Romaria da Nossa Senhora dos Prazeres “valoriza tradições e a força identitária do concelho de Monforte”

Após quatro dias de muita animação e devoção, as festas em honra de Nossa Senhora dos Prazeres, no concelho de Monforte, chegaram ao fim esta segunda-feira, dia 28 de abril.

Sendo esta uma romaria com muitos anos de história, Gonçalo Lagem, presidente da Câmara Municipal de Monforte, garante que as festividades para além de “valorizarem tradições e a força identitária do concelho”, também têm o prepósito de “perdurar no tempo”. “Esta romaria esteve suspensa durante muitos anos e, em 2006, o Município decidiu retomar esta linda tradição. É uma festa que tem a ver com religião, com base numa lenda que Nossa Senhora dos Prazeres salvou a população de uma praga de gafanhotos e depois tem a parte pagã que celebra a amizade, a fraternidade e a valorização dos nossos recursos endógenos”, acrescenta.

“Já no ano passado transformámos um bocadinho a festa, com a novidade da tenda, da deslocalização da festa e a dimensão de atração de pessoas de todos os concelhos vizinhos”, sublinha o autarca. No concerto de Marta Santos (que decorreu no passado domingo, dia 27 de abril), estiveram presentes, no evento, entre duas a três mil pessoas, o que, segundo diz, “é super agradável em termos de afirmação do concelho e da sua reputação nas suas mais diversas vertentes”.

Já Luís Silva, presidente da Associação Cultural e Recreativa dos Prazeres, entidade responsável pela organização do evento, assegura que as expectativas, para edição deste ano, eram “muito boas”. “Tivemos uma boa adesão, este ano com uma tenda muito maior e com maior impacto, tivemos umas noites muito animadas e divertidas”, assegura. Os lucros angariados na romaria “revertem em prol dos Bombeiros Voluntários de Monforte”, entidade parceira, juntamente com o Município.  

Presente no evento esteva João Crespo, presidente da Câmara Municipal de Arronches, que realçou que “esta é mais uma daquelas romarias que são tradicionais e que têm sempre bastante afluência”. Arronches também se associou à romaria através da Academia Sénior e o Grupo dos Romeiros de Esperança, que “vieram desde Monforte com as suas carroças e animais, até Prazeres”. O autarca felicita ainda “o Município de Monforte pela excelente organização que tem montada”. “Uma vez mais, as festas dos Prazeres são um sucesso”, remata.    

Crianças de Campo Maior festejam 25 de Abril com manhã de diversão e prática desportiva

Foi com a quinta edição do Kids Urban Run, integrado naquele que foi já o terceiro Encontro de Atletismo Infantil, junto ao Complexo das Piscinas da Fonte Nove, que Campo Maior começou, na manhã desta quinta-feira, 24 de abril, a celebrar o 25 de Abril, num evento promovido pelos Campo Maior Trail Runners, em parceria com a Câmara Municipal e a Associação de Atletismo de Portalegre.

Com a participação de cerca de 450 crianças, do pré-escolar e do 1º ciclo do concelho, revela Carlos Pepê, o responsável pelos Campo Maior Trail Runners, a iniciativa contou com atividades das principais vertentes do atletismo – “correr, saltar e lançar” –, num total de oito estações.

“Em parceria com o nosso município, conseguimos transformar este espaço, aqui à volta das piscinas, num espaço para as crianças. Aquilo que nós queremos é ter cada vez mais espaços de brincar, de repor a brincadeira na via pública e esta é uma forma simples de trazer a alegria e a jovialidade das crianças para festejar o 25 de Abril, festejar a liberdade e fazer a festa do desporto”, diz ainda Carlos Pepê.

Para o presidente da Associação de Atletismo de Portalegre, Daniel Madeira, este é um evento que deve ser “um exemplo para outros concelhos” do distrito. “Estamos a falar de muitas, muitas crianças, de todas as escolas, onde lhe está a ser mostrado aquilo que é o atletismo, nas suas várias vertentes: dos saltos, dos lançamentos das corridas”, assegura.

