Tarifa social e familiar da água em destaque na rubrica da DECO

Cada consumidor português, em média, gasta cerca de 190 litros de água por dia. Segundo a ONU, um consumidor, por dia, consegue corresponder às suas necessidades básicas com apenas 110 litros, o que significa que estamos a gastar muito mais do que é necessário.

Embora o nosso planeta seja composto essencialmente de água, nem toda esta é de facto consumível. Apenas 2% da água disponível no mundo está própria para consumo. Enquanto consumidores, temos de repensar e agir com mais consciência no consumo de água.

Existem gestos simples que podemos adotar no nosso dia a dia para reduzir o consumo de água e por sua vez reduzir o valor a pagar. Não obstante, existem também tarifas que ajudam os consumidores a suportar estes custos, com base na verificação de alguns critérios.

Mas afinal quem pode beneficiar desta tarifa? Basicamente, estas tarifas surgiram com o objetivo de ajudar os consumidores que se encontrem em carência económica, dividindo-se nas seguintes categorias: Tarifa Familiar, que é destinada a agregados familiares com mais de quatro elementos; Tarifa Social, que destina-se a consumidores que beneficiam de alguns destes apoios: complemento solidário para idosos, do rendimento social de inserção, do subsídio social de desemprego, do 1º escalão do abono de família ou da pensão de invalidez.

Para tal, verifique junto da Segurança Social se pode beneficiar desta tarifa e comunique com a sua fornecedora do serviço de água, caso esta situação se justifique. Assim, poderá poupar mais alguns euros na sua fatura.

Tudo para saber sobre o assunto na edição desta semana da rubrica da DECO, com Helena Guerra, do Gabinete de Projetos e Inovação da Associação para a Defesa do Consumidor. Para ouvir no podcast abaixo:

Ajuda volta a ser moradia de elvenses que escolhem o campo para passar a Páscoa

Faça chuva ou faça sol, tradição é tradição. Embora com menos afluência face a anos anteriores, a Ajuda, em Elvas, até domingo, 20 de abril, volta a ser a moradia de alguns, que escolhem o campo para passar esta época da Páscoa.

O famoso Fanan Brás, que é sempre o primeiro a chegar e o último a ir embora, revela que, com amigos e familiares, já passou uns bons momentos na Ajuda. “Montei no sábado e ficámos logo cá a dormir. Já aqui passámos umas noitadas e no domingo já apanhei uma bebedeira”, confessa.

Embora com São Pedro a ser pouco simpático, dada a chuva e o vento, Fanan Brás promete só regressar a casa na segunda-feira. “Pode chover, que eu não fujo daqui. Adoro isto e tenho condições, tenho tudo preparado para o temporal”, garante.

A cumprir esta tradição há 36 anos, Fanan, que chega a juntar entre 15 a 20 familiares e amigos na sua tenda, recorda que, para passar estes dias em grande na Ajuda, precisa de montar uma “casa completa”.

No domingo, o borrego à mesa é uma obrigação. “Não pode faltar. Ficava doente se não tivesse o borrego”, garante Fanan, adiantando que cabe ao filho temperar a carne, no sábado, para ser degustada no domingo.

Já Sandra Gonçalves, que desta vez só passa um dia na Ajuda, recorda que a tradição de rumar ao campo, por esta ocasião, foi-lhe passada pelos seus pais e avós. Lembrando que, à semelhança do que acontece este ano, também em 2024 o estado do tempo não está muito convidativo, garante que “a festa faz-se À mesma”.

“Damos uma voltinha, estamos em convívio, com a família e vimos comer o borrego”, revela ainda Sandra, quando questionada sobre como são passados estes dias no campo.  

Algumas das imagens da Romaria de Nossa Senhora da Ajuda para ver na galeria abaixo:

263 foram detidos pela GNR por conduzirem com álcool acima de 1,2 g/l na operação Páscoa

A Guarda Nacional Republicana (GNR) atualizou esta manhã os dados da Operação “Páscoa 2025”, desde as 00h00 do dia 11 de abril de 2025 e as 23h59 do dia 17 de abril de 2025, com um registo de 263 foram detidos por conduzirem com uma taxa de álcool no sangue igual ou superior a 1,2 g/l e ainda detidas 160 pessoas por conduzirem sem habilitação legal.

