QUERCUS exige fim de apanha noturna de azeitona

olivalA Quercus “exige a proibição da apanha noturna de azeitona em olivais superintensivos” uma vez que, segundo Nuno Sequeira, Presidente do Núcleo Regional de Portalegre da Quercus, “a prática é responsável pela morte de milhares de aves protegidas em território português”.

Um Relatório da Junta da Andaluzia – Consejería de Medio Ambiente y Ordenación del Territorio, divulgado no final de 2018 e relativo ao impacte da apanha nocturna de azeitona realizada por meios mecânicos nos olivais superintensivos da região, dá conta dos grandes impactes que este processo tem na avifauna local, concluindo que, mesmo numa perspectiva conservadora, mais de dois milhões e meio de aves morreram, em 2017/18, no decurso da apanha noturna de azeitona.

Estes números referem-se à Comunidade Autónoma de Andaluzia, em províncias como Sevilha, Córdoba e Jaén, e comprovam mais um dos grandes problemas ambientais causados pelas práticas do olival intensivo e superintensivo, que nas últimas décadas se tem instalado descontroladamente na Península Ibérica.

Na sequência da divulgação deste Relatório da Junta da Andaluzia e uma vez que, face à grande proximidade geográfica e à ocorrência de várias espécies de aves semelhantes nos olivais portugueses, seria também previsível a existência de grandes impactes da apanha nocturna de azeitona em território nacional, a Quercus solicitou de imediato a intervenção do Ministério do Ambiente e do Ministério da Agricultura, assim como do Serviço de Protecção de Natureza e Ambiente da GNR (SEPNA/GNR), nesta situação.

O Serviço de Proteção de Natureza e Ambiente da GNR (SEPNA/GNR) realizou ações de fiscalização que permitiram perceber que apenas em duas dessas ações foram detetadas mais de trezentas aves mortas fruto da apanha noturna de azeitona.