Lembrando que o atletismo vai muito para além da corrida, Daniel Madeira garante que esta é uma “modalidade que abrange todo o tipo de fisionomias”. “Muitas vezes, aquelas crianças com maiores problemas de integração, com excesso de peso e que até nem gostam da corrida, têm, por exemplo, nas atividades ligadas aos lançamentos uma oportunidade de praticar desporto e por aí se iniciarem na prática desportiva”, acrescenta.

Já para presidente da Câmara de Campo Maior, Luís Rosinha, “não havia melhor forma de começar”, na vila, as comemorações do 25 de Abril. “Temos um dia fantástico de sol, com cerca de 450 crianças, que hoje estão aqui num espaço que delimitados, junto às piscinas cobertas, com muita atividade física”, comenta o autarca, agradecendo aos Campo Maior Trail Runners, na pessoa de Carlos Pepê, todo o trabalho que têm desenvolvido em torno do desporto no concelho. A aposta nesta atividade, diz ainda Rosinha, é “uma aposta ganha e vencedora”, pelo que é para continuar no futuro.  

Depois de requalificada, Capela da Ajuda acolhe tradicional eucaristia e procissão

Depois da requalificação total da Capela da Ajuda, finalizada este ano, realizou-se uma eucaristia, naquele espaço religioso, seguida de procissão, ao final da tarde desta segunda-feira, dia 21 de abril, no âmbito das comemorações da Semana Santa e da tradicional romaria junto à ermida.

Com as obras finalizadas, Joaquim Amante, presidente da Junta de Freguesia de Assunção, Ajuda, Salvador e Santo Ildefonso, assegura que este espaço “merece ter mais atividades”, pelo que se procura agora “dinamizar e trazer mais eventos para a capela”. Após três anos de intervenções, foi recuperada, na totalidade, “a cobertura, levando tetos novos. Foi ainda feita a recuperação do interior, de todas as habitações, e, neste âmbito, foram criadas duas salas: uma de reuniões e outra de convívio”, adianta.

Já o presidente da Câmara de Elvas, Rondão Almeida, deixa a sua palavra de agradecimento a Joaquim Amante, que conseguiu proceder “à renovação total desta capela, ao ponto de a população estar assistir à missa, seguida da tradicional procissão”.  

Por outro lado, o padre Ricardo Lameira destaca a importância da romaria da Ajuda nesta época pascal e na história católica. “A romaria da Ajuda vai fazer-nos beber as fontes da arquidiocese, à devoção que foi espalhada nesta região pelos beneditinos, que é a festa de Nossa Senhora da Consolação, dos Prazeres e da Alegria, ou seja, é uma devoção que nasce da fé de que Jesus depois de ressuscitado, a primeira pessoa que apareceu, foi Nossa Senhora”.

Ricardo Lameira garante que esta capela tem “um significado especial”: porque “marca a união entre dois povos”, porque o espaço que a envolve “ajuda sempre a meditar e a refletir” e, por outro lado, “protege da realidade que é o local à noite”. “Por estar requalificada e sendo muito visitada, conseguimos afastar daqui aquilo que queremos que venha para aqui para fugir dos nossos olhos”, explica.  

Quando questionado sobre a eventualidade de serem realizadas outro tipo de cerimónias e atividades, Ricardo Lameira considera “ser possível”, tendo convidado “outros grupos e movimentos a terem aqui as suas atividades”. Para além disso, “estando ao culto, a igreja pode ter aqui outro tipo de cerimónias, como casamentos e batizados”.

Devoção e fé fizeram-se sentir em cada momento e cântico de Verónica na Procissão dos Passos de Vila Boim

Vila Boim celebrou a tradicional Procissão dos Passos em Domingo de Ramos. Já em final de tarde, a devoção e a fé fizeram-se sentir em cada momento e no cântico de Verónica.

Acompanhada ao som da Banda 14 de Janeiro, a procissão retrata o percurso de Cristo até à crucificação, percorrendo os cinco passos da freguesia do concelho de Elvas.

