Câmara de Évora promove discussão pública sobre Área de Reabilitação Urbana do Centro Histórico

A Proposta de Delimitação da Área de Reabilitação Urbana do Centro Histórico de Évora mereceu aprovação por unanimidade da Câmara Municipal de Évora, em Reunião Pública de 9 de dezembro. Foi ainda deliberado proceder à Consulta Pública do referido documento, cuja publicidade é efetuada através de Edital.

 

A Reabilitação Urbana assume-se hoje como uma área fulcral para a recuperação económica e social de todo o país e uma oportunidade ímpar de gerar alguma coesão social também ao nível local. Ultrapassado que está, de forma quase unânime, o paradigma da construção nova em áreas de expansão urbana, que foi esvaziando os centros das cidades de habitantes e atividades económicas, trata-se agora de fazer o percurso inverso, ou seja, restituir a esses centros população, economia, animação e vida.

 

Esta opção de delimitação da Área de Reabilitação Urbana do Centro Histórico de Évora, enquadrável nas Opções Estratégicas do Ordenamento Territorial definidas no Plano Diretor Municipal e no Plano de Gestão do Centro Histórico de Évora, tem assim como objetivo principal combater a crescente desertificação humana e de atividades e a consequente degradação do património edificado, pelo que urge criar estímulos à reabilitação urbana visando a valorização e requalificação urbana, a melhoria da qualidade de vida, a reocupação residencial, a dinamização de atividades culturais, uma melhor mobilidade e acessibilidade e também a revitalização de atividades económicas.

 

A proposta agora colocada a Consulta Pública pelo período de 30 dias após a publicação – fase que possibilitará reunir novas ideias e projetos oriundos diretamente da população do concelho – é, assim, um processo que se pretende dinâmico e que decorre em primeiro lugar da necessidade urgente de criar estímulos à reabilitação urbana, para que os proprietários privados se sintam apoiados nos seus investimentos, nomeadamente na área central e mais antiga da cidade, classificada pela UNESCO como Património da Humanidade desde 1986.

 

Por outro lado, visa possibilitar a viabilização de investimento efetivo no território do concelho, envolver na sua requalificação o comércio, a indústria e o turismo, estabelecer uma área de negócio alternativo para as empresas de construção que agonizam, estimular o consumo de materiais e produtos em grande parte produzidos em Portugal, rentabilizar edifícios existentes que se encontram desaproveitados ou subaproveitados, criar emprego qualificado, nomeadamente para engenheiros e arquitetos, desenhadores e projetistas, operários, artistas e artesãos, sociólogos, psicólogos e assistentes sociais, reanimar a vida da cidade, atrair mais turistas e fixar novos habitantes, o que certamente trará uma melhor cidade de todos e para todos.