Grupo de 28 indivíduos agride bombeiros de Campo Maior

CiganosBombeirosCM26JUlho2Tal como a Rádio Campo Maior noticiou, ao início da tarde de hoje (ver aqui), dois elementos dos Bombeiros Voluntários de Campo Maior foram agredidos, no interior do quartel, durante a noite de ontem, segunda-feira dia 25, por um grupo de cerca de 28 indivíduos.

De acordo com Miguel Carvalho, Comandante da corporação campomaiorense, “por volta das duas da manhã, um grupo pequeno de ciganos dirigiu-se ao quartel de Campo Maior porque, supostamente, tinham alguém na viatura que não se estava a sentir bem. Um dos bombeiros de serviço levantou-se da cama e foi assistir a vítima. Quando o estava a fazer começou a ser agredido”. Dada a situação “o bombeiro foi para dentro do quartel junto com um outro elemento que vinha em seu auxílio. Esses indivíduos ciganos começaram a partir os vidros da porta de entrada do corpo de bombeiros, entraram dentro do quartel, partiram os vidros da central telefónica e continuaram a agredir os bombeiros”.

Miguel Carvalho garante que “é a terceira vez que há aqui problemas com esse tipo de gente e a situação tem que ser resolvida de alguma forma”.

Os dois bombeiros agredidos, de 19 e 22 anos, foram transportados para o Hospital Dr. José Maria Grande, em Portalegre, a fim de serem assistidos. “Evitei enviar os feridos para o Hospital de Elvas por estratégia e eles acabaram por ser transportados para Portalegre. Na unidade hospitalar, foi feito o relatório médico e assim temos bases para podermos apresentar queixa-crime contra os indivíduos que o fizeram porque Campo Maior não merece isso”.

“Já tive conversações com o Senhor Presidente da Câmara e com a GNR e todos estamos em sintonia para resolver esta situação pois uma vez que não podemos permitir que esse tipo de gente destabilize quem quer que seja”, sublinhou.

A Guarda Nacional Republicana (GNR) esteve no local e tomou conta da ocorrência.

CiganosBombeirosCM26JUlhoA Rádio Campo Maior sabe que esta terça-feira, por volta das 14 horas, os desacatos repetiram-se por parte de elementos do mesmo grupo. Miguel Carvalho garante que estas situações acontecem porque “é um tipo de gente que não tem dever, só tem direitos. Eles chegam e querem ser atendidos. Não querem saber que tenhamos que telefonar para aqui ou para ali. (…) Eu deixava-lhe aqui o conselho que em vez de virem a correr para os bombeiros, levem as pessoas diretamente para os hospitais. Têm bons carros escusam de vir para aqui arranjar este tipo de distúrbios e nós ficamos super agradecidos”.

Os estragos foram sobretudo nos vidros da porta de entrada da corporação e na central telefónica. No entanto, Miguel Carvalho refere que o maior prejuízo é a nível sentimental: “ao fim de 26 anos neste corpo de bombeiros, a minha tristeza é enorme. Não por terem partido dois ou três vidros mas sim por ver estes homens e mulheres, que dão tudo por esta casa, a serem tratados desta forma”.