Sendo “o início da semana santa, onde é feita memória dos acontecimentos fundamentais da história da salvação da humanidade da paixão do senhor”, o padre Marcelino Caldeira sublinha que já é tradição “há mais de 200 anos, Vila Boim fazer a Procissão dos Passos em Domingo de Ramos”.

O padre Marcelino Caldeira destaca “o detalhe delicioso” de Verónica cantar em cada estação o cântico ‘O Vos Omnes’ , que simboliza “uma chamada de atenção aqueles que cruzam os caminhos da vida sem terem Deus presente na sua vida”.

Já José Lérias Trindade, responsável pela Irmandade do Senhor dos Passos em Vila Boim, caracteriza esta procissão como “muito grande e secular” onde se sente “realmente uma devoção muito grande da população de Vila Boim” sendo este um dia que “junta as pessoas que estão fora e regressam para virem viver intensamente este Domingo de Ramos e com a Procissão dos Passos”.

Este momento marcante da vida cristã “tem muito simbolismo” está “no coração das pessoas de Vila Boim (…) é um sentimento que ‘agarra-se entranha-se’ e portanto as pessoas sentem isto do fundo do coração com muita fé”, assegura José Lérias Trindade.

Exposição “Diante do Tempo” e a performance “Osso Exótico” trouxeram a arte a Elvas nas mais diversas formas

Uma performance intitulada de “Osso Exótico”, na Cisterna de Elvas, e a inauguração da exposição “Diante do Tempo”, no Museu de Arte Contemporânea (MACE), trouxeram na tarde deste sábado, dia 12 de abril, mais uma vez, a arte à cidade nas suas mais diversas formas, estilos e cores.  

O colecionador, António Cachola, começa por explicar que estes dois momentos “estão inseridos num projeto, em Elvas, resultado da parceria com a instituição Appleton”. Neste sentido a instituição “decidiu, paralelamente, ao projeto expositivo que está no MACE, apresentar também uma performance com artistas que normalmente a Appleton trabalha”, acrescenta.

Relativamente à performance “Osso Exótico”, António Cachola refere que “esta é uma continuidade de exibições que já foram apresentadas na cidade”, como por exemplo, o projeto dos 15 anos do MACE, da autoria de Susana Mendes Silva, “que apresentou uma performance na Cisterna”.

Neste dia que o MACE e a Appleton se juntam, o colecionador assegura que “não podia deixar de ser apresentada uma das base da arte contemporânea, as performances”

Já a exposição “Diante do Tempo”, são projetos que “já aconteceram na instituição e que foram selecionados pela Appleton para estarem patentes no MACE”, obras que António Cachola caracteriza como “muito interessantes”.  

Nas salas onde a mostra está exposta, os interessados podem ver as informações sobre as peças apresentadas através de um QRcode disponível no espaço.  

Performance intitulada de “Osso Exótico”, na Cisterna de Elvas, e a inauguração da exposição “Diante do Tempo”, no MACE (que vai estar patente até dia 6 de julho) trouxeram na tarde deste sábado a Elvas sentimentos relacionados com tempo, memória e afeto.

  

Portalegre Jazzfest a decorrer em quatro espaços emblemáticos da cidade até domingo

O Portalegre Jazzfest está a decorrer até domingo, dia 13 de abril, em vários espaços emblemáticos da cidade. Já na sua 20ª edição, o festival conta com uma programação diversificada, descentralizada e repleta de nomes conceituados do panorama nacional, europeu e mundial do jazz contemporâneo. A abertura do evento teve lugar, ao final da tarde desta quarta-feira, dia 9 de abril, no Auditório do Museu da Tapeçaria de Portalegre-Guy Fino.

O diretor do Centro de Artes do Espetáculo de Portalegre (CAEP), Joaquim Ribeiro, garante que o festival “já está bem afirmado no programa de eventos culturais que o Município de Portalegre oferece anualmente”. “Nesta edição preparámos um programa um bocado diferente. Já é um festival muito antigo e a antiguidade, persistência e a programação dão alguma credibilidade e valor” acrescenta.

