A Câmara Municipal de Elvas adquiriu todos os prédios militares da cidade, incluindo o Forte da Graça. Em questão está todo o Património Castrense à exceção do Museu Militar.
“Como todos nós sabemos, o Património Castrenses encontra-se numa fase extremamente degradada, começando, em grande parte, pelas muralhas seiscentistas, indo à maior parte dos nossos fortes, e muitos outros prédios militares como é o caso dos fortins, Quartel de São Paulo, Casa das Guardas e muitos outros prédios militares”, segundo Rondão Almeida, presidente da Câmara Municipal de Elvas.
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Este Património Militar, propriedade do Ministério da Defesa Nacional, foi cedido a autarquia elvense pelo período de 50 anos e pelo valor de “cerca de 750 mil euros”. A Câmara Municipal de Elvas fica com a responsabilidade de “recuperar totalmente esses prédios, assumindo uma responsabilidade cuja estimativa de custos ascende a 20 milhões de euros, 5 milhões apenas para o Forte da Graça”, referiu o autarca.
No que diz respeito ao Forte da Graça, o processo é realizado à parte, pois envolve as secretarias de Estado do Tesouro, da Defesa, da Cultura e do Desenvolvimento Regional “num protocolo que tem como objecto a cedência do Forte da Graça a titulo precário e oneroso à Câmara Municipal de Elvas por um periodo de 40 anos que poderá ser renovado até 75 anos”, de acordo com Rondão Almeida. Estes investimentos vão ser feitos através de candidaturas a fundos comunitários apresentados pela autarquia elvense até dia 15 de Setembro. Este espaço vai dar lugar a um “Centro Interpretativo do Forte da Graça e a um Centro de Arquitetura e Estratérgia Militar, entre outras valências culturais”.
Por outro lado, a Câmara Municipal de Elvas compromete-se a “suportar as contrapartidas nacionais, ou seja, uma das partes do investimento será pago por fundos comunitários e outra parte pelo orçamento da autarquia” garantiu Rondão Almeida.