Durante o período de confinamento houve uma grande redução do número de automóveis nas estradas. Neste período o projeto Life Lines continuou a fazer a contagem dos animais mortos nas estradas. Enquanto faziam o percurso para contar os animais mortos também prestavam atenção ao número de automóveis que circulavam. António Mira, coordenador do projeto Life Lines refere que “o que verificaram durante as duas primeiras horas da manhã, quando se faz amostragem é que houve uma diminuição muito significativa do tráfego. O que se espera é que se há menos carros a passarem morrem menos animais, mas não foi isso que aconteceu”.
Apesar do tráfego ter diminuído em quase 90%, todos os dias morreram animais, desde rãs, sapos, raposas, ratos, serpentes e muitos pássaros, o que surpreendeu o coordenador do projeto, que apenas notou uma diminuição da mortalidade nos animais no período da Páscoa, onde praticamente não havia trânsito.
António Mira mostra-se surpreendido, porque se existem menos carros há menos probabilidade que se encontrem com um animal.
Como há pouco tráfego alguns animais são atropelados e ficam nas estradas, enquanto, com muito trânsito estes acabam desfeitos. Outro fator é a diminuição dos ruídos provocados pelos carros, que levam animais a irem para as estradas. Esta é uma das explicações encontradas pelo coordenador do projeto para a mortalidade nas estradas em época de confinamento.
A relação entre o número de animais mortos nas estradas e o confinamento, com um reduzido número de carros é o tema desta semana do programa Life Lines FM, com António Mira, coordenador do projeto, para ouvir no nosso site em radionovaantena.com.