Este evento “ajuda a promover o jazz nacional e internacional”, num ambiente “mais clássico e mais alternativo, incluindo várias franjas e vários estilos de jazz”, diz ainda Joaquim Ribeiro.  

Como forma de assinalar a sua 20ª edição, o evento vai ser dividido por quatro espaços: o Museu da Tapeçaria de Portalegre, a Igreja do Convento de São Bernardo, o CAEP e os Claustros do Convento de Santa Clara.

O espetáculo de abertura esteve a cargo do contrabaixista Carlos Barreto, que apresentou o seu álbum “Lonely Dog”. Neste sentido, o artista assegura que “é uma honra ser o primeiro músico a subir ao palco do Portalegre Jazzfest”. “Para mim é sempre uma oportunidade grande”, conclui.

Programação:

Depois do espetáculo que decorre na noite desta quarta-feira, o concerto inicial desta quinta-feira, dia 10, no Museu da Tapeçaria de Portalegre – Guy Fino, voltará a contar com toda a presença de Carlos Bica, desta vez a solo, também nesta noite, mas no Grande Auditório do CAEP, o palco será do pianista espanhol Dorantes, com o seu álbum “Identidad”, que espelha a sua linguagem natural, o flamenco e a sua intensidade pela música contemporânea.

Uma das novidades ainda deste dia, será a partir das 23h15, nos Claustros do Convento de Santa Clara, o concerto do projeto dinamarquês Emmeluth’s Amoeba Quartet, numa mistura entre free jazz e música de câmara, que conta com entrada gratuita.

Dia 11, sexta-feira, no Museu da Tapeçaria de Portalegre – Guy Fino, atuará o contrabaixista esloveno Gasper Livk, e à noite, no Grande Auditório do CAEP, o grande destaque do dia 11 no JazzFest será o concerto do guitarrista Bruno Pernadas e do saxofonista José Soares. Para terminar mais uma noite do Festival de Jazz de Portalegre, nos Claustros do Convento de Santa Clara, atuará o trio da saxofonista dinamarquesa Mia Dyberg.

Já no dia 12 de abril, sábado, o JazzFest começará de novo no Museu da Tapeçaria de Portalegre – Guy Fino, com o concerto do conceituado contrabaixista americano, Michael Formanek. No Grande Auditório do CAEP, decorrerá um dos concertos mais aguardados do Festival, com o duo americano de Chris Porter, no saxofone alto e de Craig Taborn, no piano, numa mistura entre originais e standards, com uma mistura de música eletrónica e acústica.

O fim da noite do sábado, dia 12, será de novo nos Claustros do Convento de Santa Clara, com a francesa Eva Risser no piano vertical preparado e a revisitação da composição “Aprés un Rêve”, de Gabriel Fauré.

Para encerrar a 20ª edição do Portalegre Jazzfest, a noite de domingo no Grande Auditório do CAEP será exclusivamente do quarteto da estrela britânica em ascensão, Emma Smith, uma artista feminina de jazz “self made”.

Tal como o ano passado, em parceria com a aKadémia Jazz, haverá duas jam sessions abertas ao público, nos dias 12 e 13, no espaço “Improvisos” do Business Center de Portalegre.

Dentro do programa do 20º Portalegre Jazzfest ainda haverá espaço para as tradicionais provas de vinhos e de produtos regionais, assim como a Feira do Disco e do Livro, em colaboração com a editora Clean Feed.

Os bilhetes para este festival poderão ser adquiridos no CAEP, com reservas disponíveis através do número 245307498. Os preços variam entre os 10€, para o bilhete diário dos concertos no Grande Auditório e os 25€ do Passe, que permite a entrada nos quatro concertos do CAEP.

Batalha dos Atoleiros ganha terreiro interpretativo após 641 anos do conflito em Fronteira

Fronteira comemorou, na manhã deste domingo, 6 de abril, o seu feriado municipal, tendo as celebrações ficado marcadas pela inauguração do Terreiro Interpretativo da Batalha dos Atoleiros, pela Fundação Batalha de Aljubarrota, no local onde o conflito se travou há 641 anos.  

