Obra sobre Alzheimer dá vitória a Rute Simões Ribeiro no prémio Hugo Santos

Imagem: Rute Simões Ribeiro (Facebook)

A obra “Do Corpo o Homem”, de Rute Simões Ribeiro, é a vencedora da segunda edição do Prémio Literário Hugo Santos, promovido pelo Município de Campo Maior, como já antes tinha sido noticiado pela Rádio Campo Maior (ver aqui).

Num texto que não segue as tradicionais normas literárias, narrado na primeira pessoa, sobre um doente de Alzheimer, e escrito há cerca de um ano, explica a autora, natural de Coimbra, este trabalho foi submetido a concursom, tendo em conta que Rute Simões Ribeiro encontrou semelhanças entre o seu trabalho e o de Hugo Santos. “Achei muito interessante o facto de o Hugo Santos ter sido professor e ter tido também um trabalho com crianças, que é um trabalho que eu também faço”, começa por dizer.

“São sempre trabalhos que eu não sei como é que vão ser recebidos e eu sabia que só se tivesse um reconhecimento de um júri cuidado e atento é que eu conseguiria vê-lo ser exposto e ser apresentado, porque não é um trabalho habitual”, justifica ainda.

Feliz por ver “Do Corpo o Homem” ser reconhecido pelo Município de Campo Maior, a autora adianta que este é um trabalho que teve início “sob impulso de uma reportagem” a que assistiu, sobre Acácio Rodrigues. A sua obra centra-se “num mundo interno de um homem que se vai desligando, de alguma maneira, de um mundo que o envolve, sem saber, sem compreender, acordando um dia pensando que tem 47 anos, noutro dia na idade certa, e com base também na relação com a sua mulher”.

Rute Simões Ribeiro garante ainda que estes reconhecimentos são sempre “validações importantes” para os escritores: “há muita gente a escrever e no meio de tanta produção, os prémios são importantes para nos apresentar, para expor o trabalho e para um primeiro reconhecimento”.

Rute Simões Ribeiro vai ver o seu trabalho publicado em livro, numa edição da Câmara Municipal de Campo Maior, recebendo ainda um prémio monetário de 1.500 euros. A cerimónia de entrega do prémio à autora e de apresentação da obra está prevista para 1 de outubro, dia de aniversário de Hugo Santos.

De recordar que a primeira edição deste prémio foi ganha, no ano passado, pelo poeta Nuno Garcia Lopes, natural de Tomar, com a obra “Uma Casa de Papel Onde Morar”.

Corrida Noturna Contra o Cancro em Badajoz já tem inscrições abertas

Estão abertas as inscrições para a Corrida Noturna Pacense Contra o Cancro, com as verbas a reverterem para a Asociación Oncológica de Extremadura (AOEx).

Esta iniciativa desportiva está marcada para o dia 15 deste mês, e para além da de corrida, contempla também uma caminhada, a decorreram na margem direita do Parque Guadiana, numa organização do ADS Extremadura Natural Natural.

A partida e chegada têm lugar na Rana Roca e contarão com as modalidades de caminhada (3.6 quilómetros) e corrida (7.2 quilómetros).

Rewlativcamente à caminhada está aberta para todas as idades, já a corrida destina-se a pessoas a partir dos 16 anos, num total de 12 categorias, havendo troféus para os três primeiros classificados de cada uma delas, assim como prémios monetários para os três primeiros e primeiras da geral absoluta masculina e feminina.

As inscrições, com um valor de sete euros, podem ser feitas de forma presencial, no Be Padel (Calle Godofredo Ortega y Muñoz, 16, ou online AQUI.

O número máximo de inscrições é de 800, sendo 300 para a caminhada e 500 para a corrida. As inscrições podem ser feitas até dia 12 deste mês ou quando o número limite for atingido.

Elvas: Quinteto Pax Júlia este sábado em concerto na Igreja do Salvador

O Quinteto Pax Júlia, liderado pelo maestro campomaiorense Vasco Pereira, atua este sábado, 9 de setembro, na Igreja do Salvador, em Elvas, no âmbito do ciclo de concertos “Música Encanta o Património”, promovido pelo Município de Elvas.

Segundo o maestro, este é um quinteto de sopros, formado por músicos espanhóis, da Banda Municipal de Badajoz e da Orquestra da Extremadura. No concerto, com duração de uma hora, diz ainda Vasco Pereira, serão apresentadas músicas de cinema e de Bach, num espetáculo “muito voltado para a espiritualidade”. Antes do espetáculo, o quinteto irá fazer um ensaio para se conseguir adaptar ao espaço, muito diferente de uma sala de espetáculos.