Segundo a GNR foram fiscalizados 49 366 condutores neste período, com 9.224 contraordenações rodoviárias detetadas, destacam-se: 392 por falta de seguro de responsabilidade civil obrigatório, 2 452 por excesso de velocidade, 254 por falta ou incorreta utilização do cinto de segurança e/ou sistema de retenção para crianças (SRC), 311 por uso indevido do telemóvel no exercício da condução, e 1 261 por falta de inspeção periódica obrigatória.

Quanto à sinistralidade rodoviária, a GNR registou 1 547 acidentes, dos quais resultaram 2 vítimas mortais, 30 feridos graves e 447 feridos leves.

As duas vítimas mortais verificaram-se num despiste, ocorrido em 12 de abril, pelas 01h01min, na EN 231, na localidade de São João de Lourosa, do distrito de Viseu, no qual foi interveniente um motociclo, tendo resultado uma vítima mortal, do género feminino, com 20 anos de idade;e num outro despiste, no 13 de abril, pelas 10h51min, na Rua do Santuário, na localidade de Paul – Covilhã, do distrito de Castelo Branco, no qual foi interveniente um motociclo, tendo resultado uma vítima mortal, do género masculino, com 46 anos de idade.

Campomaiorenses cumprem tradição de Nossa Senhora da Enxara

Os campomaiorenses, e não só, estão de regresso ao campo, junto ao Santuário de Nossa Senhora da Enxara, para o tradicional convívio de Páscoa, que dura até segunda-feira, dia 21 de abril, feriado municipal de Campo Maior.

Ao longo de toda a semana, vários grupos foram transportando, de suas casas, tendas, cadeiras, mesas e tantos outros utensílios e instrumentos necessários para passar, nas melhores condições possíveis, estes dias ao ar ao livre.

Este foi o caso de Ricardo Rosinha, que está no recinto desde o passado sábado, marcando presença nas festividades “há muitos anos” juntamente com o grupo de amigos. Para passar um bom momento de convívio, segundo Ricardo Rosinha, “não pode faltar comida, bebida e dormida”. “Esta é romaria muito antiga, estamos habituados e gostamos de vir para aqui”, conclui. 

Sendo esta uma tradição realizada há largos anos, Vítor Toméparticipa na romaria desde muito jovem, sendo que agora traz os filhos “para este momento bom que são as festas da Nossa Senhora da Enxara”. Para Vítor Tomé este é um local “com muita história”, esperando “continuar a fazer ainda mais histórias”.

Já Diana Ribeiro, campomaiorense de raiz, mas emigrante no Luxemburgo, vem de propósito, ano após ano, nesta altura de Páscoa, celebrar as festas em honra de Nossa Senhora da Enxara. “Para mim é a festa que mais significado tem, mesmo que não venha no verão, a Enxara para mim é obrigatório. É algo que eu sinto que não tem explicação, gosto de passar aqui os dias sem horários, sem nada a fazer, é um momento de relaxar, aproveitar” adianta.

Este sábado santo, às 21h, vai decorrer um dos momentos mais esperados da romaria, a garraiada noturna.

Já no domingo de Páscoa, começam oficialmente as festividades, com a Missa da Ressureição, às 16h, novamente garraiada, às 18h, e à noite, às 22h, baile com animação a cargo do Duo Musical CR.

Na segunda-feira de Páscoa, dia de feriado municipal, a Missa de Ação de Graças vai ter lugar às 16h, seguida de procissão em honra de Nossa Senhora da Enxara, às 17h, e o sorteio, às 18h.

Candidatura do Baixo Alentejo a “Cidade Europeia do Vinho” apresentada na segunda-feira em Lisboa

A candidatura do Baixo Alentejo a “Cidade Europeia do Vinho 2026” vai ser apresentada, num almoço, na próxima segunda-feira, dia 21 de abril, no restaurante “Falstaff” do Vila Galé Ópera, em Lisboa.

Numa viagem gastronómica pelos sabores do Alentejo, juntam-se ao almoço e à conversa os embaixadores da candidatura: o músico Buba Espinho, a Presidente da Associação Portuguesa de Enoturismo, Maria João Almeida, e o humorista, contador de estórias, escritor e ilustrador Jorge Serafim.

A apresentação da candidatura vai estar a cargo do presidente da Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo, José Manuel Santos, e o presidente da Comunidade Intermunicipal do Baixo Alentejo, António Bota.