Ainda antes desta inauguração, forças militares e demais entidades prestaram a sua homenagem aos combatentes que morreram em combate, com a habitual deposição de flores, junto ao padrão da batalha. Após uma visita ao novo espaço interpretativo, teve lugar, na Avenida Heróis dos Atoleiros, a tradicional parada das forças militares e civis, presidida pelo tenente-general João Luís Morgado Silveira, comandante da Logística do Exército.

Lembrando que a batalha liderada por Nuno Álvares Pereira foi “um marco na história” do país, o presidente da Câmara Municipal de Fronteira, António Velez Gomes, assegura que este é um dia “importantíssimo” para a vila e para o concelho. “É o nosso feriado municipal. Celebramos hoje os 641 anos da Batalha dos Atoleiros e recordamos os que tombaram em combate, e os que fizeram tombar, porque temos um marco na nossa história: foi esta batalha que tornou a nossa nação independente”, diz ainda o autarca.  

Dando conta que o novoespaço interpretativo da Batalha dos Atoleiros permitirá a todos que possam perceber como o conflito se travou, o presidente da Fundação Batalha de Aljubarrota, António Ramalho, lembra que como o exército de Nuno Álvares Pereira conseguiu inverter “a tendência das derrotas portuguesas, do tempo fernandino”. “Tínhamos (há 641 anos) um general que ainda não era condestável, um rei que ainda não tinha sido eleito rei e um exército, que vivendo da convicção e do improviso, conseguiu inverter e criar uma batalha que devia orgulhar todos os fronteirenses, todos os alentejanos e todos os portugueses”, acrescenta.  

“Assegurar que ao Centro de Interpretação da Batalha dos Atoleiros, que já existe em Fronteira, se junta agora o território onde se realizou a batalha – o terreiro –, que também tem um centro interpretativo, que vai permitir a todos ver como é que a batalha se verificou, como é que ela aconteceu e, depois, poder também presenciar no Centro de Interpretação tudo isto e trazer muita gente a Fronteira, para ver este elemento que é fundamental na identidade portuguesa”, remata.

O novo terreiro interpretativo da Batalha dos Atoleiros conta com três estruturas, onde é detalhada a informação mais importante do conflito: o enquadramento político, a aproximação ao campo de batalha, o primeiro e subsequentes ataques castelhanos, a retirada castelhana e as consequências da batalha.

Romagem ao Padrão da Batalha de Atoleiros:

Desfile das forças militares e civis:

Kids dão pontapé de saída na edição mais participada de sempre do EuroBEC Granfondo

Campo Maior começou a celebrar, na tarde deste sábado, 5 de abril, a terceira edição do EuroBEC Granfondo, como já vem sendo tradição, com uma atividade destinada a crianças dos cinco aos 12 anos.

A pedalar na Avenida da Liberdade, junto ao Jardim Municipal da vila, os mais novos deram o seu melhor, ainda que a iniciativa não tivesse qualquer carácter competitivo, com todos eles, no final, a subirem ao pódio e a receberem as suas medalhas de participação. A animação musical, ainda antes do início da atividade, esteve a cargo do projeção de formação de música do Município de Campo Maior.

“É de pequenino que se torce o pepino”, diz Manuel Zeferino, diretor da BikeServices, entidade responsável pela organização da prova, que assegura que este EuroBEC Granfondo Kids não é mais que uma forma de incentivar os mais novos a praticarem desporto. “Temos aqui uma excelente participação, com muitos miúdos de Campo Maior, o que é importante para nós”, acrescenta. Quanto à prova deste domingo, que terá partida e chegada em Campo Maior, o antigo ciclista revela que se “bateram todos os recordes”, com 1.800 atletas inscritos, mais 400 que no ano passado. Na expectativa que a prova possa contar com a “ajuda” do São Pedro, Manuel Zeferino garante que “o bom tempo é essencial para o desenrolar da prova”.

