O presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, Jaime Marta Soares, veio recentemente acusar o Governo de contribuir para a situação de falência técnica em que se encontram várias associações humanitárias, e reclamou o pagamento de dívidas que rondam os 44 milhões de euros.
A Rádio Campo Maior foi conhecer a realidade da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Elvas, no sentido de perceber, em que medida foram lesados nas dívidas do Governo.
No caso da Associação Humanitária de Elvas, e como explica o presidente Amadeu Martins, a esta corporação há “uma dívida avultada: os hospitais nacionais devem cerca de 50 mil euros, a Autoridade Nacional de Proteção Civil tem uma dívida de 15 mil euros, relativa aos incêndios de 2019, e este ano ainda não receberam qualquer valor, de subsídio de combustível de incêndios, e há ainda uma dívida que ronda os 20 mil euros, o que é muito dinheiro para esta associação”.
O presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros de Elvas afirma ainda que “as dívidas relativas aos hospitais, se referem ao transporte de doentes, para consultas, exames entre outros, que são solicitadas através do hospital, porque a pessoa tem direito a esse transporte”. Normalmente este tipo de serviço é pago “entre 60 a 120 dias, e a dívida vai acumulando, porque são muitos meses sem pagar”.
Amadeus Martins afirma que a corporação “se vai aguentando com os subsídios do município, vamos ver é por quanto tempo, uma vez que, devido à pandemia temos muitos gastos com os EPIS”. Amadeu acredita que “há muitas associações que devem estar bastante limitadas para pagar, por exemplo, os ordenados”.
