Os cerca de 50 utentes que frequentam o centro de dia da Santa Casa da Misericórdia de Campo Maior, e que foram obrigados a regressar às suas casas, devido à pandemia Covid-19, têm contado com um apoio, no domicílio, a vários níveis.
Este apoio tem sido possível, depois da Santa Casa campomaiorense ter visto o projeto “Ninguém Está Só” ser aprovado pela Fundação Calouste Gulbenkian.
Rosália Guerra, da instituição, explica que o projeto veio permitir, não só um reforço do apoio, como tem servido para perceber que, num futuro próximo, se poderá adaptar a forma como a instituição tem vindo a trabalhar com estas pessoas no domicílio.
“O que temos feito é reforçar aquilo que é o apoio domiciliário clássico, mas não só. Temos feito uma espécie de ensaio daquilo que pode ser um apoio domiciliário mais arrojado e, no fundo, temos percebido que temos idosos mais exigentes, com outro tipo de necessidades, e o apoio domiciliário acaba por ser uma resposta muito interessante”, explica.
Alguns equipamentos financiados pelo projeto têm permitido fazer a monitorização do estado de saúde dos idosos, sendo que também o transporte de alimentos conheceu algumas melhorias. Relógios e calendários têm também sido adquiridos, adianta Rosália, uma vez que muitos idosos ficaram com o seu sentido de orientação comprometido.
O projeto “Ninguém Está Só”, financiado em 20 mil euros, decorre desde maio, estendendo-se até ao mês de setembro.