Em 2011, Campo Maior registou alto índice de violência doméstica

Violencia_domestica

O Comando Territorial de Portalegre, através do Núcleo de Investigação e Apoio a Vítimas Especificas (NIAVE), da Secção de Investigação Criminal, efetuou uma caracterização exaustiva do Crime de Violência Doméstica, no Distrito de Portalegre, durante o ano de 2011.

No Distrito de Portalegre, registaram-se 162 crimes de Violência Doméstica, em que os concelhos de Ponte de Sôr, Portalegre, Campo Maior e Alter do Chão apresentaram maior índice de criminalidade, com os concelhos de Arronches, Monforte, Castelo de Vide e Sousel a registarem o menor número de denúncias.

Analisadas as características sociodemográficas das vítimas, verifica-se que, por norma, são cidadãos portugueses, do sexo feminino, casados ou divorciados , entre os 25 e 45 anos de idade, empregados, com o 9º ano de escolaridade, não dependentes economicamente dos agressores (que são maioritariamente os companheiros ou os cônjuges).

Os suspeitos da prática do crime de Violência Doméstica, no distrito de Portalegre, durante o ano de 2011 foram, em regra, cidadãos portugueses, do sexo masculino, casados ou solteiros ,entre os 25 e 45 anos de idade, empregados, com o 3º ano de escolaridade, não dependentes economicamente das vítimas (maioritariamente as companheiras ou cônjuges).

Também se constatou que a posse/utilização de armas por parte do agressor foi pouco expressiva, mas que o consumo de bebidas alcoólicas é frequentemente apontado pelas vítimas como umas das principais causas para o comportamento violento dos agressores.

A quase totalidade das intervenções policiais efectuadas pelos elementos da GNR do distrito de Portalegre, no ano de 2011, pela prática do crime de Violência Doméstica, ocorreu a pedido da vítima.

Em termos temporais foi possível apurar que o maior número de situações de violência doméstica ocorrem durante os fins-de-semana, entre as 19H00 e as 01H00. De referir que neste estudo apenas estão analisadas as denúncias de Violência Doméstica, ocorridas no Distrito de Portalegre, durante o período em referência, em que as vítimas apresentaram queixa nos Postos Territoriais da Guarda Nacional Republicana.