Os táxis foram definitivamente afastados do transporte de doentes não acamados do Serviço Nacional de Saúde. O novo regulamento, publicado em Diário da República, deixa o setor indignado.
É evidente que sempre se nota, porque antigamente saíam daqui carros, uns para Portalegre, outros para Lisboa, outros para Évora, e os que aqui ficavam trabalhavam; assim não, os carros todos aqui na praça e já somos muitos, alega José Sardinha, taxista em Elvas. Os serviços que agora andam a fazer a Cruz Vermelha e os Bombeiros eramos nós que fazíamos, acrescenta.
O novo regulamento define que os doentes não urgentes só podem ser transportados por ambulâncias ou por veículos dedicados ao transporte de doentes.
João Bugio, presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Elvas, lamenta a situação dos taxistas, mas garante que esta é uma mais-valia para os doentes: percebemos a apreensão dos taxistas, porque todos temos necessidade de trabalho, mas a legislação tem o seu suporte na legislação europeia e, como tal, o nosso Governo tinha de cumprir. Para além disso, acrescenta João Bugio, os doentes que vão usufruir deste modelo vão ficar em vantagem, dado que doente nenhum pode ser transportado sem ser acompanhado por uma pessoa com curso de suporte de vida.