“Terras Sem Sombra” com nova passagem pelo concelho de Arronches

O festival ‘Terras Sem Sombra’ voltou, na sua 21ª temporada, a passar por Arronches, numa iniciativa promovida pela associação ‘Pedra Angular’ em parceria com o Município e cujo objetivo maior passa por promover e valorizar o património ambiental, cultural e científico do Alentejo.

Apesar de inicialmente estar prevista a realização de três atividades repartidas pelos dois dias do passado fim de semana, fruto do ato eleitoral deste domingo, apenas houve a possibilidade de levar a efeito os dois momentos programados para sábado, dia 17 de maio.

Na tarde dessa data, aqueles que quiseram participar nesta iniciativa reuniram-se junto ao Centro Interativo da Ruralidade de Arronches, onde foram recebidos pelo presidente do Município, João Crespo e pelo diretor-geral da associação coorganizadora, José António Falcão. Após alguns dos elementos fazerem uma breve visita ao referido núcleo museológico, o grupo rumou até às Pinturas Rupestres da Lapa dos Gaivões para uma visita interpretativa àquele local, classificado como Monumento Nacional.

Ao lado do autarca e do dirigente da associação, bem como do técnico de Património Cultural do Município, Tiago Pereira, Dinis Cortes, consultor da ‘Pedra Angular’, começou por tecer umas breves considerações sobre a arte rupestre, passando de imediato a palavra a Manuel Calado, arqueólogo com uma vastíssima experiência, que deu aos presentes uma autêntica aula introdutiva para aquilo que iriam contemplar de seguida, com as pinturas que ali permanecem desde 3.000 a.C. a encantar tudo e todos.

Para a noite e noutro Monumento Nacional do concelho, no caso a Igreja Matriz de Nossa Senhora da Assunção, ficou guardado mais um momento cultural memorável, com a atuação da Schola Cantorvm Colegiada de Cedofeita, cuja direção musical está a cargo de Nuno Miguel de Almeida. Com um tributo mariano denominado ‘Sob o Teu Manto: Aspectos da Vida de Nossa Senhora na Música (Séculos XI-XXI)’, a brilhante atuação deste grupo comoveu o muito bem composto auditório do templo.

Ao longo do dia, as intervenções dos representantes das instituições responsáveis por proporcionar estas atividades à população arronchense, foram no sentido de agradecer mutuamente a parceira, com o presidente do Município, João Crespo a manifestar a disponibilidade da autarquia em continuar a colaborar com a associação nestas ações de promoção do território.

Sede da Tertúlia da Associação Grupo de Forcados Amadores de Monforte já foi inaugurada

A nova sede da Tertúlia da Associação Grupo de Forcados Amadores de Monforte, instalada num espaço cedido pela Câmara Municipal, foi inaugurada no passado sábado, 17 de maio.

O espaço foi inaugurado no decorrer do Remember Monforfeira, evento organizado pela Associação Tauromáquica do Concelho de Monforte e pela Associação Grupo de Forcados Amadores de Monforte, com o apoio do Município de Monforte.

A cerimónia, presidida pelo presidente do Município, Gonçalo Lagem, e pelo presidente da direção e atual cabo do Grupo de Forcados, João Maria Falcão, decorreu na presença da madrinha do Grupo, Antónia Ramalho, do vice-presidente do Município, Fernando Saião, do vereador Emídio Mata, dos presidentes das Juntas de Freguesia de Monforte e de Santo Aleixo, Pedro Bagorro e António Raposo, respetivamente, forcados e ex-forcados, seus familiares e amigos e de dezenas de populares que, após o descerrar da placa alusiva ao ato, assistiram à assinatura do protocolo de colaboração pelo qual se formalizaram os termos para a cedência das instalações.

“A realização e organização do evento Remember MonforFeira, iniciativa apoiada pelo município, representa um esforço conjunto para manter viva a identidade cultural de Monforte. A inauguração da Tertúlia do Grupo de Forcados Amadores de Monforte é um marco significativo para a comunidade tauromáquica local, num ano em que o grupo celebra 25 anos de existência. É importante realçar a excelente fase que o grupo está a viver, fruto do empenho, dedicação e espírito de união dos seus elementos, reforçando, assim, o prestígio e o reconhecimento que os forcados de Monforte têm conquistado ao longo dos anos”, disse o presidente da Câmara de Monforte, Gonçalo Lagem.

Detido em flagrante em Campo Maior por burla através da aplicação MBWay

Um homem de 33 anos foi ontem, 19 de maio, detido pela GNR, no concelho de Campo Maior, por burla através da plataforma MBWay.