Já o presidente da Câmara de Campo Maior, Luís Rosinha, que espera que o EuroBEC Granfondo possa “correr tão bem” quanto esta atividade destinada aos mais novos, não tem dúvidas de que o sucesso da prova deve-se à “crença” que as autarquias de Campo Maior, Elvas e Badajoz tiveram, quando iniciariam este projeto, há três anos, junto da BikeServices. “Tem sido um crescendo que se tem notado até agora e estes 1.800 atletas, dizia-me o Manuel Zeferino, colocam este como um dos granfondos de grande destaque no país. Acho que é de continuar a apostar, porque só aqueles que não quiserem ver é que não notam aquilo que está a acontecer, neste momento, em Campo Maior”, assegura Rosinha, que se revela “muito contente” por momentos como este, que “a economia local agradece”.

Hermenegildo Rodrigues, vereador na Câmara Municipal de Elvas, por sua vez, garante que, com esta atividade para os mais novos, a par de uma caminhada que, amanhã, dará a conhecer “tudo o que de bonito” há em Campo Maior, a intenção é que toda a gente que venha até à região, por ocasião desta prova, “se sinta envolvida”. “A oferta é abrangente, é diversificada e toda a gente encontra alguma forma de fazer alguma coisa: é esse o primeiro objetivo, envolver as pessoas, cativar, para que, no próximo ano, se os organizadores assim o entenderem, em vez de termos 1.800 ciclistas termos dois mil”, diz ainda.

O pelotão do EuroBEC Granfondo parte, amanhã, da Avenida da Liberdade, em Campo Maior, às 9 horas. A prova conta com três distâncias: o minifondo de 69 quilómetros, o mediofondo de 102 e o granfondo de 148. Badajoz assume-se como o primeiro destino deste EuroBEC Granfondo, com os ciclistas a rumarem depois a Elvas. Seguem-se Santa Eulália, Arronches, Mosteiros e Degolados, havendo ainda tempo para passagens por Ouguela e Castro, a norte do Caia. A entrega de prémios está marcada para as 14 horas, no Jardim Municipal de Campo Maior.

Comendador Rui Nabeiro homenageado em Campo Maior no dia em que faria 94 anos

O Comendador Rui Nabeiro, se fosse vivo, celebraria hoje, 28 de março, os seus 94 anos e os colaboradores da Delta Cafés e do Grupo Nabeiro não quiseram deixar passar a data em branco.

Numa cerimónia singela, mas carregada de emoção, junto à estátua de Rui Nabeiro, em Campo Maior, foram largados balões brancos, depositas rosas brancas e recordadas algumas das suas frases mais icónicas, como “se todos quiséssemos, o mundo seria extraordinário”. Houve ainda tempo para ouvir, pela voz de um dos funcionários da Delta, uma das músicas de que o comendador mais gostava: “Quero é Viver”, de António Variações.

Visivelmente emocionado, o filho, João Manuel Nabeiro, agradece a todos aqueles que se associaram a este momento de celebração da vida do comendador. “Ficamos com as emoções à flor da pele e tenho de agradecer a esta gente maravilhosa que, esta manhã, se juntou aqui ao pé da estátua que o meu pai inaugurou em vida”, começa por dizer.

“Ele tinha o reconhecimento de toda a gente em vida, mas depois de ter partido, e hoje celebrando o dia do seu nascimento, a dar os seus primeiros passos nesta vila leal e valorosa de Campo Maior, começou a interiorizar toda a comunidade no seu coração”, diz ainda, assegurando que “saudade” foi a palavra que mais ouviu por parte daqueles que o quiseram abraçar.

Garantindo que o seu avô “está vivo” em cada um dos elementos da família, Ivan Nabeiro recorda que este era sempre “um dia de festa”. “É este perdurar da festa que nós queremos continuar. Que seja um dia de celebração da vida de um homem que tanto nos deu e que tanto nos continua a dar”, acrescenta.

