O Governo angolano aprovou a privatização e venda de 100 por cento do capital da empresa pública de produção de café Liangol à Angonabeiro, unidade do grupo português Nabeiro que atua em Angola há 14 anos.
A decisão consta de um decreto executivo conjunto dos ministros da Economia, Abrahão Gourgel, e da Indústria, Bernarda da Silva, de 13 de novembro.
O Grupo Nabeiro já tinha sido convidado pelo Executivo angolano a colaborar na reativação da antiga fábrica de café Liangol, em Luanda, uma unidade produtiva agora com a marca Ginga. Esta será retirada à estatal Empresa de Liofilização e Moagem de Café (Limoca), conforme estabelece o mesmo decreto, e vendida à Angonabeiro.
O Executivo angolano justifica a privatização desta fábrica com um programa económico nacional para “valorizar as unidades industriais com elevado potencial de crescimento e geradoras de divisas”.
A atual fábrica Liangol foi inaugurada a 25 de maio de 2001 e assegura a torrefação de café, com a recuperação da marca angolana Ginga.
O preço da venda será determinado com base numa avaliação patrimonial atualizada, a realizar.
A Angonabeiro é uma empresa do grupo Nabeiro, fundado em 1961 pelo comendador Rui Nabeiro, com sede em Campo Maior. Desde 2000 que a Angonabeiro atua no mercado angolano, na área do comércio e da indústria, através das marcas de café Ginga e Delta, entre outros produtos.