saúde dos vasos sanguíneos.

Para além disso, a laranja ajuda ainda na fixação do ferro no organismo, bem como no crescimento e na cicatrização dos tecidos.

Ainda assim, na edição desta semana do “De Boa Saúde”, o médico Pintão Antunes revela que a laranja, sendo um citrino, poderá fazer mal a quem já tenha problemas e a comer de estômago vazio.

O médico lembra ainda que os mitos, na sua generalidade, têm bases populares, sendo que, no caso da saúde, tudo tem de ser comprovado cientificamente.

Os mitos na saúde são o tema em destaque, esta semana, no De Boa Saúde, com Carlos Falcato e o médico Pintão Antunes. O programa para ouvir, na íntegra, no podcast abaixo:

https://soundcloud.com/inov-radioelvas/de-boa-saude-mitos-na-saude?si=1495a45851ea40e7b79b28bb25da056a&utm_source=clipboard&utm_medium=text&utm_campaign=social_sharing

 

Assembleias dos Núcleos Regionais da Quercus reúnem este mês

Durante este mês de novembro decorrem as assembleias dos núcleos regionais da Quercus.

A Quercus é uma associação nacional de conservação da natureza, mas está presente em todo o território. José Janela, da associação ambientalista revela que a Quercus “é uma associação nacional de conservação da natureza, mas está presente em todo o território, foi fundada a partir de diversas associações locais como o Grupo para o Estudo e Proteção da Flora e Fauna do Alto Alentejo (GEPFA)”.

“O GEPFA, juntamente com outras associações locais, como o Centro Ecológico, de Lisboa, esteve na origem da fundação da Quercus em 1985. O GEPFA originou o Núcleo Regional de Portalegre da Quercus. Assim, participar nas assembleias regionais é também uma forma de participar na vida interna da associação”.

José Janela, adianta ainda que nestas reuniões será feita, entre outros assuntos, a eleição para a Direção do Núcleo Regional; bem como a apresentação e votação dos planos de atividades e orçamento para o ano 2023.

José Janela adianta ainda e, no que ao núcleo de Portalegre diz respeito que será cabeça de lista, para a presidente deste núcleo regional.

A primeira assembleia regional decorre já esta quinta-feira, em Portalegre, na sua sede, no edifício do IPDJ, a partir das 18 horas. Os núcleos de Évora e Beja reúnem, no sábado, dia 19, às 14.30 horas, na Quinta das Tacinhas de Fora, Caminho Municipal 1085, Santo Antonico, em Évora.

O Núcleo Regional do Litoral Alentejano da Quercus ANCN reúne a 24 deste mês, às 17.30 horas, na sua sede, em Vila Nova de Santo André.

As Assembleias dos Núcleos Regionais da Quercusé o tema em destaque esta semana no programa “Ambiente em FM, que pode ouvir, no podcast abaixo:

 

Utilização do PPR para pagar a prestação da casa em destaque na “Deco”

A possibilidade de se obter benefícios fiscais fez com que os Planos Poupança Reforma, os PPR, se tornassem uma das alternativas para as poupanças da população.

A perspetiva de investimento nestas soluções de poupança é de longo prazo e pretende garantir melhores condições, na reforma, mas como revela Neide Brás, jurista da Delegação da Deco “em condições excecionais podem ser utilizadas antes do prazo previsto”.

Desde 2013, com a publicação da Lei n.º 44/2013, o consumidor “pode utilizar o saldo do seu PPR para pagar prestações do empréstimo à habitação. Aliás, esta lei veio clarificar algumas regras em relativas ao reembolso antecipado de PPR para pagar as prestações do crédito à habitação”.

Os fundos resgatados podem, pois, ser aplicados “tanto para pagar prestações vencidas e não pagas, como para pagar prestações vincendas, não podendo, porém, o resgate ter como finalidade o reembolso antecipado, parcial ou total, do crédito”.

Assim sendo, face à atual subida da Euribor e consequente aumento dos créditos à habitação, as pessoas podem utilizar o PPR para pagar a prestação da casa, mas “pode ter custos associados”, alerta a jurista, “exceto numa situação de desemprego ou de deslocação por razões profissionais”.

A utilização do PPR para pagar a prestação da casa é o tema desta semana da rubrica da DECO.

 

Candidaturas abertas para eleição da Árvore do Ano 2023

O Concurso nacional “Árvore do ano 2023”, numa organização da União da Floresta Mediterrânica, já tem candidaturas abertas, até dia 18 deste mês.

Ana Pereira, do Europe Direct Alto Alentejo revela que esta é a fase destinada a “submeter a candidatura de uma árvore a concurso, que pode ser feita por parte de qualquer entidade ou cidadão e que depois podem vir a representar Portugal, no concurso Europeu”.

O concurso pretende destacar “a importância das árvores antigas, na herança cultural das comunidades onde se inserem, bem como a sua história e relação com as pessoas”.

Ana Pereira revela ainda que depois de submetidas as árvores a concurso, “serão dez finalistas, escolhidas por um júri, e depois são submetidas à votação do público, e em 2023 a eleita representará Portugal, no concurso europeu”.

De recordar que, em 2022, a Sobreira Grande de Arraiolos ficou em terceiro lugar, neste concurso, a nível europeu; já em 2021, o Plátano do Rossio de Portalegre ficou em quarto lugar e, em 2018 o Sobreiro “O Assobiador” de Palmela foi o vencedor da árvore Europeia do Ano.

As candidaturas para a Árvore Europeia do ano 2023 podem ser feitas aqui. Este é o tema em destaque esta semana no programa “Espaço Europa”.