Câmara de Campo Maior apela ao bom senso da população no uso dos oleões  

Dado que tem sido encontrado, em alguns oleões do concelho, “muito lixo e óleo lubrificante mineral, em vez de óleo alimentar”, a Câmara Municipal de Campo Maior alerta a população para o facto de estes contentes servirem para a colocação, “única e exclusivamente”, do óleo alimentar usado.

A autarquia recorda que, nos oleões, devem ser apenas colocados óleos vegetais de girassol, soja, palma e colza, azeite e óleos de conservas.

Por outro lado, nestes contentores não deve ser depositado óleo lubrificante de motores, “uma vez que é um resíduo perigoso que impede a valorização do óleo alimentar usado”, nem margarina e outros resíduos de alimentos resultantes da fritura, que devem ser deitados no lixo.

A população deve acondicionar em garrafa ou garrafão de plástico, com a ajuda de um funil, após arrefecido, todo o óleo usado nas frituras (batatas e outros alimentos), depois de já não ter qualidade suficiente para voltar a ser usado. Quando estiver cheia, a garrafa ou garrafão deve ser colocado, bem fechado, no oleão mais próximo.

João Grilo: projetos que procuram “viver do endividamento” são um “peso desastroso para o futuro”

Corria o ano de 2016 quando o Município de Alandroal, na altura sob a gestão da CDU, contraía um empréstimo no valor de 16,5 milhões de euros ao Fundo de Apoio Municipal (FAM), para o pagamento de dívidas a fornecedores. A amortização de capital e juros, contudo, teve início apenas em 2018.

A verdade é que, muito recentemente, a autarquia deixou de estar em situação de endividamento excessivo, depois de, como explica o presidente João Grilo, ter conseguido “reduzir a dívida” e “aumentar a receita”. Ainda assim, até 2035, há ainda cerca de 12 milhões a pagar, sendo que o desequilíbrio financeiro, registado ao longo de oito anos, entre 2001 e 2009, tem vindo a “condicionar toda a ação” da Câmara Municipal.

“Atuando do lado da redução de endividamento, que foi de cerca 6,5 milhões de euros no total nestes oito anos, e atuando do lado da receita, porque nós conseguimos captar cerca de 15 milhões de financiamentos, que se traduziram em 20 milhões de investimento, baixámos o nosso rácio de endividamento e estamos hoje em condições de ter, novamente, capacidade de endividamento positivo”, explica João Grilo.

Com isto, a autarquia está agora em condições de deixar o Plano de Ajustamento Municipal (PAM) e, com isso, todas as “medidas restritivas” que condicionam a atividade da Câmara Municipal. “Ficamos apenas com a regularização do empréstimo, como se fosse um empréstimo bancário”, esclarece.

Durante todo este tempo, o Município de Alandroal viu-se impedido de contratar pessoal, para além das áreas ligadas à transferência de competências, de contrair empréstimos ou a proceder à redução dos impostos cobrados. “Depois deste processo, passamos a poder fazer como qualquer outro município esta gestão daquilo que é a nossa capacidade de investir, com recurso a créditos pontuais”, adianta o autarca.

Alcançado mais cedo que aquilo que se previa, o autarca garante que este é “um marco importante”, fruto da “dinâmica” que o município tem “imprimido ao concelho”. “Acho que muita gente pensaria que, com um plano tão limitante, o Município de Alandroal estaria limitado a pagar a dívida e pouco mais. Mas demos o exemplo contrário: que era possível reduzir o endividamento, aumentar o investimento, colocar o concelho numa rota de desenvolvimento e atração de investimento que, por sua vez, potencia receitas futuras”, assegura.

João Grilo considera esta uma boa notícia, não só para a gestão da autarquia, como para os munícipes, dado que “se abrem novas possibilidades a partir de agora”. “Voltamos a trabalhar numa lógica de normalidade, ainda com um peso significativo, uma vez que teremos de continuar a pagar 1,2 milhões de euros por ano de redução de dívida. Era muito importante que não tivéssemos que o fazer, era muito importante que esses 1,2 milhões de euros fossem para investir, em cada ano, no concelho, mas o mais importante, penso eu, é que o concelho nunca mais deixe de trilhar este caminho do rigor das contas, do rigor da execução, de não execução de dívida”.

