Certificações de pastagens biodiversas em destaque no programa “Agricert: do Alentejo para o Mundo”

O episódio desta semana do programa “Agricert: do Alentejo para o Mundo” é dedicado às certificações de pastagens biodiversas, com Beatriz Vacas, técnica de controlo na empresa.

Esta certificação tem como principal objetivo “promover práticas de pastoreio que assegurem a manutenção de pastagens biodiversas, quer sejam elas semeadas ou naturais”. Este tipo de pastagens combina leguminosas, gramíneas e outras espécies infestantes, que contribuem, por exemplo, para a fixação de azoto, para o aumento da matéria orgânica do solo e a diminuição da erosão.

A preservação das pastagens “torna-se cada vez mais importante, para fazer face aos desafios das alterações climáticas, da degradação dos solos e da necessidade de práticas mais sustentáveis”, revela ainda Beatriz Vacas.

Quanto aos critérios relativos à composição das pastagens que são obrigatórios para obtenção da certificação: pelo menos 25% do coberto deve ser constituído por leguminosas e a pastagem deve incluir, pelo menos, seis espécies diferentes, entre leguminosas, cereais e infestantes.

O programa completo desta semana para ouvir no podcast abaixo:

João Fernandes: do “primeiro dos últimos” a vencedor do Prémio Literário Hugo Santos

“O Relógio de Areia Avesso ao Tempo”: assim se chama a obra com que o campomaiorense João Fernandes venceu, sob o pseudónimo Fernando de Bulhões, a quarta edição do Prémio Literário Hugo Santos, promovido pelo Município de Campo Maior.

Em entrevista à Rádio ELVAS e Rádio Campo Maior, o autor começa por revelar de onde vem este seu gosto pela escrita. “O gosto foi-se construindo. Eu na secundária nem sequer era de Letras, era de Ciências, e tinha uma professora de Português que dizia que era o melhor que escrevia, dos de ciências. E para mim aquilo era um bocadinho um desafio, porque era como se eu fosse o primeiro dos últimos, porque teoricamente os de Ciências escreviam pior que os de Letras”, começa por dizer.

A partir daí foi tentando sempre melhorar a sua escrita e assim que ingressou na faculdade começou a colaborar com o jornal da associação de estudantes. Já formado, e de regresso à vila, passou a escrever algumas peças para o jornal da terra. Entretanto, as crónicas de alguns jornalistas fizeram-no também perceber que tinha um gosto especial pela escrita criativa, o que o levou a inscrever-se em alguns cursos da área.

Afastado há já algum tempo da escrita, de uma forma mais séria, acabou por reunir alguns dos textos que foi produzindo, ao longo dos últimos tempos, e por candidatar a sua obra ao Prémio Literário Hugo Santos, iniciativa que considera uma “boa” aposta, “pela atual vereadora, porque ocupou um espaço que não havia em Campo Maior”. A verdade é que nunca antes se candidatou a este concurso, que varia entre poesia e conto de ano para ano. “Mas agora inscrevi-me, atrevi-me e fiz esta obra de ficção”, comenta.  

Quanto à história de “O Relógio de Areia Avesso ao Tempo”, o autor campomaiorense revela que tem como protagonista Elvira Remédios, “uma senhora que arranja relógios”: mais que isso, “ela é guardiã do tempo ou alguém que controla o tempo de uma certa forma”. “Mas depois, como na vida há coisas que nós não controlamos, ela acaba por encontrar um relógio que dá a volta completamente aos acontecimentos, não só dela, mas também da vila onde vive. Depois há todo um enredo que termina com ela a chegar a alguma conclusão… àquilo que eu não posso revelar, que é o fim da obra”, remata.

Para além de um prémio monetário de 1.500 euros, João Fernandes verá o seu trabalho publicado em livro, numa edição da Câmara Municipal de Campo Maior.

A entrevista completa a João Fernandes para ouvir no podcast abaixo:

Dia Europeu das Línguas é celebrado desde 2001 a 26 de setembro

Celebra-se amanhã, 26 de setembro, o Dia Europeu das Línguas, data instituída em 2001, por iniciativa conjunta do Conselho da Europa e da Comissão Europeia.