Sistema agrícola intensivo no Parque Natural da Serra de São Mamede “está afetar mais de dez hectares” em Marvão

O Núcleo Regional de Portalegre da Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza, foi alertado por cidadãos relativamente à instalação de um sistema agrícola intensivo de regadio, com preparação de terreno, com mobilização de camalhões que alteram o relevo natural do local.

Segundo a Quercus “Uma área com mais de dez hectares no interior do concelho de Marvão está a ser afetada. Isto não devia estar a acontecer no Parque Natural da Serra de São Mamede, Zona Especial de Conservação de São Mamede da rede Natura 2000. O local está fora do limite de rega da Apartadura”.

A Quercus deu nota do sucedido ao Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas, ao Serviço de Proteção da Natureza da Guarda Nacional Republicana, à Câmara Municipal de Marvão e à Agência Portuguesa do Ambiente, aguardando que “a situação seja resolvida”.

Face à situação existente, a Quercus considera que “devem ser tomadas todas as medidas necessárias para terminar com a situação verificada”.

Rio de Moinhos recebe mais uma edição da Feira do Queijo este fim de semana

A Feira do Queijo está de regresso a Rio de Moinhos, no concelho de Borba, para mais uma edição, a ter lugar entre esta sexta-feira e domingo, de 18 a 20 de abril. Com o objetivo de promover a cultura do queijo, o certame contará com produtos regionais de excelência, muita animação musical e uma diversidade de atividades para todos os gostos e idade.

Tal como manda a tradição, e a pedido dos diversos queijeiros, esta feira continua a decorrer no fim de semana da Páscoa. Para além de todo o destaque que é dado ao queijo, este evento contará com diversas atuações musicais a decorrerem nos três dias do evento: Cantadores , no dia 18, Micaela, no dia 19, com o encerramento, no dia 20, a ficar cargo de ficará a cargo de Mário Moita e dos Seistetos, com um Arraial Académico.

Para além destes momentos musicais, a vereadora na Câmara Municipal de Borba, Sofia Dias, sublinha ainda que “haverá dois momentos de Cante, com a atuação de três grupos”, na tarde de sexta-feira. “Depois, no sábado, iremos recuperar o ritual típico borbense, na freguesia de Rio de Moinhos, “Fazer as 11”, com os grupos “Ferrenhas d’Ossa” e os “Garridos”, que pertencem ao nosso concelho”, acrescenta.

Para além das tradicionais queijarias que já são presença assídua neste evento, a grande novidade deste ano é a participação de outras duas de fora do concelho, sendo uma de Serpa e outra de Tábua, “enriquecendo assim a festa e a dinâmica da mesma”.

Sendo Borba um dos concelhos que integra a “Cidade do Vinho 2025”, juntamente com Alandroal, Estremoz, Redondo e Vila Viçosa, também existirá um stand, onde serão promovidas provas de vinho com os diversos produtores e adegas da região.

Haverá ainda uma diversidade de atividades como animação de rua, dança jovem, animação com DJs, provas e degustação de produtos regionais, artesanato e muitas outras atrações. “Razões não faltam para ter uma Páscoa diferente e fazer uma visita à Feira do Queijo de Rio de Moinhos”, remata Sofia Dias.

Plataforma de Participação dos Cidadãos permite o diálogo e debate entre os cidadãos da UE

A Plataforma de Participação dos Cidadãos é um espaço específico para participar e debater políticas da União Europeia (UE) que afetam todos.

Os comentários constituem uma parte essencial do processo de elaboração de políticas, por isso, os participantes, graças à tradução em tempo real, podem participar em qualquer uma das 24 línguas oficiais da UE e dialogar com os seus concidadãos.

Podem ser comentados e debatidos assuntos da atualidade, como: diálogo sobre a política de juventude, equidade intergeracional e o novo orçamento europeu.   

Tudo para saber sobre o assunto na edição desta semana do programa “Espaço Europa”, com Ana Pereira, do Europe Direct Alto Alentejo. Para ouvir no podcast abaixo:

Música dos elvenses Tranquiliza na banda sonora da novela “A Protegida”

    A ser gravada em Elvas, a novela “A Protegida” da TVI, para além de ter várias paisagens e monumentos da cidade como pano de fundo, conta agora com um outro ingrediente elvense, é que o tema “Quando a Saudade Bate”, da banda Tranquiliza, passou a integrar a banda sonora da produção de ficção da estação de Queluz de Baixo.