Atualmente, o Município de Alandroal trabalha apenas com “aquilo que tem”, não criando dívidas para o futuro. “Pagamos a fornecedores a dois dias, não temos dívidas a fornecedores a nenhum prazo. Temos reduzido o endividamento sempre de uma forma contínua. Passamos por uma pandemia e por uma crise financeira de inflação, sem que os munícipes o sentissem. Antes pelo contrário, fomos dos municípios que mais apoiámos o concelho e as empresas na pandemia”, recorda.

O autarca, que se irá recandidatar para o seu último mandato na Câmara Municipal de Alandroal pelo PS, diz ainda que “projetos que procuram viver do endividamento são, de facto, um peso desastroso para o futuro”.

Elvas: “Noites de Verão” com espetáculos temáticos na Praça da República e concerto teatral nas freguesias rurais

A iniciativa “Noites de Verão”, promovida pela Câmara Municipal de Elvas, está de regresso, em agosto, à Praça da República.

Segundo o vereador Cláudio Monteiro, estão a ser preparadas “noites temáticas”, todas elas “muito diferentes” entre si. Essas noites temáticas irão “simbolizar aquilo que é português, alentejano e elvense”. “Tenho a certeza que são noites em que a Praça da República irá estar cheia”, assegura.

No que toca às freguesias rurais, a autarquia apresenta, desta vez, o concerto teatral “Conta-me”, onde serão interpretados alguns dos “melhores temas dos anos 80 e 90”, entre os dias 25 de julho e 9 de agosto. “É um espetáculo completamente diferente, em que o nome do espetáculo está relacionado com o nome de cada freguesia. Vamos ter uma espécie musical, com uma atriz e uma banda ao vivo”, adianta Cláudio Monteiro.

A personagem deste espetáculo, que será interpretado por Raquel Guerra, “volta à sua aldeia, à sua vila, onde vai revelar as suas conversas com os avós e os pais, o seu primeiro beijo, as festas de verão”.  A promessa é de um espetáculo que, adaptado a cada freguesia, levará o público “a rir, a emocionar-se e a cantar” temas conhecidos de todos.

A programação das Noites de Verão nas freguesias arranca a 25 de julho em São Vicente e Ventosa. Seguem-se Santa Eulália, no dia 26, Terrugem, no dia 27, Barbacena, a 1 de agosto, Vila Fernando, no dia 2, Varche, no dia 3, Calçadinha, a 8 de agosto, e, por fim, Vila Boim, no dia 9. Todos estes espetáculos têm início às 21h30.

Nadadores-salvadores asseguram um verão “divertido” e em segurança nas piscinas de Campo Maior

Por esta altura do verão sabe bem um mergulho nas águas frescas de qualquer piscina, mas todos os cuidados são poucos. Nas Piscinas Municipais de Campo Maior, à semelhança de todas as outras, é aos nadadores-salvadores a quem cabe a responsabilidade por olhar pelos frequentadores daquele equipamento de lazer.

Lembrando a importância do uso de protetor solar e da ingestão de muita água, em dias de maior calor, David Sardinha, um dos nadadores-salvadores de serviço, começa por lembrar que, nas piscinas da vila, é obrigatório o uso de touca.

Ainda que sem registo de incidentes de maior até ao momento, David chama a atenção para os habituais mergulhos, que por vezes podem ser arriscados. “Às vezes, o pessoal ainda aqui a correr, e tenta fazer mergulhos, mas podem bater com a cabeça ou algo do género”, alerta, por mais que diga que os frequentadores das piscinas de Campo Maior estão já “educados para essas situações e já sabem os riscos que correm”.

Sobretudo durante a semana, a responsabilidade acaba por ser maior para David e para os restantes nadadores-salvadores, ou não fossem as piscinas frequentadas, quase que em exclusivo, pelas crianças dos diferentes ATLs da vila. “Mas estamos aqui para que corra tudo bem e que seja um verão divertido”, remata David Sardinha.