Este dia, este ano celebrado sob o mote “Línguas: a tua ponte para o futuro”, tem como objetivo a celebração do património linguístico e da diversidade cultural comuns ao continente europeu. Na Europa existem mais de 225 línguas faladas e a maior parte das línguas europeias emprega o alfabeto latino e algumas línguas eslavas utilizam o alfabeto cirílico.

Em toda a Europa, os cidadãos europeus são encorajados a aprender mais línguas, em qualquer idade e tanto dentro como fora da escola.

Tudo para saber sobre o assunto na edição desta semana do programa “Espaço Europa”, com Ana Pereira, do Europe Direct Alto Alentejo. Para ouvir no podcast abaixo:

“Agricert: do Alentejo para o Mundo”: Agricert criou certificação “Pecuária Baixo Carbono”

A Agricert desenvolveu uma certificação ao nível da Pecuária de Baixo Carbono, com o objetivo de incentivar as explorações agropecuárias a reduzir para nível igual ou inferior a zero o valor de dióxido de carbono equivalente (CO2e). Com isso, procurou, desde logo, contribuir para uma agricultura melhor e mais sustentável.

Acreditada pelo Instituto Português de Acreditação (IPAC), esta certificação, que representa “uma aposta estratégica para as explorações”, é o tema em destaque na edição desta semana do programa “Agricert: do Alentejo para o Mundo”, com Constança Laranjo, técnica desta área na empresa.

A aposta da Agricert nesta certificação, que é destinada, sobretudo, à agropecuária extensiva, surgiu “no seguimento da polémica relativamente à responsabilidade da agricultura no que dizia respeito às alterações climáticas”. Com as primeiras certificações realizadas no final de 2023, a empresa, desde então, já certificou cerca de 40 mil hectares, alguns deles fora de Portugal.

O episódio desta semana de “Agricert: do Alentejo para o Mundo”, para ouvir no podcast abaixo:

Há cada vez mais portugueses a contratar seguros de saúde

São cada vez mais os portugueses, 31% mais precisamente, que têm um seguro de saúde. Este é considerado um bom complemento ao Serviço Nacional de Saúde, já que permite o acesso a cuidados de saúde privados.

Tal como em qualquer contratação de serviços, o consumidor deve ter toda a informação para que possa tomar as suas decisões de forma informada e ponderada, sabendo concreta e rigorosamente que serviços está a contratar com a escolha desse seguro de saúde.

À DECO chegam frequentemente dúvidas e pedidos de esclarecimento de consumidores que, querendo contratar um seguro de saúde, acabam por assinar um plano de saúde sem terem a noção clara das diferenças entre ambos.

Na verdade, um plano de saúde não é um contrato de seguro, não estando sujeito às mesmas regras legais de um contrato de seguro, nem à supervisão da Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF).

De acordo com a ASF, o plano de saúde é um produto que funciona dentro de uma rede de prestadores e que permite ao cliente aceder a um conjunto de serviços de saúde a um valor mais reduzido, não havendo a assunção de risco por parte da entidade gestora do plano. Assemelha-se a um cartão de descontos que permite aceder a um conjunto de serviços de saúde a um valor mais reduzido e que vai variar em função do prestador selecionado.

Tudo para saber sobre o assunto na edição desta semana da rubrica da DECO, com Helena Guerra, do Gabinete de Projetos e Inovação da Associação para a Defesa do Consumidor. Para ouvir no podcast abaixo:

Roda Gigante e nova iluminação do Santuário: as novidades da edição deste ano da Feira de São Mateus

É já esta sexta-feira, 19 de setembro, que o Parque da Piedade, em Elvas, se volta a encher de vida e cor, para mais uma Feira de São Mateus e as Festas em honra do Senhor Jesus da Piedade.

Esta, que é considerada a maior romaria de todo o Alentejo, organizada pela Confraria do Senhor Jesus da Piedade, tal como recorda o juiz Carlos Damião, tem o seu ponto alto na Procissão dos Pendões, marcada para este sábado, às 18 horas, com saída da Sé. 