No âmbito de uma ação de patrulhamento, os militares da Guarda “detetaram um indivíduo nas proximidades de uma máquina multibanco, o qual demonstrou um comportamento suspeito. Na sequência da ação e da abordagem ao mesmo, foi possível apurar-se que o suspeito tinha acabado de cometer uma burla, através da aplicação MBWay, motivo pelo qual foi de imediato detido”, revela o Comando Territorial de Portalegre da GNR em comunicado.

Na sequência da detenção, a GNR apreendeu 400 euros em numerário, um telemóvel e um cartão multibanco.

O detido foi constituído arguido e os factos comunicados ao Tribunal Judicial de Elvas.

Dia do Agricultor celebrado em Elvas: “coesão do território também é praticada através da agricultura”

O Dia do Agricultor foi celebrado hoje, 20 de maio, como habitualmente, no Polo de Inovação do Instituto Nacional de Investigação Agrária (INIAV) de Elvas. O programa deste dia de celebração iniciou-se, logo pela manhã, com a realização de diferentes ateliês, dedicados a temas como a produção de pastagens e a multiplicação de sementes, na Herdade da Comenda.

De acordo com Benvindo Maçãs, diretor da Unidade Estratégica de Investigação e Serviços de Biotecnologia e Recursos Genéticos do INIAV, as atividades, dedicadas ao trabalho desenvolvido naquela estação experimental, contaram, desta feita, com uma adesão “brutal”.  “Tivemos centenas de agricultores, centenas de pessoas a assistir e a ver in loco aquilo que se faz naquela estação experimental, com muitas multiplicações de semente, com toda a integração do sistema de agricultura, com todas as componentes dos sistemas de agricultura nacionais. Foi extraordinário”, assegura o responsável.

Com uma projeção internacional “muito grande”, Benvindo Maçãs explica ainda que a Herdade da Comenda tem vindo a ser “fundamental” para o progresso do setor. “Acabámos de ser reconhecidos como membros de uma grande rede europeia, de estações experimentais, porque temos condições para ser um ponto importante de investigação aplicada, para fornecer conhecimentos e produtos para a agricvultura nacional, que é um setor económico importantíssimo para a nossa região”, remata.

Após uma mesa redonda, já no auditório da antiga Estação de Melhoramento de Plantas, sobreo tema “Da Diversidade Genética à Segurança do Consumidor”, a sessão de encerramento esteve a cargo do presidente do INIAV, Nuno Canada, em videoconferência, e do vice-presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Alentejo, Roberto Grilo.

Assegurando que “a coesão do território também é praticada através da agricultura”, Roberto Grilo diz que celebração deste dia do agricultor “é mais que justa”. “Aqui, nesta estação de melhoramentos, não estamos a celebrar passado. Ela em um historial enorme, um reconhecimento nacional e internacional, que precisa de ser amplificado, porque aquilo que se faz aqui dentro projeta-se lá fora, quer na qualidade, quer na quantidade”, garante.   

Destacando o “elevado mérito” do trabalho desenvolvido neste Polo do INIAV, Roberto Grilo lembra que a partir de Elvas se “melhora aquilo que se pratica depois nos campos e na agricultura portuguesa”. Nesse sentido, o responsável diz que este trabalho “merece todo o apoio institucional”, porque se reflete depois “na vida prática de cada cidadão, de cada português”.

Este Dia do Agricultor, celebrado em Elvas, foi uma oportunidade para o setor debater a importância do papel do melhoramento genético e do processo de criação de conhecimento e a transferência de resultados para o avanço da agricultura nacional. 

Restauro dos ecossistemas aquáticos em debate no IV Simpósio Fluviário de Mora

O IV Simpósio Fluviário de Mora, marcado para o próximo sábado, dia 24 de maio, vai ter como tema central de debate o restauro dos ecossistemas aquáticos.

A iniciativa, de acordo com a presidente da Câmara de Mora, Paula Chuço, é, na prática, mais “uma forma de dinamizar o Fluviário e de mostrar também tudo aquilo que se faz ligado à biologia e a toda a atividade” daquele espaço.

“Geralmente, são doutores e professores que vêm, durante o dia inteiro, falar sobre biologia, sobre os peixes, sobre todo o processo da nascente até à foz. É bastante interessante, aprendemos imenso e qualquer pessoa se pode inscrever”, adianta a autarca.

“Convido quem quiser aprender um bocadinho mais, quem tiver interesse na área da biologia, na área dos rios, dos peixes, que venham assistir ao nosso Simpósio durante todo o dia, que seguramente vão gostar”, remata Paula Chuço.

Neste dia será entregue o Prémio Fluviário 2024 – Jovem Cientista do Ano, com a apresentação do trabalho realizado pelo autor premiado, seguida de visita livre ao fluviário.