    Esta canção, dada a conhecer recentemente ao público, e que conta com a participação especial de Madalena Lisboa, revela Vlad, o teclista da banda, chegou até à novela com a ajuda do vereador Cláudio Monteiro e da Câmara Municipal de Elvas. “Conseguimos contactar as pessoas que estão a gravar ‘A Protegida’ aqui em Elvas e elas ficaram muito interessadas em publicar a nossa música na sua novela”, adianta.

    “Ficámos muito felizes. Como o Márcio está em Lisboa e nós estamos na Terrugem e em Vila Boim, começámos a ligar logo uns aos outros, todos contentes, em videochamada. Foi um espetáculo, porque é a primeira vez que uma música nossa, de uma banda elvense, passa numa novela”, diz ainda Vlad, recordando o momento em que o grupo obteve a confirmação da inclusão do tema na banda sonora de “A Protegida”.  Depois de dado este passo, os Tranquiliza pretendem chegar ainda mais longe: “queremos chegar a qualquer lado, a nível nacional, que seja possível”.

    Em “Quando a Saudade Bate”, as vozes de Márcio Gago e de Madalena Lisboa “unem-se para explorar, de forma profunda, momentos de introspeção, mergulhados numa sonoridade rica em ambientes etéreos que remetem para a saudade”.

    A produção e os arranjos da faixa, que ficaram a cargo de Vítor Silva, produtor reconhecido por trabalhos de excelência na música portuguesa, “elevam a faixa ao nível que o tema merece, criando uma ligação emocional imediata com os ouvintes”.

    “Quando a Saudade Bate” sucede a uma série de lançamentos que têm vindo a consolidar a banda elvense no panorama musical nacional. Depois do álbum de estreia “Não” (2021) e dos singles “Mudar o Tempo” (2022), “Vem” (2023) e “Movimento” (2023), os Tranquiliza continuam a sua ascensão, apresentando um trabalho cada vez mais maduro.

    Os Tranquiliza, que nasceram em Elvas em 2019, são formados por Márcio Gago, na voz e guitarra, João Brinquete, no baixo, Vladlen (Vlad) Grigorovschi, nos teclados, e João Carriço, na bateria.

    Celebrações religiosas, baile e garraiadas marcam mais uma romaria da Enxara

    Entre Sábado Santo, 19 de abril, e Segunda-feira de Páscoa, dia 21, a comissão responsável pela organização das Festas em Honra de Nossa Senhora da Enxara promove um conjunto de atividades na Ermida, em Campo Maior.

    Por mais que a população mantenha a tradição de rumar ao campo, ainda no decorrer da semana, a festa, com baile e garraiadas, só acontece no fim de semana. Respeitando a componente católica da Páscoa, a comissão de festas, segundo um dos responsáveis, José António Moreira, pretende, acima de tudo, “manter os costumes e a tradição desta romaria”, que se cumpre “há muitos anos”.

    Para sábado, às 21 horas, está prevista a realização de uma garraiada, um dos “pontos altos da festa”. No Domingo de Páscoa, as festividades contam com Missa da Ressurreição, às 16 horas, seguida de uma garraiada, às 18 horas, e de baile com o Duo Musical C&R, a partir das 22 horas.

    A romaria chega ao fim na Segunda-feira de Páscoa, feriado municipal de Campo Maior, estando ainda agendada a Missa de Ação de Graças para as 16 horas, seguida de procissão em honra de Nossa Senhora da Enxara, e o sorteio das rifas, às 18 horas. José António Moreira adianta que o dinheiro angariado com estas rifas, no decorrer da romaria, “vai reverter em prol da manutenção da Ermida”, com a compra de materiais para a sua requalificação, assim como para aquisição de gasolina para os tratores. “Nós temos a sorte de ter uma população que, para além de gostar muito das festas, também ajuda bastante. Este ano, à semelhança no ano passado, teremos cerca de cem patrocinadores, que são empresas da vila, que apoiam ou monetariamente ou com produtos, que são uma mais-valia para nós”, adianta.

    Assegurando ainda que, ao longo de todo o fim de semana, “vai haver animação, comes e bebes, carrosséis e gelados”, José António Moreira apela à visita de todos da Ermida por ocasião destas comemorações. “Este ano, as pessoas que vão estar acampar, irão ter a possibilidade de comprar pão, logo pela manhã, todos os dias, e produtos agrícolas. Enquanto comissão de festas tentamos dar as melhores condições a quem nos visita e a quem lá fica”, conclui o responsável.