A grande maioria dos alunos que frequenta a Escola Superior Agrária de Elvas (ESAE) é proveniente de fora da região. É no sentido de captar novos alunos, sobretudo do concelho e do distrito, que hoje a escola está de portas abertas para os alunos da Secundária D. Sancho II.

“A percentagem dos alunos de fora da região que frequentam a Agrária, tal como as restantes escolas do Politécnico de Portalegre, ronda os 60, 70 por cento”, revela José Manuel Rato Nunes, diretor da ESAE. “Conhecendo a escola, conhecendo aquilo que aqui se faz, numa época em que estamos com fortes restrições económicas – e nem todas as famílias têm a possibilidade económica de mandar um estudante estudar para fora do seu local de residência – (a iniciativa) acaba por ser uma mais-valia, porque os jovens podem verificar que têm na sua própria terra instituições com qualidade, que lhes podem dar um perfil profissional e inseri-los no mercado de trabalho”, garante.

Durante o dia de hoje, mais de uma centena de alunos da Escola Secundária de Elvas visitam as instalações, observam e participam em diferentes atividades, tendo em conta os cursos lecionados na Agrária. “O objetivo é dar a conhecer a atividade, para que possam escolher, com melhor conhecimento, qual é o perfil profissional pelo qual vão envergar”, assegura Rato Nunes.

Em algumas das atividades propostas, como observar células ou tosquiar cães, são os próprios alunos da Agrária que acompanham os possíveis futuros colegas.

Esta iniciativa insere-se nos “Dias de Portas Abertas” do Instituto Politécnico de Portalegre (IPP). Hoje as atividades decorrem na Escola Superior Agrária de Elvas. A partir de amanhã, e até quinta-feira, as atividades decorrem nas restantes escolas do IPP.

Entre 2010 e 2014, as 15 autarquias do Alto Alentejo, em conjunto, perderam um total de 440 trabalhadores.

Campo Maior perdeu 70 trabalhadores neste período. Ricardo Pinheiro, presidente da câmara, justifica esta redução com as “medidas tomadas pelos sucessivos Governos e com as reduções no Orçamento de Estado”.

“No caso do concelho de Campo Maior, existiam 60 funcionários com contrato de termos certo e, desde que finalizaram os contratos de 3 anos, a lei do Orçamento de Estado tem vindo, sempre, a ser impeditiva de contratação de novos funcionários e basicamente aquilo que existiu foi uma redução de pessoas no nosso município”.

O autarca salienta que “em 2010, cerca de 70% da nossa receita estava afeta ao pagamento de pessoal e hoje em dia essa percentagem baixou para os 48%”.

O autarca lamenta que “o governo central não tenha a sensibilidade de perceber que as autarquias são uma sinergia enorme para a criação de emprego, sobretudo na zona do interior”.

Portalegre está no conjunto de autarquias que mais trabalhadores perdeu, com um total de 114.

A presidente da câmara municipal, Adelaide Teixeira, garante que este número deve-se “a causas naturais, como a reforma dos trabalhadores”.

Armando Varela, presidente da comunidade intermunicipal do Alto Alentejo, garante que “a função do Estado não é gerar emprego mas sim criar condições para que os postos de trabalho apareçam”.

No lado oposto da tabela estavam Sousel, que reduziu o seu quadro de pessoal em apenas 3 trabalhadores, seguindo-se Fronteira, com menos 6, Elvas (-7), Crato (-11), e Alter do Chão (-13).

A romaria a Nossa Senhora dos Prazeres, no concelho de Monforte, volta hoje a ser reconstituída, histórica e etnograficamente. Este é “um acontecimento que faz parte da cultura das gentes daquele concelho”, de acordo com Mariana Mota, vereadora na autarquia monfortense.

A concentração dos romeiros está marcada para as 8h30 e partida para as 9 horas. Por volta das 10 horas efetua-se paragem nas Alvarianas, onde é servido chá e bolos típicos do concelho. Uma hora mais tarde está prevista a chegada a Prazeres. Às 11h30 há missa solene, seguida de procissão. A partir das 13h30, há degustação de produtos regionais, sendo que o município oferece porco assado no espeto a todos os romeiros participantes.

A romaria a Nossa Senhora dos Prazeres coincide com o feriado municipal de Monforte. Normalmente, neste dia, cerca de 400 pessoas, participam, de forma ativa, na reconstituição histórica e etnográfica da romaria.