Com o país parado durante várias semanas, algumas empresas tiveram que pedir insolvência porque não conseguiram suportar os custos, enquanto outras estão a reestruturar-se, mas tiveram que proceder a despedimentos.
As insolvências aumentaram, a nível nacional, 32,3% face ao mesmo período do ano passado.
No distrito de Portalegre, o aumento é de 5,9 % mas o presidente do Núcleo Empresarial do distrito, NERPOR, Jorge Pais garante que “a situação é mais preocupante porque há pequenos comércios que nem chegam a pedir insolvência, simplesmente fecham portas”.
“Numa região como a nossa, que já tem pouca população e tantos constrangimentos a nível económico, é evidente que o desaparecimento de empresas tem impactos ainda mais graves porque representa menos emprego e menos atividade económica”, sublinhou.
Jorge Pais considera que a realidade do distrito “é semelhante ao que acontece por todo o país e até a nível europeu. O facto de nós já termos poucas empresas e muitas micro empresas fazem com que os pedidos de insolvência não reflitam tudo aquilo que está a acontecer nas empresas”.
Os distritos de Lisboa e do Porto são os que apresentam mais insolvências, 651 e 795 respetivamente. No paía, há seis distritos que diminuem as insolvências face a 2019: Guarda (-35,7%), Coimbra (-24,3%), Vila Real (-11,1%), Bragança (-4%), Viseu (-1,4%) e Aveiro (-0,4%).