Já o presidente da Câmara Municipal de Campo Maior, Luís Rosinha, garante que a saudade de Rui Nabeiro “será sempre eterna”. “Foi uma homenagem muito simples, mas muito sentida, por parte de todos aqueles que continuarem cá, a levar os valores que eles nos deixou”, comenta ainda o autarca, que deixa uma “palavra especial” à família, porque este é sempre “um dia de recordações e memórias”.

Aos colaboradores do Grupo Nabeiro, à família e ao executivo da Câmara Municipal de Campo Maior, nesta homenagem, juntaram-se as crianças do Centro Educativo Alice Nabeiro, bem como muita da população da vila.

Rui Nabeiro nasceu a 28 de março de 1931 e partiu a 19 de março de 2023, em Dia do Pai, quase a completar 92 anos.  

42º Volta ao Alentejo já está na estrada

A 42º edição da Volta ao Alentejo já está na estrada. O pelotão partiu, às 11h30, de Beja, para uma etapa inaugural, que termina em Moura, após 166 quilómetros de percurso.

Ainda antes do arranque, o diretor da corrida, Joaquim Gomes, dizia à nossa reportagem que tem “o enorme orgulho e prazer” de poder organizar, desde 2010, a “Alentejana”, aquela que considera “uma das mais belas provas por etapas do mundo”. “Esta saída hoje de Beja irá, certamente, ser uma prova rodeada de enormes expectativas, que esperamos concretizar já no próximo domingo”, assegura.

Destacando o clima “muito aprazível e adequada a esta prática desportiva”, que se vai fazer sentir até domingo, segundo as previsões meteorológicas, Joaquim Gomes lembra ainda que a Volta ao Alentejo foi uma das primeiras provas em Portugal a adquirir estatuto internacional. “É uma prova com uma enorme notoriedade, que, com o passar dos anos, vai ficando mais vincada. No estrangeiro, toda a gente sabe o que é a Volta ao Alentejo”, acrescenta.

O objetivo, desde sempre, diz ainda o responsável, é que a Volta inclua passagens pelas quatro sub-regiões do Alentejo. Ao todo, até domingo, serão percorridos 816,9 quilómetros, com o pelotão a atravessar mais de 30 municípios alentejanos.

Já o presidente da Câmara Municipal de Beja, Paulo Arsénio, destaca que é a décima vez que esta cidade é “a escolhida” como local de partida da “Alentejana”, sublinhando que este dia “é sempre de muita festa, quer para a cidade de Beja, quer para o ciclismo”, salientando ainda que o tempo ajudou muito para que a partida fosse inesquecível.

O autarca, acrescenta ainda que “foi um simbolismo de extrema importância, a partida desta competição ter sido feita em Beja”, a capital do Baixo Alentejo.

A segunda etapa da Alentejana liga amanhã, quinta-feira, dia 27 de março, Castro Verde a Grândola, num total de 171 quilómetros e meio. Carvalhal, no concelho de Grândola, acolhe a partida da terceira etapa na sexta-feira, que após 180 quilómetros, com passagens em Alcáçovas e Montemor-o-Novo, termina em Arraiolos. Já a quarta etapa, de 147,7 quilómetros, parte no sábado de Monforte e passa por Arronches, Portalegre, Serra de São Mamede e Marvão, com meta instalada em Castelo de Vide. A quinta e última etapa, no domingo, arranca de Estremoz para um percurso de 151,2 quilómetros, passando por Elvas, Borba, Vila Viçosa, Alandroal e Redondo, terminando em Évora.

O Aqueduto da Amoreira, em Elvas, vai ser o local da meta volante desta última etapa da prova rainha do ciclismo na região. A passagem por Elvas acontece por volta das 13 horas e os interessados podem assistir nos locais para o efeito. Esta etapa tem ainda um prémio de Montanha de quarta categoria, em Vila Boim.

O Alentejo em FM, através das suas três rádios – Rádio Campo Maior, Rádio Elvas e Rádio Nova Antena -, vai estar a acompanhar todas as emoções da “Alentejana”.