Os cerca de cem novos alunos que ingressaram este ano na Escola Superior Agrária de Elvas (ESAE) iniciam no próximo dia 19 de outubro, as aulas, depois dos estudantes de segundo e terceiro anos de licenciatura já terem retomado os estudos.
Segundo o diretor da ESAE, José Manuel Rato Nunes, o número de alunos que vai frequentar agora o primeiro ano dos diversos cursos lecionados, é idêntico ao de anos anteriores, ainda que, desta feita, haja uma maior percentagem de estudantes provenientes do concurso nacional de acesso ao Ensino Superior.
“O concurso nacional, este ano, colocou mais alunos e isso é bom, porque são alunos que fizeram as provas nacionais de acesso ao Ensino Superior, que em princípio fizeram o ensino regular, mais contínuo, e estamos muito contentes por termos sido bafejados com mais alunos do concurso nacional de acesso”, revela Rato Nunes, lembrando que, habitualmente, a instituição depende muito de concursos “de incidência mais local”, através dos alunos de CTESP (Cursos Técnicos Superiores Profissionais) e maiores de 23 anos.
Um dos grandes problemas, todos os anos, é a falta de alojamento para os alunos da Agrária. Agora, e tendo em conta a pandemia, revela o diretor, a capacidade da própria residência da instituição, no antigo Hotel Alentejo, foi reduzida, pelo que a escola tem estabelecido acordos com empresas de alojamentos locais e hotéis.
“Dos cem, 110 novos alunos que vamos receber, muito poucos são dos concelhos de Elvas. Serão dez, 15 por cento do concelho de Elvas, e nós vamos precisar, de facto, de um número de camas elevado”, revela o diretor da ESAE.
A nova residência no Lagar dos Lopes, lembra Rato Nunes, deverá demorar, entre dois a três anos, a ser uma realidade, pelo que a instituição, também através das redes sociais, tem procurado obter contactos dos proprietários de quartos e habitações que estejam disponíveis, para que possam ajudar estes novos alunos a encontrar um lugar para permanecer.
Ao longo dos anos, muitos alunos queixam-se da falta de condições nas habitações ou quartos que alugam em Elvas, situação que José Manuel Rato Nunes assegura que acaba “por fugir ao controlo” da escola. “De facto, chega-nos frequentemente esse tipo de queixas, que não é positivo, nem para quem aluga, nem para quem está a alugar, o que acaba por criar um descrédito do mercado de arrendamento”, acrescenta.
Para além dos alunos das licenciaturas em Agronomia, Equinicultura e Enfermagem Veterinária, iniciam também no dia 19 as aulas os estudantes dos Cursos Técnicos Superiores Profissionais de Produção Agropecuária e Cuidados Veterinários.