Em Dia Internacional das Pessoas com Deficiência, que se assinalou ontem, 3 de dezembro, a APPACDM de Elvas lançou uma nova versão da sua mascote: o MICAS.
O MICAS, totalmente produzido pelos utentes da instituição, é agora amarelo e tem por objetivo ser vendido, para que a associação consiga angariar algumas verbas que, mais que nunca, fazem falta, devido aos gastos mais avultados, por esta altura, com todos os cuidados que a pandemia exige.
O presidente da APPACDM, António Escarduça, lembra que o MICAS representa “a vida na instituição”, sendo que, por esta altura, é com motivação, coragem e solidariedade, entre outros valores, que a mesma vai fazendo face às dificuldades do dia a dia. “É com esta intenção e esta realidade com que somos confrontados e com esta forma de estar que nós vamos tentando ultrapassar as dificuldades e viver um dia de cada vez”, explica.
Escarduça lembra que os utentes da instituição estão totalmente confinados, “privados da sua liberdade”, à semelhança do que acontece com os idosos dos lares de todo o país. “Temos que ter um rigor absoluto nos cuidados, como é evidente, porque a pandemia a isto nos obriga”, acrescenta.
Já Isabel Lopes, técnica de comunicação da instituição, explica que o MICAS serve, não só neste Dia Internacional das Pessoas com Deficiência, mas sempre, para relembrar que estas pessoas merecem o respeito e a consideração de todos. “É nosso dever realçar sempre a importância dos direitos e da defesa das pessoas com deficiência. E o MICAS veio trazer a materialização de tudo isso que sentimos e defendemos”, acrescenta.
O dia 3 de dezembro, assegura Isabel Lopes, tem “um significado importantíssimo”, porque as pessoas com deficiência “não podem ser postas de lado”. “É importante respeitar, não só porque é imposto pelas medidas que o Governo vai impondo, mas porque sentimos isso e porque respeitamos”, acrescenta.
“Defender a integração efetiva das pessoas com deficiência” é outra das principais mensagens inerentes a esta mascote da APPACDM de Elvas, lembra Isabel Lopes, adiantando que, desta feita, o MICAS é amarelo, porque é uma das cores da instituição, depois do mesmo já ter sido azul, na sua primeira versão.
Ermelinda Borrega, coordenadora do Centro de Atividades Ocupacionais da APPACDM de Elvas, por sua vez, explica que, com o MICAS, a instituição pretende levar a comunidade a refletir sobre a deficiência. “A comunidade ainda não estão ainda totalmente familiarizada com este tema. É sempre um tema muito delicado”, garante.
O MICAS, que na prática é um porta-chaves, é feito totalmente pelos utentes da instituição, sempre com o apoio dos funcionários. O importante, garante Ermelinda, é valorizar as capacidades dos utentes. “Nós não olhamos para as incapacidades”, assegura.
O nome MICAS tem implícitos alguns dos principais valores da APPACDM: Motivação, Integração, Coragem, Ajuda e Solidariedade. O porta-chaves, que tem o custo de dois euros, está já à venda na instituição, assim como no Agrupamento de Escolas da Boa-Fé, onde serão dinamizadas ações de sensibilização sobre a temática da deficiência, junto das crianças e jovens.