Os líderes socialistas de Portugal e Espanha, António Costa e Pedro Sanchez, assinaram um acordo de cooperação entre os dois partidos com o objetivo de promoverem o desenvolvimento comum dos dois países.
No seguimento de uma iniciativa promovida pela Federação Distrital de Portalegre sob a liderança de Luís Moreira Testa, os responsáveis máximos do Partido Socialista e do Partido Socialista Obrero Español oficializaram um projeto comum que pretende desenvolver políticas que aproximem os dois países e promovam o desenvolvimento de toda a península, em particular das regiões transfronteiriças.
Numa cerimónia em que o Alto Alentejo se fez representar por Luís Moreira Testa e pelos presidentes dos municípios de Elvas, Nuno Mocinha, e de Campo Maior, Ricardo Pinheiro, foi dado o primeiro passo para que as regiões transfronteiriças tenham mais oportunidades e não sejam esquecidas pelos poderes de Lisboa e Madrid. O Partido Socialista tem um objetivo. É o de determinar o desenvolvimento destas regiões e, em particular, do nosso distrito, do Alto Alentejo, afirmou o líder da distrital socialista.
Os dois lados da fronteira comprometeram-se a implementar uma agenda institucional que procure promover o desenvolvimento económico das regiões transfronteiriças, sublinha Luís Testa. Não temos sabido aproveitar as oportunidades porque é difícil no atual quadro legislativo e, nomeadamente, no atual quadro fiscal aproveitar essas oportunidades. Aquilo que nós propomos, aquilo que o PS propõe é que haja um novo enquadramento que permita às populações e às empresas terem uma outra dimensão também no mercado ibérico, enaltece o Presidente da Federação Distrital de Portalegre do PS.
Para o Secretário-Geral do Partido Socialista, António Costa, as regiões de fronteira não são o Interior do Litoral. São o centro do mercado ibérico. Apostar no desenvolvimento destas regiões transfronteiriças é uma forma inteligente de reforçarmos a unidade da nossa península e simultaneamente, de contribuirmos positivamente para o desenvolvimento das regiões que mais precisam de ser desenvolvidas no conjunto da Península Ibérica, afirma António Costa. E concretiza com medidas. A existência de um fundo comum para o desenvolvimento das regiões transfronteiriças, a gestão em comum dos parques industriais, a existência de incentivos à instalação de empresas que criem emprego nestas zonas e regiões de fronteira e a diminuição dos custos de instalação com a essência de serviços partilhados, por exemplo, nas redes energéticas.