O Quintento Pax Julia é composto por Félix Picón no clarinete, Antonio Mateu e Cecília Garcia nos saxofones, Rubén Tortosa no fagote e Rubén Vegas na trompa.

O início do espetáculo, que conta com entradas gratuitas, está marcado, no sábado, para as 21h30.

Festas do Povo em 2024: processo deve ser levado com “calma e tranquilidade”

O repto está lançado e o Município de Campo Maior está a fazer de tudo para que os campomaiorenses digam “sim” à realização das famosas Festas do Povo, já em 2024.

Ainda que diga que o processo deva ser levado com “calma e tranquilidade”, a vereadora São Silveirinha quer acreditar que, no próximo ano, as ruas de Campo Maior possam voltar a acordar, da noite para o dia, floridas, para dias de muita festa.

A classificação das Festas do Povo pela UNESCO como Património Cultural Imaterial, em dezembro de 2021, lembra ainda a vereadora, elevou, não só “a fasquia”, mas também “a responsabilidade” da organização daquele que é o maior ex-líbris festivo do concelho. “A responsabilidade é muito maior, mas nós estamos cá para assegurar todo este processo, porque, realmente, o povo de Campo Maior gosta muito das suas tradições e ama de paixão as suas Festas do Povo”, garante.

Para “tentar motivar” os campomaiorenses e “mexer com as suas emoções”, a autarquia promoveu, no decorrer da Feira de Santa Maria de Agosto, um desfile etnográfico e uma arruada de saias. “É um trabalho que também é da nossa responsabilidade, mas o povo de Campo Maior é bairrista e gosta imenso destas arruadas e dos desfiles”, assegura São Silveirinha.

O Município de Campo Maior vai ainda procurar dar continuidade ao projeto da Oficina da Flor de Papel, nas escolas do concelho, para que, de alguma forma, se consiga, de hoje para amanhã, “colher frutos” e evitar que a tradição caia em esquecimento. “Os mais velhos já não conseguem fazer flores ou alguns deles já faleceram. Depois há outros, que já não sendo tão jovens, têm uma vida muito ocupada e não conseguem dar resposta a tudo aquilo que implica a concretização de umas Festas do Povo”, lembra ainda a vereadora.

Os interessados em inscrever as suas ruas, na possível edição das Festas do Povo, em 2024, podem já fazê-lo no Posto de Turismo de Campo Maior.

Próximo sorteio do Euromilhões com “jackpot” de 30 milhões

O sorteio de ontem, 5 de setembro, do Euromilhões não teve totalistas, pelo que, na próxima sexta-feira, vai estar em jogo um “jackpot” de 30 milhões de euros.

Para Portugal vêm apenas cinco quartos prémios, num total de 21, de quase 1.700 euros.

O segundo prémio, de 162 mil euros, e o terceiro, de 12.600, saíram apenas no estrangeiro: o segundo a três apostadores e o terceiro a nove.

A chave vencedora do sorteio de ontem era composta pelos números 1, 7, 24, 41 e 48 e as estrelas 10 e 12.

A informação apresentada não dispensa a consulta dos resultados oficiais no portal dos Jogos Santa Casa.

“O Mistério do Colar de São Cajó” no sábado em Campo Maior

“Pôr do Sol – O Mistério do Colar de São Cajó” é a proposta cinematográfica para a noite de sábado, 9 de setembro, no Centro Cultural de Campo Maior.

O filme retrata a “saga da família Bourbon de Linhaça e do seu bem mais valioso, o Colar de São Cajó, que está na família há mais de 3500 anos, e esconde segredos, maldições e uma lendária receita de bacalhau”.

A sessão tem início marcado para as 21h30. Os bilhetes, com o preço de 3,50 euros podem ser adquiridos aqui.

Acessos às cascatas da Serra de São Mamede vão ser melhorados

Imagem: VagaMundos

A Câmara Municipal de Portalegre vai iniciar uma obra em plena Serra de São Mamede, com vista à valorização do turismo de natureza, tendo por base as cascatas escondidas naquele parque natural de 56 mil hectares.

Num investimento previsto de mais de 130 mil euros, com esta intervenção, segundo explica a presidente da Câmara, Fermelinda Carvalho, vai procurar-se criar “bons acessos” às cascatas, para além de miradouros para a Serra de São Mamede. Com isto, explica ainda a autarca, pretende-se também contribuir para a divulgação deste património natural.

