Foi assinado ontem o acordo que permite a concretização do projeto do Montijo – a Portela+1 e a expansão aeroportuária no Humberto Delgado em Lisboa.
O memorando assinado define os pressupostos financeiros e técnicos da solução escolhida. A ANA vai suportar todos os encargos, num total de 1,15 mil milhões de euros, pelo que não vai implicar custos para os contribuintes.
De acordo com o responsável da Vinci, empresa dona da ANA, vão ser aplicados 650 milhões de euros na atual infraestrutura de Lisboa e 520 milhões de euros para abrir a base aérea do Montijo ao uso civil. Vão ainda ser investidos 156 milhões de euros na melhoria das acessibilidades entre os dois aeroportos e na compensação à Força Aérea Portuguesa.
Dez mil postos de trabalho, diretos e indiretos, vão ser criados pela infraestrutura aeroportuária do Montijo de acordo com Pedro Marques, ministro do Planeamento e das Infraestruturas.
O avanço das obras do Montijo está dependente do segundo estudo de impacto ambiental. A recolha de informação complementar, solicitada pela Agência Portuguesa do Ambiente, pode ser entregue ainda neste mês de janeiro.
A ANA foi obrigada a apresentar uma nova versão do estudo depois de este ter sido fortemente criticado, em julho do ano passado, pela Comissão de Avaliação, que considerou que a análise deixou de fora o impacto do tráfego aéreo nas aves.