Amantes de motos, amigos elvenses viveram maior aventura das suas vidas durante viagem sem planos e destino traçado

De tendas e malas às costas, e ao volante das suas motos, três amigos elvenses – Ari Miguel Branca, Micael Monteiro e Germano Grave – viveram, muito recentemente, uma das maiores aventuras das suas vidas.

Procurando fazer uma pausa de uma semana na correria do dia a dia, os três saíram de Elvas, num domingo à noite, para percorrer cerca de dois mil quilómetros, entre Portugal e Espanha, e para desfrutar de tudo aquilo que a natureza lhes tinha para oferecer. Tendo enfrentado, desde logo, o apagão que deixou a Península Ibérica às escuras, estes amigos saíram à aventura, sem qualquer plano ou destino traçado. 

Ao longo de sete dias, estes amigos acabaram por viver de tudo um pouco, com muitos momentos caricatos e insólitos. Entre as dificuldades em encontrar gasolina para as motos no dia do apagão e as avarias das viaturas – tendo mesmo acabado dentro de uma oficina no papel de mecânicos -, chegaram a encontrar, no meio da estrada, um vencedor do Euromilhões e até quem lhes tenha aberto as portas do seu estabelecimento, em plena Serra da Estrela, para pernoitarem.

Já em Espanha, onde acabaram por apanhar a primeira grande chuvada enquanto conduziam, e depois de uma passagem pelas termas de Loios, acamparam junto a umas outras, que se encontravam submersas.

“Saber rir da tragédia”, em algumas circunstâncias, no decorrer desta aventura, foi o lema destes três amigos. No Gerês, já no regresso de Espanha a Portugal, e enquanto dormiam junto a uma cascata, acabaram por ser surpreendidos por volta das cinco da manhã, com trovões que transformaram, de um momento para o outro, a noite em dia.

A aventura, dia a dia, vivida pelos três, e narrada na primeira pessoa, para ouvir na entrevista que partilhamos em podcast:

Rosinha: com constituição de Agrupamento Europeu de Coesão Territorial, EuroBEC passará ao “patamar seguinte”

O presidente do Município de Campo Maior, Luís Rosinha, assumiu a presidência da Eurocidade Badajoz – Elvas – Campo Maior (EuroBEC), no final do mês passado.

Defendendo que a proximidade existente entre as três localidades tem sido “fundamental” para o trabalho que tem vindo a ser desenvolvido, Luís Rosinha assegura, contudo, que há ainda “muito caminho” a fazer. “É isso a que eu me proponho, também num caminho de sequência, de continuar o trabalho dos meus antecessores, com projetos interessantes que, neste momento, temos no terreno, do ponto de vista de um programa do Interreg, com eficiência energética nos três concelhos”, começa por dizer o autarca.

“Enquanto decisores políticos, nós estamos juntos, porque também queremos o melhor para a nossa localização estratégica”, garante Luís Rosinha, dando conta que, neste momento, já se preparam eventos futuros. “O EuroBEC Granfondo marcou aqui os últimos três anos e foi um evento excecional, mas temos feito aqui também muitas parcerias do ponto de vista cultural e turístico”, acrescenta.

Com a intenção de se alcançar outros patamares, em cima da mesa está a desejada constituição de um Agrupamento Europeu de Coesão Territorial. Embora lembre que este “tem sido um processo doloroso”, o presidente da Câmara de Campo Maior não tem dúvidas que esse projeto será “fundamental para o crescimento económico, cultural e turístico” do território. “Aí sim, a Eurocidade passa para um fator diferenciador, porque poderemos, eventualmente, criar uma estrutura técnica, criar natureza jurídica, teremos aqui outro tipo de trabalho e vamos fazer perceber aos nossos municípios que este é um trabalho que temos de continuar a realizar”, remata.

Luís Rosinha tomou posse, enquanto presidente da Eurocidade, a 29 de abril, sucedendo no cargo ao alcaide de Badajoz, Ignacio Gragera.

Campo Maior apresenta resultados da primeira etapa do Plano Municipal de Ação Climática

O Posto de Turismo da Fonte Nova, em Campo Maior, recebeu ontem, dia 19 de maio, a sessão de apresentação dos resultados da primeira etapa do Plano Municipal de Ação Climática (PMAC), um trabalho de parceria entre o Município de Campo Maior com a empresa Get2C. O momento contou com a participação do presidente do Município, Luís Rosinha.

Este documento será um guia estratégico para a política municipal no âmbito das alterações climáticas, fornecendo uma análise do estado atual do município e traçando um plano de ação sustentável para o futuro.

O PMAC definirá medidas específicas em setores chave como a energia, os transportes, a gestão de resíduos, a indústria e a agricultura, propondo ações concretas e mensuráveis para reduzir as emissões de Gases de Efeito de Estufa e aumentar a resiliência da comunidade face aos impactos climáticos.