Perante a pandemia de Covid-19, o Centro de Negócios Transfronteiriço de Elvas já está devidamente equipado para dar resposta, caso seja necessário, aos lares, bem como a hospitais e centros de saúde.
No total o CNT dispõe de três naves devidamente equipadas, sendo que uma destina-se aos lares, com capacidade para 17 camas, e no caso de necessidade de ser duplicado serão 34. Uma segunda nave é dedicada à saúde e tem capacidade para 68 utentes. Já na terceira nave estão instaladas 50 camas disponibilizadas pelo Exército Português, que estão à disposição dos municípios que delas necessitem.
Nuno Mocinha afirma que “nada indica que venham a ser necessárias”, no entanto reforça que “o que é necessário é prepará-las para o caso de ser preciso termos uma resposta pronta”.
O presidente explica que “uma das infraestruturas serve de retaguarda para o caso de existirem infetados com covid-19 nos lares, sendo que está estruturada exatamente como se fosse um lar, com todas as condições possíveis, dentro daquilo que é uma infraestrutura de retaguarda”.
Quanto à montagem desta infraestrutura no CNT, Mocinha explica que “uma das naves foi transformada, com os stands das feiras, para servirem como se fossem quartos individuais, que podem ser duplicados, caso haja necessidade porque se destinam a pessoas não infetadas”
Já o funcionamento desta infraestrutura resulta de uma cooperação com o Centro Humanitário de Elvas da Cruz Vermelha Portuguesa, a quem o município pediu apoio técnico na montagem e no funcionamento. Desta forma foi feita uma candidatura via Cruz Vermelha que foi viabilizada. Esta candidatura prevê que “numa primeira fase que as pessoas, cerca de 40, pudessem servir de reforço aos lares que, neste momento, estão a trabalhar no seu limite”. Mocinha diz que “no fundo é uma bolsa que, na necessidade de ser preciso, esta apta em nível de recursos humanos, e foram convidados ainda médicos e enfermeiros, para dar apoio. Também dentro do município foi criada “uma Bolsa de Voluntários, que conta já com 30 inscritos, ou seja, do ponto de vista funcional em termos humanos também estamos salvaguardados”, afirma o presidente.
Nuno Mocinha refere que “estão criadas todas as condições tanto para os idosos não infetados, assim como para a zona dedicada ao apoio às unidades hospitalares da região, que pode ter ou não pessoas infetadas, existindo circuitos para os idosos e para os infetados.”
O presidente da Câmara de Elvas lembra ainda que “este espaço não irá servir apenas o concelho de Elvas, mas também outros municípios que dele necessitem, porque se gostamos que os outros municípios nos ajudem quando necessitamos, temos que estar disponíveis quando eles necessitem”.
A coordenação deste espaço é feita através do CDOS, com a coordenação a nível distrital e a nível local é feita pela Comissão Municipal de Proteção civil, que em coordenação com a Saúde e a Segurança Social colocam este equipamento ativo.
Esta trata-se de uma cooperação entre município de Elvas, o Centro Humanitário de Elvas da Cruz Vermelha Portuguesa, a Segurança Social, a Unidade Local do Norte Alentejano, a Proteção Civil, bem como os Bombeiros Voluntários.