“Ninguém nos dá apoio nenhum”, queixa-se diretor do Lar de Degolados

LarDegoladosÀ medida que os casos positivos e mortes relacionadas com a covid-19 aumentam, cresce também a preocupação dos responsáveis de lares, como acontece com o de Degolados, no concelho de Campo Maior, tendo em conta que os idosos pertencem ao principal grupo de risco.

A direção do Centro de Dia e Lar Nossa Senhora da Graça de Degolados revela-se preocupada com a ausência de respostas, até ao momento, das entidades regionais e nacionais que tutelam a área social, relativamente à proteção de utentes e funcionários dos lares de idosos existentes no distrito de Portalegre.

“Ninguém nos fornece nada. Nem desinfetantes, nem luvas, nem máscaras, nem qualquer utensílio que possa proteger os nossos funcionários e os nossos utentes”, revela o presidente da direção do lar, Eliseu Pernão. “Se não for a família Nabeiro, a fornecer-nos alguns desses apetrechos, ninguém nos dá nada”, acrescenta.

O diretor do lar explica que são 40 os utentes que frequentam, atualmente, o lar, adiantando que o centro de dia teve de ser encerrado. “A minha preocupação é que nós temos de ser preventivos e como não temos nada, perguntamos e pedimos que nos seja dada alguma coisa para proteger, para prevenir”, diz ainda.

Através de um comunicado que a direção do lar fez chegar à nossa redação, a mesma diz que “é urgente que instituições como o Lar de Degolados contem com o apoio a vários níveis da Segurança Social, Administração Regional de Saúde e outros serviços descentralizados do Estado no Norte Alentejano, o que até ao momento não aconteceu”.

“O Centro de Dia e Lar Nossa Senhora da Graça de Degolados tem estado a fazer tudo ao seu alcance para garantir a segurança e proteção dos nossos utentes, funcionários e profissionais de saúde. No entanto, essas medidas podem não ser suficientes, se não forem acompanhadas de respostas efetivas de quem tem responsabilidades pelos organismos estatais que nos superintendem”, pode ler-se ainda no comunicado.