Hoje, 10 de dezembro, é Dia Internacional dos Direitos Humanos: uma data muito importante para instituições como a Santa Casa da Misericórdia de Campo Maior, sobretudo ao nível dos direitos das pessoas com capacidade diminuída.
Na instituição campomaiorense, explica Rosália Guerra, do Gabinete Alzheimer Maior, têm-se procurado realizar “um trabalho continuado ao nível da preservação e da garantia” dos direitos destas pessoas. A Santa Casa “está cada vez mais sensível para esta problemática, até porque recebeu, recentemente, uma formação a este nível”, adianta.
A formação em questão – “InclusivaMente: Direitos Humanos no envelhecimento e na saúde mental”, foi promovida pela Fundação Vasco Vieira de Almeida, em parceria com a EAPN Portugal – Rede Europeia Anti-Pobreza.
Rosália Guerra assegura ainda que há um longo caminho a percorrer, ao nível da garantia dos direitos das pessoas que veem as suas capacidades comprometidas, lembrando que os idosos, sobretudo, vão perdendo a sua capacidade de tomar decisões sobre os assuntos do dia a dia. “Neste dia, em particular, deixamos uma mensagem para todos os intervenientes, as instituições, as famílias, aos idosos e a toda a comunidade civil, de que há muito ainda a fazer na garantia dos direitos das pessoas que, por várias razões, possam ter algum comprometimento na sua capacidade”, explica.
Na Santa Casa de Campo Maior, adianta Rosália, todos estão muito sensíveis para o caminho que falta percorrer para assegurar os direitos dos idosos, “sobretudo nesta fase” de pandemia, uma vez que é com eles que trabalham, diariamente, seja ao nível de Centro de Dia, de lar ou até no apoio ao domicílio.
Rosália Guerra enumera ainda alguns dos direitos dos idosos, alegando que o direito à intimidade da vida privada e familiar deve ser discutido em sociedade: “direitos como a identidade pessoal, direito ao desenvolvimento da personalidade, à capacidade civil, o direito à cidadania e à imagem”.
A declaração dos Direitos Humanos, que delineia os direitos humanos básicos, foi adotada pela Organização das Nações Unidas em 10 de dezembro de 1948. É um documento importante que proclama os direitos das pessoas independentemente, entre outros, da sua raça, cor, religião, do sexo, idioma ou da opinião política.
