Autarcas contra encerramento do Ramal de Cáceres

Ramal_de_CceresOs Presidentes das Câmaras Municipais e os Alcaides dos Ayuntamientos afetados pela mudança do percurso do comboio Lusitânia Expresso Hotel e pela desativaçãodo ramal de Cáceres irão reiterar o total apoio ao Manifesto da Beirã hoje na estação dos Caminhos de Ferro de Marvão-Beirã.

A esta iniciativa irão juntar-se o Conselho Sindical Interregional Alentejo/Extremadura e as estruturas de defesa do ambiente de ambos os lados da fronteira.

No Manifesto da Beirã pode lêr-se “O Ramal de Cáceres, via mais curta entre Madrid e Lisboa, tem estado vinculado com o nosso território ao longo da história do século XX, uma via que nos seus bons tempos registava um grande tráfico, com mais de 15 comboios diários de mercadorias, que manteve um grande uso com o transporte de tropas na Guerra Civil, e que deu um salto de qualidade no transporte de viajantes e no uso das estações, primeiro com o nascimento de RENFE, em 1941, e na melhoria progressiva dos caminhos-de-ferro que por ela passaram, quando começou a circular um moderno para a época Lusitânia Expresso, com poltronas e camas; em 1967, o ansiado comboio diesel Lisboa Expresso TER, começava a realizar o trajecto diurno, e mais tarde, foi posto em circulação o cómodo, moderno e rápido TALGO.

“Esta vinculação, que outrora foi positiva, nos últimos tempos está a ter um efeito contrário, e a bela estação de caminho-de-ferro de Valência de Alcântara que deveria estar a celebrar o seu aniversário, observa com tristeza junto às estações de Castelo de Vide, Beirã, San Vicente de Alcântara ou Arroyo – Malpartida, o seu abandono ante a escassez de transportes de mercadorias que circulam por ela; a supressão do TALGO diurno em 1995, e a consequente e considerável perda de trabalhadores directos e indirectos que a linha fornecia. E a todos estes infortúnios, se somam as notícias da próxima supressão do Comboio-Hotel Lusitânia Madrid -Lisboa, por Valência de Alcântara e Beirã, linha que depois de 70 anos pelas vias extremefias, apartir de 2012 se pretende que passe a circular por vias de outra comunidade autónoma, oque suporá um triste final para estes 130 anos de história.”

Este protesto surge depois de no início deste mês, a REFER anunciou que o ramal de Cáceres vai ser encerrado à exploração ferroviária a partir de amanhã, dia 15 de agosto, passando o comboio internacional Lusitânia Expresso a circular pela linha da Beira Alta.