As Piscinas Municipais de Campo Maior, que abriram ao público no passado dia 14 de junho, funcionam todos os dias, até 7 de setembro, de terça-feira a domingo, entre as 9h30 e as 19h30, e às segundas-feiras apenas a partir das 15 horas.

Explorações agrícolas afetadas pelo tornado de Campo Maior vão contar com apoio do Governo

As explorações agrícolas afetadas pelo tornado de Campo Maior, assim como as das regiões que sofreram as consequências da passagem das depressões Garoé e Martinho, vão contar com o apoio do Governo, que vai disponibilizar seis milhões de euros, com vista a apoiar a sua recuperação.

Reconhecendo oficialmente as duas depressões e o tornado de Campo Maior como “fenómenos climatéricos adversos equiparáveis a catástrofe natural”, o despacho do ministro da Agricultura e do Mar, publicado esta segunda-feira, dia 14 de julho, em Diário da República, tem em vista conceder apoio para a “reposição das condições de produção das explorações agrícolas afetadas” e “criar condições para regressarem à sua atividade normal”.

As explorações agrícolas elegíveis para este apoio são aquelas “cujo dano sofrido seja superior a 30% do potencial produtivo e cujo investimento associado represente um montante máximo e mínimo de, respetivamente, 400 mil e cinco mil euros”.

O apoio será concedido na forma de “não reembolsável”, sendo que as candidaturas poderão ser apresentadas até 1 de setembro. O apoio será de 100% da despesa elegível até 10 mil euros; 80% da despesa elegível superior a 10 mil euros, no caso de beneficiários detentores de seguros no âmbito do Sistema de Seguros Agrícolas; e 50% da despesa elegível superior a 10 mil euros, no caso de beneficiários não abrangidos pelo sistema.

De recordar que o concelho de Campo Maior, foi afetado, a 2 de maio, por ventos fortes com velocidade até 220 quilómetros por hora. Na freguesia de Degolados, o tornado deixou um rasto de destruição, ao arrasar árvores, telhados, postes telefónicos e tudo o que encontrou pela frente.

Cultourwine voltou a oferecer “viagem” pela cultura e os vinhos de Estremoz

A quarta edição do Cultourwine presenteou o Museu Berardo Estremoz com uma viagem pela cultura e os vinhos de Estremoz, este ano, no âmbito das atividades da “Cidade do Vinho 2025”.

Todos aqueles que visitaram o museu, durante o passado sábado, 12 de julho, tiveram oportunidade de degustar vinhos de excelência de 12 adegas, bem como dos enchidos de três salsicharias e ainda ouvir boa música pelos “Os Da Boina”.

Este, segundo a Câmara Municipal de Estremoz, “é um evento de elevada relevância para o território nomeadamente pelo facto de Alandroal, Borba, Estremoz, Redondo e Vila Viçosa serem Cidade do Vinho 2025”.

O Município de Estremoz “agradece a todos os intervenientes, pelo sucesso da iniciativa”.

Montemor: União de Freguesias tem vindo a meter os “Idosos em Movimento”

A União de Freguesias Nossa Senhora da Vila, Bispo e Silveiras, tem a decorrer vários projetos com o movimento associativo, em Montemor-o-Novo. Um deles é o projeto “Idosos em Movimento”.

Trata-se de uma iniciativa que surge no âmbito de um protocolo assinado entre a União de Freguesias e o Hospital de São João de Deus. O objetivo é promover sessões de movimento para pessoas idosas.

“São vários os projetos que têm vindo ao longo dos anos a ser desenvolvidos com o nosso movimento associativo também, mas também com parcerias privadas e com pagamentos, com contratação de serviços, por parte da Junta de Freguesia, que nos permite dar uma melhor resposta ao nosso amplo movimento associativo, nomeadamente no âmbito dos ‘Idosos em Movimento’, uma parceria estabelecida com o Hospital de São João de Deus, em que nos assume o fisioterapeuta, nós assumimos as deslocações e o pagamento de uma coparticipação. Os ‘Idosos em Movimento’ é mais no âmbito das associações de reformados. Temos desenvolvido essa questão entre São Geraldo, Cortiço, Maia, Montemor e Silveiras”, revela António Danado, presidente da União de Freguesias da Vila, Bispo e Silveiras.