“Temos cascatas extraordinárias no nosso concelho, na Serra de São Mamede, e vamos fazer aqui um melhoramento em todos os caminhos e acessos a essas mesmas cascatas, porque o que têm de belas, também têm de difícil acesso”, revela Fermelinda Carvalho.

O auto de consignação da empreitada da Porta do Parque e Grande Rota das Cascatas de São Mamede foi assinado, recentemente. A obra, adjudicada à empresa Floema, contempla a abertura da Porta do Parque, como apoio aos visitantes, as infraestruturas de acessibilidades e visitação às cascatas, abrangendo um território que vai desde São Julião a Alegrete.

Filme de animação “Nayola” pré-selecionado para os Óscares 2024

O filme “Nayola”, de José Miguel Ribeiro, é um dos quatro candidatos a votação na Academia Portuguesa de Cinema, no processo de selecção para os Óscares de 2024.

Nayola foi produzido pela Praça Filmes, uma produtora nacional, sediada em Montemor-o-Novo, estreou em 2022 e conta a história de três gerações de mulheres angolanas, vítimas da guerra civil.

Este filme foi produzido por uma equipa com mais de 100 pessoas, tendo cinco países envolvidos,  tendo demorado cerca de nove anos a ser produzido. Para o diretor do filme, José Miguel Ribeiro, este foi um projeto “muito ambicioso”, pelo que este é “um reconhecimento do trabalho feito”.

A obra cinematográfica vai ser ainda “exibida em Ottawa, no Canada, a competir num dos maiores festivais de animação da América do Norte”, informa o diretor, dizendo ainda que está previsto ser exibido no Brasil também.

José Miguel Ribeiro revela ainda que o facto de este filme de animação ser candidato na Academia Portuguesa de Cinema para possível seleção para os Óscares “dá visibilidade não só à produção portuguesa, mas também aos filmes do género”.

Filme de animação “Nayola” que é candidato a representar Portugal na categoria de Melhor Filme Internacional, nos Óscares 2024. A par de “Nayola”, estão também pré-selecionados os filmes: Légua, de Filipa Reis e João Miller Guerra; o díptico “Mal Viver” e “Viver Mal”, de João Canijo.

Atletismo: mesmo com falta de apoios, Cláudia Batuca vai ao Campeonato Europeu

Depois de se ter sagrado, este ano, campeã nacional de veteranos, em pista ao ar livre, nos 800 metros, vice-campeã nos 400 metros, e ter ainda conquistado o bronze nos 1.500 metros, a elvense Cláudia Batuca vai, no próximo dia 28, entrar em prova, em Pescara, na Itália, no Campeonato Europeu Master de Atletismo.

Mas a participação nesta competição só é possível com Cláudia a pagar todas as despesas associadas a inscrição, deslocação, alimentação e estadia. Nesse sentido, a atleta do Barbaris BTT Team, de Barbacena, tem pedido “algumas ajudas”, para conseguir alcançar o seu sonho.

“A inscrição já a fiz, juntamente com a Associação Nacional de Atletismo Veterano (ANAV) e com o presidente da Associção de Atletismo de Portalegre. Vou representar o país, mas tudo o que a competição exige é por minha conta, ou seja, a inscrição na prova, os voos, o hotel, a alimentação. A única coisa que a ANAV me deu foi o equipamento de competição em si”, revela a atleta.

Pensando inicialmente que a ANAV a ajudasse a suportar parte das despesas, Cláudia Batuca chegou a pensar em desistir, quando percebeu que teria de suportar todos os encargos. Contudo, foi impedida por alguns colegas e amigos. Conta ainda que foi incentivada a inscrever-se nesta prova europeia após o seu triunfo no campeonato nacional de pista.

Algumas empresas de Elvas, e não só, já se mostraram solidárias com a atleta, patrocinando a sua participação na prova, sendo que Cláudia teve, desde logo, de assegurar, para além da inscrição, a marcação dos voos.

Agradecendo a todos quantos a queiram ajudar, Cláudia explica ainda como os interessados em apoiá-la o podem fazer ou junto de José Maneta, presidente da Barbaris BTT Team, ou de Isabel Santos, na APPACDM de Elvas. “Eu não vou pedir valores, porque eu não peço valores. O que quiserem dar, dão”, diz ainda.

Cláudia comenta ainda ser “triste” que, em Portugal, todos os apoios sejam canalizados para uma única modalidade desportiva: o futebol.  “No nosso país só há dinheiro para o mundo do futebol, mas o desporto não é só futebol, há várias modalidades”, remata.

A entrevista completa a Cláudia Batuca para ouvir no podcast abaixo: