O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa decretou ontem, em comunicação ao País, a renovação do Estado de Emergência até às 23.59 horas do dia 23 deste mês.
Marcelo justifica esta renovação com o facto de “continuar a ser preocupante a grande pressão nos internamentos e nos Cuidados Intensivos, assim como elevado, o número de mortos”, apesar da “descida do número de infetados e da visível desaceleração do vírus”. “Mesmo que se entenda que o pico desta segunda vaga foi irreversivelmente ultrapassado, o numero de infeções permite antever que a atenção ao esforço às estruturas de saúde, ao longo deste mês, não pode diminuir”.
O Presidente da República alerta ainda para a questão da vacina, que vai chegar ao País, uma vez que o processo de vacinação será longo. “A sua chegada a todos os portugueses sem exclusão de ninguém obedece a calendários prolongados no tempo”. “É bom que isto fique claro para que se não criem expectativas excessivas e, portanto, desilusões imediatas. Logo, toda a facilidade é errada e toda a prevenção é imperativa, ao longo de dezembro, como no arranque de 2021”.
As medidas mais leves a serem aplicadas na época de natal permitem às famílias o esperado encontro, nesta altura. Mas Marcelo pede prudência, de forma a evitar um descontrolo mais tarde, dizendo que “a procura de um regime menos intenso no Natal, a verificar-se, destinar-se-á a permitir às famílias o tão legitimamente esperado encontro, evitando ao mesmo tempo abrir a porta a um descontrolo mais tarde, com um custo elevadíssimo duas ou três semanas mais tarde, isto é, em janeiro”.
“É obviamente do interesse de todos que janeiro possa haver uma consolidação dos passos dados em dezembro e não uma nova e frustrante subida que acabe por acentuar a dimensão de uma temida terceira vaga. O ultimo mês e estes 15 dias, demonstraram adesão de todos as medidas adotadas pelo governo, com resultados já visíveis”.
O Presidente da República terminou o seu discurso dizendo que os sacrifícios têm justificado a reforçada intervenção pública, em diversos domínios, “para pouparmos confinamentos totais, ainda que localizados, para conciliarmos tempo de família, com uma sensata maturidade cívica, para não entrarmos em 2021, com um novo agravamento da pandemia, antes mesmo das vacinas podem ter efeitos visíveis”. “O nosso objetivo essencial, um ano de 2021, que nos permita esquecer o ano de 2020”.
Hoje, às 15 horas o primeiro-ministro, António Costa, vai apresentar as medidas que vão ser impostas e vão vigorara, neste sexto Estado de Emergência.