Além do bem-estar físico e psicológico, a atividade “Idosos em Movimento” pretende combater o isolamento social.

Dois detidos em flagrante em Campo Maior por burla através da aplicação MB Way

Dois homens de 31 e 41 anos foram detidos pela GNR, na passada quarta-feira, 9 de julho, por burla através da plataforma MB Way, no concelho de Campo Maior.

No âmbito de uma ação de patrulhamento, os militares da GNR detetaram dois indivíduos nas proximidades de uma caixa automática da rede Multibanco, os quais demonstravam um comportamento suspeito. No seguimento da ação foi realizada uma abordagem aos mesmos, no decorrer da qual foi possível apurar-se que os suspeitos tinham acabado de cometer uma burla, com recurso à aplicação MBWay, motivo que levou à sua detenção em flagrante.

Na sequência da detenção, a GNR apreendeu 220 euros em numerário e dois telemóveis.

Os detidos foram constituídos arguidos e os factos comunicados ao Tribunal Judicial de Elvas.

Ambiente em FM: Discussão pública do reordenamento e gestão da paisagem da Serra de São Mamede e Terras de Nisa

No início do mês de julho decorreu uma discussão pública do Programa de Reordenamento e Gestão da Paisagem (PRGP) da Serra de São Mamede e Terras de Nisa, numa sessão organizada pela Comissão Intermunicipal do Alto Alentejo (CIMAA) para apresentar este programa que visa reorganizar a paisagem da Serra de São Mamede e arredores. O objetivo principal é tornar esta paisagem mais resiliente aos fogos rurais e promover atividades económicas sustentáveis, que respeitem o ambiente e valorizem a biodiversidade, tendo sido este programa elaborado pela Direção Geral do Território em conjunto com as autarquias e a comunidade local.

O programa aposta em várias dimensões como: reduzir o risco e os impactos dos incêndios rurais através de medidas de ordenamento; dinamizar atividades ligadas aos recursos naturais – como agro silvicultura sustentável e turismo de natureza, tal como fortalecer a biodiversidade, integrando práticas como mosaicos de habitats e corredores ecológicos.

De sublinhar que Parque Natural da Serra de São Mamede já protege cerca de 56 000 hectares e tem uma enorme biodiversidade, incluindo carvalhais, sobreiros, aves de rapina e mamíferos emblemáticos como a lontra e o abutre preto. O PRGP complementa este enquadramento, tem uma parte da área comum, reforçando a gestão da paisagem com uma visão integrada de prevenção e desenvolvimento sustentável.

Tudo para saber sobre o assunto na edição desta semana do programa “Ambiente em FM”, com José Janela, da Quercus. Para ouvir no podcast abaixo:

Homicídio por negligência inconsciente: ex-motorista de Cabrita condenado a 14 meses de prisão com pena suspensa

O ex-motorista do antigo ministro da Administração Interna Eduardo Cabrita foi esta segunda-feira, 14 de julho, condenado pelo Tribunal de Évora a 14 meses de prisão com pena suspensa pelo atropelamento de um trabalhador na A6, entre Estremoz e Évora. Marco Pontes fica também proibido de conduzir durante nove meses.

Condenado por homicídio por negligência inconsciente, Marco Pontes acabou por ser absolvido do crime de homicídio por negligência grosseira, de que estava acusado.

O tribunal, que considera que ambos os intervenientes contribuíram para acidente fatal, distribui as culpas pelo ex-motorista e pelo trabalhador: se o arguido conduzia em excesso de velocidade, não conseguido imobilizar a viatura atempadamente, o trabalhador, Nuno Santos, não devia estar na faixa da esquerda da autoestrada. A sinalização dos trabalhos também foi considerada deficiente.

Por danos patrimoniais, a mulher de Nuno Santos irá receber uma indemnização de 35 mil euros, enquanto cada uma das filhas tem direito a 40 mil euros.

De recordar que o caso remonta da 18 de junho de 2021, quando Marco Pontes, que conduzia a viatura oficial em que seguia Eduardo Cabrita, atropelou mortalmente Nuno Santos, de 43 anos. O trágico acidente deu-se ao quilómetro 77,6 da A6, no sentido Estremoz-Évora.