José Maria Vergeles, vice-presidente segundo e conselheiro de Saúde e Serviços Sociais, responsável de saúde da Junta da Extremadura, que informou ontem que entre 23 de dezembro e 6 de janeiro será encerrado o perímetro desta comunidade autónoma. Uma restrição que afeta a fronteira com Portugal. Esta decisão vai contra a posição que se tem mantido nas últimas semanas, em que a região tem sido uma das únicas, juntamente com a Galiza, que não recorreu a esta medida. “Fazemos isso pela coesão do Sistema Único de Saúde”, disse José Maria Vergeles, como o motivo da mudança. Além disso, na Ponte da Constituição, que decorrerá no próximo fim-de-semana, a Estremadura espanhola também não vai recorrer ao isolamento. A proibição de entrada e saída no território da estremadura espanhola tem algumas exceções: por causas de força maior, e para estar perto de familiares.
Almoços e jantares de Natal, na Estremadura espanhola, podem ter até 10 pessoas, no entanto devem ser de dois agregados, portanto, familiares ou amigos de três ou mais domicílios não se podem reunir, o que significará um Natal diferente para a maioria da população.
Já na noite de passagem de ano, o horário de circulação noturno é estendido até à uma da manhã. Uma prorrogação que vai entrar em vigor na noite de 18 de dezembro, para dia 19, data em que costumam ser realizados os tradicionais jantares de empresas, e Junta da Extremadura está a pensar se o fará na noite de 11 para 12.
Estas novas medidas vão afetar também a hotelaria e o comércio, os primeiros beneficiam da das restrições de atendimento, já que podem juntar até dez pessoas em bares e restaurantes, durante as datas de Natal. No entanto, está proibido o consumo ao bar, e recomenda-se que não haja música ambiente nem televisões com o som ligado.
As medidas de restrição de capacidade continuarão em vigor, até 40% no interior e 50% nos terraços, o que corresponde ao nível de alerta 3 em que esta região se manterá até 10 de janeiro, conforme detalha a porta-voz da Junta de Extremadura, Isabel Gil Rosiña.
Os mercados de natal serão permitidos, com capacidade máxima de 40% e é permitido utilizar a via pública para negócios. No interior, como até agora, a capacidade também não poderá ultrapassar os 40%. “Vamos pedir aos centros comerciais e ruas comerciais que tenham capacidade de controle para evitar multidões”, disse o conselheiro, que declarou que as medidas adotadas têm como objetivo proteger a saúde, mas também facilitar o desenvolvimento económico e social da região em algumas datas que representam um pico de negócios para estes setores-chave.