“As festas religiosas são imponentes. A Procissão dos Pendões será presidida pelo senhor Arcebispo de Évora, mas depois teremos várias missas durante as festas em honra do Senhor Jesus da Piedade”, diz Carlos Damião. Ainda relativamente à Procissão dos Pendões, o juiz da confraria recorda que são sempre “milhares e milhares” de devotos que fazem questão de participar neste cortejo religioso, que chega a “atingir três quilómetros” de extensão. 

Na manhã deste sábado, no centro histórico de Elvas, as três bandas que participam na Procissão dos Pendões – a Banda 14 de Janeiro e as bandas filarmónicas de Sousel e Redondo – irão realizar as habituais arruadas.

Para além da componente mais religiosa, estas festas nunca deixam de lado a vertente profana, desde logo com a Expo São Mateus, promovida pela Câmara Municipal de Elvas. Por mais que a feira se inicie já esta sexta-feira, a iluminação decorativa do Parque da Piedade só será ligada amanhã, aquando da chegada da procissão ao recinto. “Como vem sendo habitual, quando o dia 20 é um sábado ou um domingo, damos oportunidade a todos os expositores de, no dia 19, mesmo sem iluminação decorativa, abrirem, para que façam mais algum dinheiro na feira”, revela Carlos Damião.   

Relativamente à feira em si, e dando conta que não há registo de grandes alterações face ao ano passado, o juiz destaca, enquanto novidades, a Roda Gigante e a nova iluminação do Santuário do Senhor Jesus da Piedade. Face ao ano passado, mantém-se “mais ou menos” o mesmo número de feirantes presentes. O tabuleiro superior do Parque da Piedade volta a estar ocupado por carrosséis, bares e stands de automóveis, enquanto os comerciantes de loiças e vestuário, sobretudo, voltam a marcar presença na parte de baixo do espaço.  

A entrevista completa a Carlos Damião sobre a Feira de São Mateus e as Festas em honra do Senhor Jesus da Piedade para ouvir no podcast abaixo:

Candidaturas às Capitais Europeias de Pequeno Retalho abertas até 9 de outubro

A Comissão Europeia vai distinguir, em 2026, três cidades de diferentes dimensões como Capitais Europeias de Pequeno Retalho.

Com candidaturas para autarquias a decorrerem até 9 de outubro, a iniciativa tem por objetivo identificar as cidades que atingiram resultados notáveis ao apoiar os pequenos retalhistas, mantendo o dinamismo dos centros das cidades.

A distinção visa ainda premiar as histórias de sucesso dessas cidades e promover abordagens efetivas e inovadoras para a revitalização do pequeno retalho, para a transição digital e verde, bem como para o apoio empresarial e para a cooperação com a comunidade.

Tudo para saber sobre o assunto na edição desta semana do programa “Espaço Europa”, com Ana Pereira do Europe Direct Alto Alentejo. Para ouvir no podcast abaixo:

R.A.I.A. procura incentivar criação e investigação artística com base na identidade desta região fronteiriça

R.A.I.A. – Residência Artística e de Investigação do Alentejo, iniciativa de Luís Eduardo Graça (na imagem) e Nuno Franco Pires, é um dos projetos a votação à edição deste ano do Orçamento Participativo da Câmara Municipal de Elvas.

Trata-se de um projeto que tem em vista a criação e a investigação artística, tendo em conta a comunidade, a identidade e a cultura locais. Com a ambição de que venha a surgir, nesta zona da Raia, “um polo cultural mais ativo”, Luís Eduardo Graça explica que a ideia deste projeto partiu da necessidade de se aproveitar, do ponto de vista artístico e cultural, “a triangulação” entre Elvas, Campo Maior e Badajoz. “Devíamos aproveitar um bocadinho mais a vertente artística e cultural que estas localidades têm para oferecer e a R.A.I.A. pretende ser um espaço de encontro, de partilha e de reflexão do que é que o Alentejo, a raia ibérica, neste cruzamento de culturas desta fronteira física”, revela o responsável.

