A Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ) de Elvas assinala hoje 14 anos de existência, com um programa dedicado à Intervenção em crianças e jovens com medidas de acolhimentos institucional.
Durante a sessão de abertura, esta manhã, na Biblioteca Municipal de Elvas, Vitória Branco, vereadora na autarquia, lembrou que é importante comemorar o bom funcionamento desta comissão. Por um lado, seria ótimo, quanto a mim, que esta comissão não funcionasse, porque não havia casos para acompanhar; mas isso é utopia, porque a sociedade para além das coisas boas que nos oferece diariamente, oferece-nos tantas ou mais coisas más, acrescenta.
Em jeito de balanço, Vitória Lérias, presidente da CPCJ de Elvas, assegura que o último ano de funcionamento desta comissão é bastante positivo, sendo que os casos mais problemáticos não existem no concelho, sobretudo no que diz respeito a maus tratos físicos a crianças e jovens.
Não havendo muitos casos a registar, no concelho, os que existem em maior número dizem respeito à negligência a nível de competências familiares, seguindo-se os maus tratos psicológicos e emocionais. Por fim, muito pontualmente, adianta Vitória, registam-se casos de abuso sexual e maus tratos físicos graves.
Teresa Espírito Santo, da Comissão Nacional de Proteção de Jovens e Crianças em Risco, lembrou que o acolhimento institucional é último dos recursos que as comissões e os tribunais utilizam.
Ao longo do dia, na Biblioteca Municipal de Elvas, várias especialistas na área debatem as medidas de acolhimento institucional, sendo que a iniciativa conta com testemunho de jovens que já passaram pela situação.