Os médicos cumprem hoje, quarta-feira dia 11, o primeiro de dois dias seguidos de greve, durante os quais os serviços públicos de saúde vão funcionar como se fosse fim de semana ou feriado, num protesto promovido por dois sindicatos e apoiado pela Ordem dos Médicos.
Um dos pontos altos deste protesto é uma manifestação de médicos “vestidos com bata branca” que está marcada para esta tarde, em frente ao Ministério da Saúde, em Lisboa. Na base deste protesto, estão 20 reivindicações dos clínicos, sendo a mais polémica o fim do concurso de aquisição de serviços médicos.
Os médicos que hoje e amanhã não comparecerem ao trabalho vão perder perto de 7 por cento do seu vencimento este mês ou seja dois dos 30 dias pagos pelos seus vencimentos. Isto, a somar ao corte salarial de perto de 10 por cento, em vigor desde o ano passado, e aos cortes dos subsídios de férias e Natal, pode travar a adesão de alguns médicos. Mas há quem acredite que, desta vez, esse critério pesará menos.
De acordo com Diogo Serra, da União dos Sindicatos do Norte Alentejano, da CGTP-IN, esta será a maior greve de médicos dos últimos 20 anos.