Nesse sentido, o objetivo é que os jovens de “vários pontos da Península Ibérica” se possam deslocar até Elvas para, e através de residências artísticas, explorar “o modo de vida, a cultura e os hábitos” das gentes do concelho, através de diferentes tipos de arte.   

Estas residências artísticas destinam-se a jovens estudantes ou que tenham, recentemente, concluído os seus estudos superiores, até aos 30 anos, de Portugal e Espanha, que pretendam explorar durante uma semana a comunidade local e transformar essa experiência num produto artístico ou de investigação. Numa primeira fase, o projeto contempla o desenvolvimento de três residências artísticas, em torno de três áreas distintas: música, desenho e literatura.

Assegurando que este é um projeto que, independentemente de vencer ou não o Orçamento Participativo, terá “pernas para andar”, Luís Eduardo Graça explica ainda para que servirá o valor de 11 mil euros que foi candidatado à iniciativa da Câmara Municipal de Elvas: “são três jovens que vêm para cá e esta verba serve para os acomodar, para os seus alojamentos, alimentação, para os seus transportes, para os materiais – para pintarem, para escreverem, para fazerem as suas artes –, como também para terem alguns workshops, durante essa semana, e um orientador, que tanto perceba de Elvas como da expressão que eles estão a estudar”.

R.A.I.A. – Residência Artística e de Investigação do Alentejo, a par de outros seis projetos, está a votação, até final deste mês, ao Orçamento Participativo (saber mais aqui).

A entrevista completa a Luís Eduardo Graça para no podcast abaixo:

Mitos sobre as certificações agrícolas em destaque no programa “Agricert: do Alentejo para o Mundo”

Na edição desta semana do programa “Agricert: do Alentejo para o Mundo”, o responsável de esquema e auditor da empresa, Manuel Antunes (na imagem), procura desfazer alguns dos mitos que existem em torno das certificações agrícolas.

No que toca, desde logo, aos custos associados a uma certificação, o responsável garante que esses custos deverão ser encarados como um investimento, até porque “o objetivo final de qualquer certificação é agregar valor a um produto que vai ser colocar no mercado”.    

Por outro lado, e se há quem pense que as certificações servem apenas para responder a exigências regulamentares, a verdade é que estas abrem mercados mais competitivos onde os preços são, naturalmente, mais apelativos.

Do ponto de vista do consumidor, há que ter em atenção que os produtos, nas prateleiras das superfícies comerciais, não são todos os iguais. Os sistemas de certificação propõem ao operador acrescentar valor aos produtos por via da sua produção e transformação, o que conduz a um produto diferenciado aos olhos do consumidor final. O que há a fazer “é identificar nos pontos de venda as certificações”.

O programa completo desta semana para ouvir no podcast abaixo:

“Ambiente em FM”: Quercus apela à regeneração urgente do território após um dos piores anos de incêndios

Este ano, até 31 de agosto, na sequência de mais de sete mil incêndios registados, arderam em Portugal mais de 254 mil hectares, de acordo com o 5.º relatório provisório de incêndios rurais do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF). É o quarto pior valor desde 1996.

Perante esta realidade, a Quercus lança um apelo urgente à regeneração do território, dizendo que é “tempo de inverter a trajetória da destruição e apostar na regeneração” e que “o futuro das nossas florestas depende de um financiamento justo a quem cuida do território e de um compromisso coletivo para criar paisagens seguras e resilientes”.

Nesse sentido, a Quercus tem vários projetos em marcha, como “Criar Bosques”, iniciado em 2008, e que mobiliza voluntários e empresas para plantar espécies autóctones em todo o país. Outro dos projetos é o “Floresta Comum” que, desde 2012, disponibiliza plantas para reflorestação. Já o projeto “Aldeias SuberProtegidas”, desde 2023, tem vindo a criar faixas de proteção com sobreiros em redor de aldeias em risco.

Tudo para saber sobre o assunto na edição desta semana do programa “Ambiente em FM”, com José Janela, da Quercus. Para ouvir no podcast abaixo: