A Fundação Calouste Gulbenkian aprovou recentemente o projeto “Ninguém está só” da Santa Casa da Misericórdia de Campo Maior.
Este projeto tem como objetivo apoiar os idosos que estão em casa, de diversas formas, para que não estejam sozinhos. O projeto decorre entre maio e setembro e prevê um financiamento 20 mil euros, para a instituição.
A iniciativa Gulbenkian Cuida, uma parceria com o Instituto de Segurança Social, quer satisfazer as principais necessidades, melhorar o bem-estar e atenuar o isolamento dos idosos de todo o país. Assim, vai atribuir 1,2 milhão de euros a organizações de todo o país, que estão próximas da população mais idosa.
A iniciativa Gulbenkian Cuida selecionou, em concurso, 69 organizações da sociedade civil para reforçar a sua capacidade de resposta em tempos de pandemia. No Alentejo foram aprovados projetos de 12 instituições, sendo que no distrito de Portalegre, para além da Santa Casa de Campo Maior, também a Santa Casa da Misericórdia de Fronteira, com o projeto: “Cuida em Casa”; a Delegação de Portalegre da Cruz Vermelha com o projeto “Apoio Sénior #COVID19”, e o Lar da Terceira Idade Nª Senhora da Graça, com o projeto “Todos ON”.
O tipo de apoio será igualmente diversificado, contemplando as componentes fundamentais de Serviço de Apoio ao Domicílio, mas também atividades como monitorização de indicadores de saúde, apoio psicológico, estimulação física e cognitiva ou teleassistência. Equipas especializadas, geralmente com múltiplas valências, prestarão apoio a pessoas idosas em situação de vulnerabilidade, isolamento social, geográfico e em situações de demência, através de serviços essenciais ao nível alimentar, de higiene pessoal e habitacional, tratamento de roupas, enfermagem, administração de medicação, cuidados de saúde, reabilitação, promoção da saúde mental, física, emocional, cognitiva, ocupacional e bem-estar, teleassistência ou combate ao isolamento através de novas tecnologias.
Entre as selecionadas, contam-se instituições com apoio a populações que vivem quer nas aldeias do interior quer nas áreas metropolitanas, estando garantida a representatividade de entidades que cobrem a totalidade dos distritos de Portugal Continental e ilhas.
Esta iniciativa insere-se no quadro do Fundo de Emergência Covid-19, um fundo de cinco milhões de euros criado pela Fundação Gulbenkian e aberto a outras entidades, com o intuito de reforçar a resiliência da sociedade portuguesa em tempos de pandemia. Este Fundo tem projetos de apoio nas áreas da Saúde, da Ciência, Sociedade Civil, Educação e Cultura.